Clubes poderão fazer pay-per-view em seus próprios canais no Estadual
Sexta-feira, 12/02/2021 - 12:53
Os clubes cariocas poderão vender jogos do Carioca em seus canais próprios no sistema de pay-per-view. Isso ficou acertado nas negociações entre Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. Houve aprovação do contrato de TV Aberta com a Record. Os jogos pagos serão vendidos em vários canais de forma descentralizada.

Até o ano passado, o Carioca tinha um contrato exclusivo com a Globo para todos os direitos. Era um total de R$ 100 milhões. Houve uma disputa entre a emissora e o Flamengo, que não fazia parte do acordo, e isso gerou uma rescisão.

Ao modelar uma revenda do Carioca, a Ferj e os clubes optaram por fatia os direitos do campeonato, entre pay-per-view, TV Fechada e TV Aberta. Assim, logo de cara, recuaram uma nova proposta da Globo de R$ 45 milhões por todos os direitos.

Com isso, negociaram em separado a TV Aberta entre SBT e Record. A segunda emissora acabou levantando vantagem com uma proposta de R$ 11 milhões para jogos abertos.

Isso porque os clubes apostam fortemente no pay-per-view da competição. Haverá uma venda em um sistema pelo qual cada clube ficará com a fatia de renda gerada pela sua torcida. Não há percentuais fixos.

Além disso, os clubes poderão vender também os jogos em seus próprios canais em sistemas pagos. O Flamengo já fez isso com a FlaTV e está preparado para fazer o mesmo no Carioca. É por isso que o clube foi o que mais lutou pelo sistema de venda de jogos.

O Vasco já passou jogos em seu canal no Youtube sem cobrar. Agora, o clube cruzmaltino vai preparar uma estrutura comercial para venda aproveitando o potencial de sua torcida O Fluminense também tem uma estrutura de transmissão de jogos já instalada no Maracanã.

Para cobrar em seus próprios canais, os clubes podem usar plataformas como o Twitch como faz o Athletico-PR em seus jogos no Brasileiro. Ou podem firmar parcerias como já realizado pelo Flamengo como o Mycujoo, plataforma que não aguentou a demanda da torcida.

Fonte: Coluna Rodrigo Mattos - UOL