Após perda de validade da MP do Mandante, clubes tentam se rearticular
Terça-feira, 17/11/2020 - 13:36
Depois de verem a MP do Mandante caducar em Brasília, os clubes integrantes do Futebol Mais Livre rearticulam uma volta do grupo. Há uma reunião marcada para esta semana para discutir novas ações do movimento que pressiona a TV Globo.

O encontro será virtual e tentará reunir os 45 times que ainda estão no movimento. Entre os da Série A estão Athletico, Atlético-GO, Bahia, Ceará, Coritiba, Flamengo, Fortaleza, Goiás, Red Bull Bragantino, Palmeiras, Santos e Vasco.

Corinthians, Internacional, Sport e Atlético-MG chegaram a fazer parte do grupo, mas saíram depois de uma conversa com a Globo. São Paulo, Grêmio, Fluminense e Botafogo nunca deram o apoio por entenderem que o melhor caminho também é ficar ao lado da emissora.

Ainda há times de todo o país que disputam as divisões inferiores e também estão a favor do movimento, como América-MG, Chapecoense, CRB, Cruzeiro, Figueirense, Guarani, Juventude, Paraná, Náutico, Santa Cruz e Vitória.

A ideia do Futebol Mais Livre é que a briga não saia da pauta de discussões de torcedores e, claro, entre os políticos. Há uma esperança que o tema volte a ser discutido pelas autoridades no ano que vem.

Se fosse aprovada, a mudança na lei do mandante daria o direito ao dono de casa de comercializar os direitos de transmissão, independentemente da vontade do visitante. Atualmente, para se transmitir uma partida no Brasil, a empresa responsável precisa ter o direito dos dois times envolvidos.

Com contratos que duram pelo menos mais quatro anos, a Globo é a principal afetada no momento caso a mudança saísse do papel. Por isso, a emissora atuou nos bastidores nos últimos meses para tentar minar o apoio de times ao grupo.

O Futebol Mais Livre também não conseguiu avançar em Brasília porque a MP foi desenhada pelo presidente Jair Bolsonaro. Por questões políticas, Rodrigo Maia não deu prosseguimento à pauta em Brasília, mesmo com a pressão presencial de clubes que viajaram até lá em nome do movimento.

Fonte: Coluna Danilo Lavieri - UOL