Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Marcelo Cabo após Resende 1 x 3 Vasco
Sábado, 24/04/2021 - 19:14
Mesmo sem chances de classificação às semifinais do Campeonato Carioca, o Vasco se despediu da Taça Guanabara, neste sábado, com vitória e bom segundo tempo: com gols de Bruno Gomes e Cano (2x), fez 3 a 1 sobre o Resende, em São Januário. Após a partida, o técnico Marcelo Cabo falou em entrevista coletiva sobre a crescente da equipe após o intervalo:

– A gente entrou muito desconcentrado. Tivemos dois tempos muito distintos: um primeiro tempo muito aquém e um segundo tempo muito bom. Mas tivemos um intervalo também muito bom, ajustamos muitas coisas. A gente tem também que dar o mérito ao Resende pelo bom primeiro tempo.

– Às vezes, a gente fala que o Vasco não foi bem, mas a gente precisa dizer também que o adversário foi bem. E o Resende nos surpreendeu no primeiro tempo, com uma marcação alta, bem encaixada, um time que estava propondo o jogo e nos trouxe muita dificuldade. Devido a essa surpresa de um bom time que apresentou um bom padrão de jogo, a gente só foi consertar e ajeitar no intervalo. A gente pode internamente, no vestiário, ajustar o que precisava ajustar. Fiquei muito satisfeito com o segundo tempo do Vasco – acrescentou.

Questionado também sobre Cano, que se tornou o maior artilheiro estrangeiro do clube no século XXI, com 28 gols, o treinador foi só elogios ao argentino, mas fez questão também de ressaltar os atletas da base vascaína, que ganharam oportunidades neste sábado.

– Fico muito feliz dele atingir essa marca porque é um profissional que vem trabalhando bastante, vem se doando bastante, se preparando muito bem. A nossa proposta de jogo faz a bola chegar muitas vezes para o Cano, e ele tem aproveitado as oportunidades. Hoje ele fez mais dois gols. Isso é muito importante.

– Também quero ressaltar a entrada dos jovens do Vasco. O Caio entrou e, em 20 minutos, mostrou porque nós o trouxemos da base, colocamos para jogar em um jogo dificílimo e ele nos deu confiança. Fez uma excelente partida. Ressaltar também a estreia do Arthur, a entrada do Riquelme, do João Pedro... É a oportunidade que a gente tem para dar essa sequência ao pessoal da base. Fico muito feliz pela estreia deles e pela marca do Cano. O Cano merece muito. Está com uma média de gols muito boa na temporada, e a tendência é que a gente propicie isso a ele em todos os jogos, pela característica ofensiva que nosso time tem hoje.

Veja mais respostas de Marcelo Cabo:

"REFORÇOS INTERNOS"

– Quero ressaltar que eles não vão ser a solução do Vasco, mas esse equilíbrio com os jogadores mais experientes: o Rômulo está chegando também, hoje o Léo Jabá pode dar essa sustentação para o Figueiredo e outros jogadores... É o equilíbrio que a gente tem buscado para que a gente possa ter uma equipe competitiva e a gente mesclar a experiência desses jogadores, como Vanderlei e Lucão, e a gente ter o equilíbrio necessário para ter uma equipe forte.

– Às vezes os reforços estão dentro do próprio Vasco. A gente já tinha subido o Caio uma vez, depois voltou para a base, deu continuidade. Hoje eu só tinha os dois volantes que iam iniciar o jogo, e trouxe o Caio. Ele já tinha demonstrado nos treinamentos, e hoje o que ele apresentou no jogo... A gente tem buscado essas soluções dentro do Vasco e tem potencializado esses meninos.

MORATO "POR DENTRO" E ATUAÇÃO DE LÉO JABÁ

– Flexibilidade de sistema que a gente vem treinando todos os dias. Eu saí 4-2-3-1 para um 4-3-3, trazendo o Morato por dentro para fazer o "homem de ligação" e abrindo dois pontas para que a gente pudesse criar um pouquinho mais de amplitude e profundidade.

– Eu tenho alguns jogadores que podem me ajudar por dentro, como o Morato fez hoje, o Pec tem essa característica... Eu ganho essa flexibilidade poder transformar um 4-2-3-1 em um 4-3-3. Foi o que aconteceu no intervalo, a gente conseguiu ajustar a equipe com a mudança do esquema tático, e a gente acabou ganhando alternativas que pode usar durante a temporada.

MAIS SOBRE A MUDANÇA DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO TEMPO

– A gente estava com dificuldades de achar esse passe na entrelinhas, não estava funcionando. Por isso, eu optei mudar o esquema do 4-2-3-1 para o 4-3-3 e criar um pouquinho mais de amplitude, de profundidade, com esses jogadores que são pontas originais, que eram o Figueiredo e o Jabá, trazendo o Morato por dentro para fazer a ligação.

– Acho que funcionou bastante, a gente trabalhou bem e não pode ficar engessado em só um sistema. Como o jogo que eu gosto, que é o jogo apoiado, por dentro, não estava conseguindo articular, a gente mudou, abriu um pouco mais a equipe do Resende, foi onde a gente perdeu inúmeras chances de gols... O placar, pelo que a gente produziu no segundo tempo, poderia ser um pouco mais elástico. Acredito que o Jefferson (goleiro do Resende) tenha sido eleito o melhor em campo, pelas inúmeras defesas que fez. Fico muito satisfeito pelo segundo tempo.

– É uma situação que a gente viveu no jogo atípica, são dois tempos atípicos. Isso a gente vai encontrar durante a temporada, então a gente tem que achar mecanismos para mudar o perfil da equipe, subir de produção e buscar a vitória, como foi hoje.

Fonte: ge