Vasco e mais 17 clubes assinam carta de intenções com empresa para a criação da Liga
Sexta-feira, 12/11/2021 - 18:52
Os principais clubes de futebol do Brasil assinaram uma carta de intenções com a Codajás Kapital, em que concordam em dar exclusividade à empresa para o recebimento de uma proposta para a criação de uma liga de futebol no país.

A Codajás atua em parceria com um fundo de private equity dos EUA especializado em investimentos no esporte e na mídia que promete aportar US$ 1 bilhão no negócio.

Estimativas iniciais avaliaram em US$ 4 bilhões a empresa da qual os clubes serão sócios. A Codajás e o fundo seriam sócios, com uma fatia de 25% do negócio.

Essa empresa seria a responsável pela organização das séries A e B e também do Brasileirão de futebol feminino.

As negociações vem se desenrolando há meses. Dezoito clubes já assinaram. O Flamengo o fez nos últimos dias.



Fonte: Blog do Lauro Jardim - O Globo


Clubes assinam termo com empresa interessada em assumir operação da futura liga de clubes

Dirigentes de 18 clubes assinaram um termo com a empresa liderada pelo advogado Flavio Zveiter, denominada Codajas Sports Kapital, no qual se comprometem a avançar em assuntos ligados à liga de clubes.

Entre participantes da primeira divisão em 2021, cinco ainda não assinaram o acordo: Athletico-PR, América-MG, Fluminense, Juventude e Sport. Todos os outros confirmaram a participação.

Recapitulando: em junho deste ano, cartolas manifestaram o interesse de fundar uma liga para a organização do Campeonato Brasileiro e, mais importante, para vender suas propriedades comerciais.

Ainda naquele mês, dirigentes receberam representantes de três empresas interessadas em cuidar da operação da liga. A Codajas, de Zveiter, era uma delas. O assunto então esfriou nos bastidores.

Agora, a proposta volta a avançar com a assinatura deste termo. Ele é um documento "não vinculante", ou seja, não gera nenhuma obrigação para os clubes envolvidos. Caso seus dirigentes queiram recusar o que for oferecido posteriormente, têm esse direito preservado.

Ao mesmo tempo, o acordo gera obrigações para os clubes.

- Clubes se comprometem a não vender nenhum direito de transmissão ou comercial relacionado ao Campeonato Brasileiro para o período posterior a 2024, durante os próximos dois meses

- Clubes concordam em ceder informações necessárias para a realização de um "valuation" (valoração da liga de clubes a ser fundada). Isso determinará a entrada de um parceiro

- Clubes cedem à Codajas Sports Kapital o direito de cobrir propostas financeiras, por período pré-determinado de um ano, caso concorrentes apareçam com ofertas diferentes

Todos os pontos acordados têm relação com a proposta financeira que Zveiter prometeu aos dirigentes. Ao lado de profissionais de mercado, como Ricardo Fort e Lawrence Magrath, o advogado afirma que conseguirá vender uma parte da futura liga de clubes para um investidor.

Na carta entregue aos dirigentes, a Codajas afirma que tem acordo com a Advent International. Trata-se de uma companhia que investe em "private equity" (ou seja, comprando participações em empresas consolidadas). A Advent fez negócio similar no futebol italiano, com a liga local.

Inicialmente, a liga de clubes foi avaliada pela equipe de Zveiter em US$ 4 bilhões. Baseando-se nisso, a venda de até 25% da liga para esse parceiro geraria US$ 1 bilhão. Esse dinheiro, por sua vez, seria repassado aos clubes para que possam pagar dívidas e se reestruturar em meio à crise.

Por meio desse acordo, sob sigilo, dirigentes proverão dados internos para que a Codajas faça um "valuation" mais preciso das propriedades comerciais envolvidas, sobretudo dos direitos de transmissão.

A exigência para que clubes não vendam direitos de transmissão ou patrocínios existe para que essa operação, de venda de parte da liga para um terceiro, não seja inviabilizada. Contratos de direitos de transmissão estão em vigor e valem até 2024. Se algum clube vendesse seus direitos separadamente, de 2025 em diante, prejudicaria a negociação coletiva.

De onde vem a resistência

Mario Celso Petraglia, responsável pelo Athletico-PR, é a principal voz dissonante ao projeto capitaneado por Flavio Zveiter. O dirigente não assinou o termo e tem dito nos bastidores que não assinará. Ele busca alianças entre cartolas da Série B para formar um grupo de oposição.

Segundo interlocutores consultados pela reportagem, Petraglia tem o receio de que esse acordo, com a Codajas, impeça negociações com outras empresas interessadas em operacionalizar a liga. Além disso, ele teme que os valores estimados estejam subvalorizados.

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, tem demonstrado ressalvas ao projeto. O cartola ainda não assinou o termo com a empresa de Zveiter, embora a sua adesão seja aguardada para os próximos dias.

Bittencourt se incomodou com a duração da "concessão" das receitas para o investidor privado. Segundo a proposta, esse investidor teria 25% das receitas do Brasileirão por até 75 anos – com período e percentual ainda a confirmar. Bittencourt tem dito a aliados que os clubes desistirão de uma quantia elevada no futuro, em troca do socorro no presente.

Fonte: Blog Negócios do Esporte - ge


Clubes assinam com empresa para avançar por oferta pela Liga do Brasileiro

A liga de clubes para organizar o Brasileiro teve um avanço: 18 clubes assinaram uma carta de intenções com a empresa Kodajas Sports Kapital. O documento estabelece que a empresa fará uma oferta para comprar um percentual da futura liga. O aceno da empresa é por um investimento de US$ 1 bilhão (R$ 5,46 bilhões) na liga. O dinheiro seria dividido entre os clubes.

O acordo foi assinado há um mês pelos seguintes clubes: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Flamengo, Vasco, Botafogo, Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro, Bahia, Ceará, Fortaleza, Cuiabá, Atlético-GO e Chapecoense. São portanto 15 times da Série A, e três equipes da Série B.

Essas agremiações firmaram uma carta de intenções com a empresa Kodajas, grupo liderado pelo advogado Flávio Zveiter e o executivo Richard Fort. A empresa captou o investimento com o fundo Advent, que tem investido em direitos de campeonatos pelo mundo.

A informação sobre a carta de intenções foi dada primeiro pelo "GE" e confirmada pelo blog.

Pelos termos do documento assinado, os clubes se comprometem por dois meses a não vender os direitos do Brasileiro de 2025 em diante. Durante esse período, a Kodajas fará uma avaliação do valor que tem uma liga do Brasileiro. A partir daí, deve fazer uma proposta de compra de um percentual da liga que será de no máximo 25%.

Em uma análise inicial, a liga foi avaliada em US$ 4 bilhões. Mas esse valor deve mudar quando for concluído o processo mais aprofundado sobre o montante a ser pago pelo campeonato. É certo que o dinheiro disponível para investimento é de US$ 1 bilhão.

A partir da oferta, terá de ser negociado tanto o percentual a ser comprado da liga quando o tempo do compromisso. Incialmente, a Kodajas colocou como meta que os clubes acordassem jogar a liga por 75 anos. Entre os clubes, esse período é visto como muito longo. Os fundos de compra de "private equity", como é o caso do Advent, costumam fazer negócios por até dez anos.

Não há no acordo assinado uma obrigação de aceitar a proposta ou de realizar o negócio. A carta de intenções - chamada de "Letter Of Intent" (LOI) - é ainda um primeiro passo. Depois, pode evoluir para um memorando de entendimento e, futuramente, para um contrato. O prazo da carta acaba em cerca de um mês. Neste período, a Kodajas deve oficializar uma proposta.

É certo que o documento demonstra que esses 18 clubes avançaram na intenção de vender em conjunto seus direitos do Brasileiro. Também há a intenção de assumir totalmente a organização da liga, o que poderia acontecer para 2023. Mas isso depende de uma adesão quase total dos times da Série A.

No momento, a maior resistência é do Athletico-PR, comandado por Mario Celso Petraglia. Ele brigou com outros dirigentes durante a discussão da liga e não quis aderir a esse acordo. O presidente do Fluminense, Maior Bittencourt, também tem resistido. Mas, entre os outros clubes, não é visto como intransigente.

A Kodajas foi uma das empresas que apresentou proposta para parceria com a liga quando houve as primeiras reuniões do grupo de clubes para formar a Liga. O movimento iniciou-se no meio do ano, e depois esfriou por conta de desentendimentos internos. Nos bastidores, a liga continuou a andar até a chegar a esse primeiro acordo.

Fonte: Blog do Rodrigo Mattos - UOL