Bloco de 25 clubes que não aderiram à Libra se reúne para criar a Liga Forte Futebol
Terça-feira, 28/06/2022 - 15:09
Um bloco de 25 clubes das Séries A e B se reuniu na CBF para criar a Liga Forte Futebol do Brasil. Em um encontro anterior, eles já tinham demonstrado a intenção de criar um estatuto e avançaram no assunto hoje (28).

Desse bloco fazem parte, por exemplo, Internacional, Atlético-MG, Fluminense e Athletico. O objetivo primário é formar um conglomerado dos clubes para negociar os direitos comerciais e de TV.

A nova liga é uma resposta à articulação de outros clubes, que se juntaram na formatação da Libra. Na prática, é inviável imaginar atualmente que os clubes vão se juntar para serem os responsáveis pela organização do Brasileirão.

Sem acordo entre os 40 clubes das duas principais divisões do futebol brasileiro, a Liga Forte Futebol tem 62,5% dos integrantes das Séries A e B. Mas a maioria dos clubes que compõem o topo da pirâmide de receitas estão na Libra, como Flamengo, Palmeiras, Corinthians e São Paulo.

"É um passo importante que foi dado. Não é o passo definitivo, queremos ir além. Queremos finalizar uma liga com os 40 clubes das Séries A e B. Nesse momento, a gente formalizou a Liga Forte Futebol entre alguns clubes da Série A e B. Pretendemos estabelecer alguns pilares importantes numa mesa de negociação, com objetivo de valorizar o futebol como um todo. A gente sabe que tem um potencial maior do que é explorado hoje", disse Guilherme Mallet, vice-presidente jurídico do Internacional.

Para conduzir os trabalhos administrativos da nova liga foram designados três membros dos departamentos jurídicos de Athletico, Atlético-MG e Internacional. O mandato deles será provisório, com duração de seis meses.

O documento assinado hoje, no entanto, não traz detalhes sobre divisão de receitas de eventuais contratos firmados pelo grupo de 25. A LiveMode, empresa que negocia direitos de transmissão, participou da reunião na CBF.

"Uma crítica ao estatuto da Libra é que ele estabelece critérios de divisão de receitas. E para mudar esses critérios, só com unanimidade entre os clubes. Então, a gente não estabeleceu. Temos conversas informais sobre o que entendemos ser mais justo, mas não tem nada formal. Se for para levar adiante, que seja uma coisa mais flexível. Entre os presidentes, essa questão está bem alinhada, mas nada definitivo, nada assinado. É uma ideia de negociação, que inclusive tem sido usada para abordar outros clubes", completou o VP jurídico do Inter.



Fonte: UOL