Marcelo Cabo relembra passado no Futsal do Vasco e fala sobre novo desafio
Terça-feira, 09/03/2021 - 00:38
Carioca, 54 anos, criado na Penha, coração da Zona Norte do Rio. Novo técnico de futebol do Vasco, Marcelo Cabo é cria do futsal, tendo atuado como fixo e pivô por diversas equipes que marcaram época como Tio Sam, Bradesco e AABB-RJ, além de ter tido passagem pelo Valência, da Espanha. Treinador desde o fim dos anos 90, Marcelo é o convidado do podcast Toca & Sai #80. No programa, ele contou muitas histórias sobre o passado nas quadras, além de ter falado do desafio de treinar o Vasco, recém rebaixado à Série B.

- O Vasco tem que vencer sempre pela sua grandeza. O treinador que vem para cá pensando diferente disso não serve para o Vasco. A grande meta para o ano é estar na Série A no dia 30 de novembro, mas agora temos o Carioca e a Copa do Brasil. Estamos assumindo sem fazer as duas semanas de pré-temporada, com um elenco que acabou de cair ara a Série B. O que vamos tentar? Obter resultados e passar por um processo de evolução. O primeiro passo é recuperar a parte psicológica dos jogadores, fazê-los entender que a página virou - disse Marcelo.

Antes de virar treinador de futebol, Marcelo Cabo teve uma trajetória de mais de duas décadas no futsal. Aos seis anos, ele deu os primeiros passos no Coimbra Esporte Clube. Pouco depois, foi para o sub-13 do Fluminense, indicado por René Simões. Após tentar a sorte nos gramados, Marcelo voltou a jogar futsal em 1983, quando iniciou a carreira profissional pela AABB-RJ.

De lá o hoje treinador do Vasco passou por Helênico, Bradesco, Social Ramos Clube, Rocha Miranda, Flamengo e Tio Sam. Marcelo ainda teve uma experiência fora do país atuando pelo Valência, da Espanha. Curiosamente, um dos últimos clubes da sua carreira foi o Vasco, em 1997. Em 1998, ele foi atuar no Fluminense, e logo depois virou treinador de futsal antes de migrar de vez para o futebol de campo.

Das quadras, Marcelo carrega imensa saudade e muitos lamentos pelo fato de o futsal do Rio não ter equipes na Liga Nacional de Futsal desde 2013.

- Quando eu vejo o futsal carioca na UTI, isso me entristece. E não vejo solução. Há brigas e mais brigas na nossa federação. A única solução que eu vejo é a volta dos clubes de bairro tradicionais como Vila Isabel, Mackenzie... A outra é fazer com que as camisas fortes voltem ao futsal. Esse é o caminho a curto prazo - destacou.

Com planos de voltar ao futsal como coordenador ou dirigente no futuro, Marcelo, que se intitula "Marcelo do futsal" explica como busca implementar nos gramados os conceitos desenvolvidos nas quadras.

- Trago muito o futsal para o campo, porque o futsal é muito básico. Você sem a bola marca forte e com a bola propõe jogo. Então o que eu busco implementar? Levo para o futebol as fases do jogo: média, baixa e alta. Preparo a minha equipe para as três fases. Também gosto que os meus jogadores façam a bola respirar grama. Gosto de passes curtos e com movimentações sincronizadas. Quem tem a bola tem que ter três opções de jogadas. Eu faço os mecanismos de movimentação para o jogador tomar a decisão - explicou.

Apresentado pelo comentarista Marcelo Rodrigues, o podcast Toca & Sai é gravado semanalmente e divulgado sempre nas páginas ge.globo/futsal e ge.globo/podcasts.

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Fonte: ge