CBF diz que pedido de clubes pela criação da liga será 'objeto de análise interna'
Terça-feira, 15/06/2021 - 20:57
A CBF acusou o recebimento, nesta terça-feira, do que chamou de "carta com solicitações coletivas" dos clubes, entre elas, a criação de uma liga formada pelas equipes para organizar o Campeonato Brasileiro das Série A e B.

Em nota, a entidade informou que o tema será objeto de análise interna por parte da CBF. Mas segundo apurou a reportagem do GLOBO, qualquer decisão só será tomada após o julgamento do presidente Rogério Caboclo pela Comissão de Ética da entidade.

A ideia é que, definido o futuro do atual mandatário, substituído interinamente pelo vice-presidente Antônio Carlos Nunes, os dirigentes se debrucem no pleito dos clubes e a CBF tome uma postura definitiva, seja a favor ou contra o movimento.

"A CBF informa que nesta terça-feira, 15, o Presidente Antônio Carlos Nunes, Vice-Presidentes, Secretário Geral e Diretores da entidade estiveram reunidos com os representantes dos clubes disputantes da Série A do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, os clubes apresentaram uma carta com solicitações coletivas, que serão objeto de análise interna por parte da CBF", afirma a nota.

A intenção dos clubes é aumentar sua autonomia nos rumos do futebol brasileiro, o que culminaria na criação da liga. Mas para isso ela demanda a permissão da própria entidade, que de acordo com seu estatuto, pode proibir ou não o estabelecimento de ligas. "

Caboclo está afastasdo até o dia 6 de julho, quando terminam os 30 dias determinados pela Comissão de Ética da CBF. Apenas a posição da comissão, entretanto, não é suficiente para punir o dirigente. A decisão deles, caso optem por alguma punição a Caboclo, precisa ser referendada por três quartos da Assembleia Geral da CBF. E as sanções são diversas, do banimento até simples advertência. A pior hipótese para Caboclo será a de ter alguma punição severa e, além disso, o caso ser encaminhado para o Ministério Público e a Justiça, possibilidade prevista no Código de Ética da CBF.



Fonte: O Globo Online