Mazinho destaca legado de Dinamite para o Vasco: 'Sempre foi meu ídolo'
Quinta-feira, 12/01/2023 - 01:06
O torcedor do Vasco ainda chora a perda do seu maior ídolo. Roberto Dinamite morreu no último domingo e foi sepultado na segunda-feira, em um cemitério da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, com uma verdadeira multidão de vascaínos que deram o seu último adeus ao artilheiro máximo da história cruzmaltina. Um desses torcedores foi Mazinho, campeão mundial com a seleção brasileira em 1994 que, à Vasco TV, foi categórico ao afirmar que Dinamite foi o seu maior ídolo no futebol.



Campeão brasileiro de 1989 e bicampeão do Campeonato Carioca, em 87 e 88, Mazinho figura na prateleira de grandes nomes do Vasco da Gama. No entanto, quando chegou a São Januário, no início da década de 1980, o então lateral-direito viu em Roberto Dinamite um norte que o guiou durante toda a sua trajetória no futebol profissional. Em entrevista à Vasco TV, canal oficial do clube no YouTube, Mazinho deixou claro o tamanho da admiração que nutre pelo eterno artilheiro cruzmaltino.

— O legado do Dinamite é muito forte quando falamos de Vasco da Gama. Tive e tenho o privilégio de ser vascaíno antes mesmo de ter jogado no Vasco. Quando cheguei aqui, encontrei o Roberto, que sempre foi meu ídolo. Foi ímpar ter tido o privilégio de sentar com ele durante os treinos e ouvir o que era a vida no Vasco para a gente, para o jovem que estava surgindo. Não dá para expressar em palavras o que ele representa para nós vascaínos — afirmou.

"Aquilo era maravilhoso. Ver de perto os meus ídolos era algo que nunca imaginei enquanto morava em Santa Rita, lá na Paraíba. Vir para o Rio, fazer os testes e ser aprovado, ver o Roberto treinar... era mágico" — Mazinho, tetracampeão mundial com a Seleção.



Campeões do Campeonato Carioca de 1987, a história de admiração de Mazinho e Roberto Dinamite teve início muito antes. Isso porque, enquanto torcedor fanático do Vasco, o paraibano não esquece o gol antológico do seu grande ídolo contra o Botafogo, em 1976, pela 13ª rodada da Taça Guanabara. No entanto, enquanto ex-companheiro de vestiário, o momento que mais marcou Mazinho foi logo no início de sua trajetória no Gigante da Colina.

— A memória que tenho do Roberto, enquanto torcedor, é aquele gol maravilhoso contra o Botafogo. Para nós torcedores foi o maior gol. Mas a minha grande memória com o Dinamite enquanto jogador foi num momento em Paraíba do Sul, quando estávamos sentados com os jovens recém-promovidos para o time principal do Vasco, onde ele nos deu noção do que era esse clube, de como era viver o Vasco. Para nós, ter um exemplo, um apoio de um ídolo, como era o Dinamite, foi fundamental — pontuou.

Mazinho fez parte de uma verdadeira geração de ouro do Vasco da Gama, que na segunda metade da década de 80 contava ainda com Tita, Mauricinho e o baixinho Romário, que surgia para o futebol já como companheiro de ataque de Dinamite. Inclusive, de acordo com o ex-lateral, muitos dos bichos recebidos nas importantes — e até mesmo históricas — vitórias do clube devem ser creditados na conta do eterno artilheiro da Colina.

— Nós desfrutamos muito dentro de campo. Mauricinho, Romário e eu nos beneficiamos muito com as assistências do Roberto. O bicho que ganhávamos nos jogos eram todos na conta do Dinamite, que com suas faltas maravilhosas ganhava importantíssimas partidas para nós — finalizou.



Fonte: ge