Marcos Júnior fala sobre seu momento no Vasco e revela amuleto da noiva falecida; veja vídeo
Quarta-feira, 11/09/2019 - 18:49
"Um clube que jamais sairá da minha história". Com essa frase, Marcos Júnior definiu o turbilhão de emoções que viveu nesses últimos meses, após ser contratado pelo Vasco no fim do Campeonato Carioca. Aos, 24 anos, ele desfruta da realidade de disputar a Série A com a camisa de um clube grande e de até virar figurinha no álbum do Campeonato Brasileiro. Tudo isso sem, é claro, esquecer do seu maior valor: a família.

Antes de chegar ao auge da carreira até o momento, porém, Marcos Júnior sofreu o maior tombo. A noiva Vanessa morreu vítima de um agressivo câncer. Hoje, a saudade se transformou em amuleto, que o volante carrega para todos os jogos.

- A camiseta fica guardada, mas para todo jogo do Vasco eu levo e faço o aquecimento com ela. Depois penduro na minha cabine e peço para que ela esteja comigo em todos os jogos. Ela e minha mãe faziam o possível e o impossível para mim - disse Marcos Júnior.

Com a oportunidade de jogar no Vasco chegaram, também, outras novidades para o volante. Marcos Júnior, agora, é figurinha no álbum do Campeonato Brasileiro e ainda não se acostumou.

- Em 2002, foi meu primeiro álbum e gostava bastante. Meu pai trabalhava e tinha um saquinho de moedas. Eu ia lá e pagava. A figurinha que sempre esperei foi do Ronaldinho Gaúcho, que era meu ídolo. A figurinha do Marcos Júnior não veio fácil, pois me deram. Eu sabia que iria participar do álbum. Um dia recebi um telefone do marido da minha prima, mas era o Ruan, filho dele, dizendo que estava colecionando o álbum e tinha minha figurinha. Disse que eu estava bonito (risos) - falou o volante.

Veja, abaixo, outros trechos da entrevista de Marcos Júnior:

Momento

- Avalio como um sonho. Podendo jogar um Brasileiro da Série A e atuar em um grande clube do país. Um momento que tanto esperei e vou aproveitar. Mudou muita coisa na minha vida. Profissionalmente, nunca havia tido tanta cobrança. Pessoalmente, sou muito reconhecido nas ruas. Um clube que jamais sairá da minha história. Quero fazer história no Vasco.

Família

- Lá atrás fizeram de tudo por mim. Gosto de ressaltar a Vanessa, minha noiva falecida. Sempre que tenho a oportunidade de falar eu falarei deles. Meus país, minha irmã...

Morte da Vanessa

- Meu coração hoje está mais tranquilo, pois desde que aconteceu minha família esteve perto. É difícil, mas sabemos que a vida segue e temos que continuar. Infelizmente aconteceu, mas seguimos em frente.

Gol contra o Vasco

- A partir do momento que ela faleceu eu coloquei uma coisa na minha cabeça, que era mostrar como era Vanessa. Foi o gol mais importante da minha vida. Já vinha fazendo um bom campeonato, e acabou que fiz um gol contra o Vasco. Depois enfrentei mais duas vezes e fui bem.

Gol pelo Vasco

- No jogo estava me cobrando bastante, pois perdi contra o Grêmio e o Palmeiras. Esse gol é especial por ter sido o primeiro no Vasco e também no dia dos pais. Antes do jogo, meu pai disse por telefone que tinha certeza que eu faria um gol porque estava carregando o nome dele (risos).

Titular absoluto?

- Não sei se sou titular absoluto, pois tem meus companheiros. Quem estiver melhor vai jogar. Quem estiver bem vai jogar, até porque o elenco não é grande. Vanderlei sabe mexer na hora certa. Quero ser titular, mas depende dele.

Futuro

- Quero poder ser bem sucedido na minha profissão. Até brinco com meu empresário que não quero ser famoso, mas dar uma vida estável para minha família. Penso em brigar bastante e realizar bastante sonhos. Até ontem eu falava que a Seleção era impossível, mas hoje coloquei isso na minha cabeça.

Seu álbum de figurinha

- Estão minha mãe, meu pai, minha irmã, a Vanessa, meu sobrinho, meu cunhado Ricardo, meus avós e meus amigos. Minha família é tudo para mim. Se um dia futuramente eu casar, vou casar dentro de casas, pois não quero sair de perto deles. Levo todo o esforço que eles fizeram e como a primeira coisa da minha vida.

Tatuagens

- Queria ter começado antes, mas minha mão disse que eu só poderia quando completasse 18 anos. Quando fiz, no dia seguinte já fui fazer a primeira. Na época nem recebia e pedi um dinheiro para ir ao cinema, mas era para fazer. Um dia cheguei com o rosto dela e do meu pai nas costas.





Fonte: GloboEsporte.com