Maurício Souza, sobre a derrota para o Novorizontino: 'O Vasco teve uma noite infeliz'
Quinta-feira, 30/06/2022 - 00:02
O Vasco sofreu sua primeira derrota na Série B do Brasileirão nesta quarta-feira, quando perdeu por 2 a 0 para o Novorizontino fora de casa. Depois da partida, o técnico Maurício Souza reconheceu que sua equipe teve uma "noite infeliz" fora de casa.

- A ideia era realmente ter um pouco mais de criatividade no setor de meio de campo, sempre que o Palacios vinha para dentro. Porém não podemos de jeito nenhum tirar o mérito do Novorizontino, que conseguiu a partir de uma marcação muito impositiva neutralizar nossas ações. Não conseguimos sair, começamos a jogar um jogo mais direto. Esse jogo não deu para a gente nem o ganho da primeira nem o ganho da segunda bola. O Novorizontino começou a ganhar campo, a gostar do jogo - disse o treinador.

- A partir daí, a equipe se descontrolou um pouquinho. De uma bola parada sai o gol. No segundo tempo a gente vinha um pouco melhor, controlando mais as ações, mas durou pouco tempo. Eles se impuseram de novo - acrescentou ele.

"Acho que o Vasco teve uma noite infeliz, não conseguimos colocar em prática o que a gente imaginava. A gente sabe que vai encontrar adversários que vão competir demais contra a gente. Infelizmente não tem o que falar, o mérito é do Novorizontino por ter conseguido fazer um jogo extremamente qualificado e foram felizes", concluiu.

Maurício Souza promoveu mudanças para o jogo desta quarta: Figueiredo saiu da ponta e foi o centroavante titular, enquanto Palacios começou jogando mais aberto na esquerda. O treinador lamentou o fato de as coisas não terem funcionado na prática.

- Eu não considero que a gente tenha perdido um homem de referência. Concordo que o Raniel é um jogador mais fixo. O Figueiredo é um jogador de mais mobilidade, que a gente entendia que seria mais proveitosa para nós. Quando entrou o Raniel, porque é um jogo mais preso, a gente tem que flutuar outros jogadores naquele setor. O que pensamos para o Figueiredo acabou acontecendo. O que não tivemos foi calma de entrar no campo adversário, circular mais a bola. A gente estava mais ansioso, talvez pela pressão que o Novorizontino fez sobre o nosso time que foi muito grande. A posição do Figueiredo é de camisa 9, é a que ele gosta de jogar, a que foi formado - explicou o comandante vascaíno.

- Hoje, qualquer explicação fica secundária. A gente não teve uma noite feliz. O Novorizontino foi uma equipe melhor hoje. A gente sente a derrota, mas não muda nada. A gente conversou no vestiário, sabemos que domingo tem uma nova batalha. A Série B vem se mostrando uma das edições mais equilibradas dos últimos tempos. A gente sabia que ia encontrar dificuldade aqui dentro. Saímos tristes com o resultado, mas cientes de que estamos muito bem na competição. No domingo, esperamos sair com os três pontos e dar alegria para a torcida do Vasco da Gama - finalizou ele.

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Anderson Conceição

- Sobre questões médicas, o Anderson estava completamente apto para jogar. Quem não estava muito bem era o Nenê, que estava com dor na panturrilha e aguentou até onde deu. O Anderson foi liberado pelo DM para jogar e enquanto ele jogou, curativo, tudo isso passou desapercebido, porque ele botou a cabeça na bola, lutou, brigou o tempo todo. Então a questão da lesão na cabeça não influenciou em nada no rendimento dele.

Jogo contra o Sport

- A motivação é máxima. Para jogar no Vasco, disputar um campeonato tão duro quanto esse, não tem cabimento não ter motivação. Já jogamos lá (no Maracanã) contra o Cruzeiro, a torcida lotou, fez uma linda festa. Os ingressos já estão esgotados, isso vai acontecer novamente. A gente espera esse apoio deles. Como falei, uma hora a invencibilidade ia acabar. A gene não esperava que fosse agora, mas infelizmente acabou. Porém temos um jogo importante no domingo, contamos com o apoio do torcedor, o grupo está focado. Dentro do vestiário a fala foi de que não muda nada, a gente sabe que fez um jogo abaixo, que precisa melhorar em algumas questões. Porém estamos encarando como um dia infeliz. No domingo, com o apoio da torcida, esperamos voltar a pontuar e vencer para continuar buscando nosso objetivo.

Alvos no mercado

- O bom jogador é sempre bem-vindo, mas isso é um assunto que a gente trata internamente. A diretoria está focada nisso. Claro que, se puder qualificar o elenco... que, na minha opinião, já é qualificado. São atletas que, até agora, a gente só tinha elogios a eles. No momento que vem uma derrota, claro que é possível que as críticas comecem a chegar, que a gente comece a falar em reforços. O departamento está atento. Caso seja possível, claro que o Vasco quer ter sempre jogadores qualificados no elenco. Porém, não vejo isso como uma necessidade extrema.



Fonte: ge