Advogados do Vasco em ação contra veto a uso do Maracanã são parentes do presidente do TJRJ
Domingo, 26/06/2022 - 02:33
O Vasco entrou na Justiça contra o Flamengo por causa do veto do Consórcio Maracanã a realização da partida do clube contra o Sport, no dia 3 de julho, pela Série B do Campeonato Brasileiro. A ação foi distribuída nesta sexta-feira ao juiz Alessandro Oliveira Félix, da 51ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O processo foi aberto contra o Flamengo, porque apesar de ele ser sócio do Fluminense no Consórcio, é quem responde juridicamente pelo contrato.

Na ação, o Vasco é defendido pelos advogados Marcelo de Andrade Figueira e João Pedro de Andrade Figueira. Eles são, respectivamente, filho e irmão do atual presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Henrique Carlos de Andrade Figueira.

A dupla, entretanto, não foi contratada para atuar apenas nesta ação. O escritório deles, o Andrade Figueira, advogada pra o Vasco em outros processos.

O Consórcio Maracanã negou definitivamente o pedido do Vasco soba a alegação de preservação do gramado. Eles se baseiam em um documento da Greenleaf, empresa responsável pela manutenção do gramado do Estádio do Maracanã, que afirma que o ideal é que haja um jogo por semana no estádio e que já há uma partida programada para o dia anterior ao solicitado pelo Vasco. O clube soltou uma nota de repúdio em que considerou o vero como "absurdo".

A alegação dos advogados do Vasco é de que "o contrato de permissão de uso do Complexo Maracanã não abre qualquer possibilidade de negativa de utilização pelos outros clubes". E pedem que "seja autorizada a partida no Maracanã "nas mesmas condições comerciais praticadas aos jogos do Fluminense no ano de 2022".

Os advogados também sustentam que no dia 12 de junho o Vasco jogou no Maracanã "menos de 24h depois da partida entre Fluminense e Alético Goianiense sem que tenha havido qualquer reclamação ou incidente com relação ao estado do gramado".

O Flamengo informou que apresentará à Justiça um laudo técnico que prova os prejuízos ao espetáculo, com danos ao gramado e até aos atletas, por consequência, do excesso de jogos no estádio. Entre as justificativas, está também a situação ocorrida no ano passado, quando os dois permissionários tiveram que jogar em outras praças para que o gramado fosse preservado.

Fonte: O Globo