Natação Paralímpica: Joana Neves é prata nos 50m borboleta classe S5 no Mundial
Sexta-feira, 13/09/2019 - 06:20
Desde 2012, a nadadora Edênia Garcia, de 32 anos, sonha com um ouro em Londres. Ela ficou com a prata naquela Paralimpíada. Nesta quinta-feira, ela voltou à mesma piscina em que competiu sete anos atrás para enfim ser campeã. A cearense que mora em Natal (RN) desde a infância conquistou o ouro na prova dos 50 metros nado costas na classe S3. Assim, chega ao tetra na prova em que foi prata na Paralimpíada, com a diferença que as medalhas anteriores foram conquistadas na S4, uma classe para atletas menos comprometidos da que ela está atualmente.

Neste quarto dia de Mundial, Edênia completou a prova em 56s71, à frente da americana Leanne Smith, prata, e da britânica Ellie Challis, bronze. Esta foi a quarta medalha de ouro do Brasil neste Mundial de natação paralímpica que está sendo disputado em Londres.

- Eu sempre soube que minhas provas se definem na chegada. Meu dever era fazer uma chegada boa hoje. Estou muito feliz, porque a finalização de prova bem feita. Todas as lembranças ruins de 2012 se transformaram hoje nessa lembrança dourada – disse Edênia após a conquista do tetra.

Além de Edênia, o Brasil também conquistou uma medalha de prata com Joana Neves, a Joaninha, nos 50 metros borboleta na classe S5. A italiana Arianna Talamona foi ouro e a turca Sevilay Ozturk foi bronze.

Já nos 50m borboleta S5 para os homens, o brasileiro Daniel Dias conquistou sua 38ª medalha em Mundiais, sendo 31 de ouro. Ele foi bronze nesta quinta, atrás do chinês Lichao Wang e do ucraniano Yaroslav Semenenko, ambos com os duas pernas mas sem os braços. Dias nasceu sem parte dos braços e da perna direita.

- Eles tem uma vantagem enorme na saída e na primeira parte do nado. Não tenho que lamentar (o bronze), tenho que comemorar o meu resultado – disse Daniel Dias.

Para fechar a noite londrina, o revezamento misto 4x100m livre (S14) terminou em quarto mas acabou sendo anunciada como ganhadora da medalha de bronze, após desclassificação da equipe da Rússia. Minutos depois da prova, porém, após protesto russo, os brasileiros acabaram voltando para a quarta colocação na prova. O que houve foi um problema com a placa que fica na raia da Rússia na hora da batida. Deu como se não tivessem encostado, o que geraria a desclassificação. Os russos pediram a revisão por vídeo, que mostrou que houve, sim, a batida. E por isso o resultado foi a prata russa. Nadaram pelo time brasileiro: André Luis da Silva, Ana Karolina Oliveira, Débora Carneiro e Felipe Vila Real. O ouro foi para a equipe britânica, que quebrou o recorde mundial. A prata foi para a Rússia e o bronze, para a Austrália.





Fonte: GloboEsporte.com (texto, foto), Instagram da nadadora Joana Neves (foto)