Eurico enfrenta pressão maior do que a do rebaixamento no fim de 2015

Quinta-feira, 10/11/2016 - 08:41
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Nem mesmo quando foi rebaixado ano passado no Campeonato Brasileiro o presidente Eurico Miranda sofreu com tantos protestos como agora. Com o Vasco em situação preocupante na Série B, a torcida tem focado sua revolta principalmente no dirigente, que não parece se incomodar.

No empate com o Luverdense na última terça, o cartola novamente solicitou à Polícia Militar que organizadas fossem impedidas de entrar com instrumentos, faixas, bandeiras e materiais em geral, assim como já havia acontecido contra o Avaí.

A carga de ingressos também foi reduzida e somente os sócios foram autorizados a ocupar a social de São Januário, local onde tradicionalmente há manifestações em momentos turbulentos.

O mesmo setor também teve a área ao lado da sala da presidência isolada por conta de andaimes que, de acordo com o clube, estão sendo utilizados para reforçar a pintura da marquise. Foi lá, por exemplo, que Euriquinho, filho de Eurico, se envolveu em uma discussão com policiais após tumulto entre "euriquistas" e opositores.

Antes disso, a diretoria já havia negado um pedido formal da torcida - baseado em pesquisa - ao departamento de marketing para que o preço dos ingressos fosse reduzido. Atualmente, o ticket médio do Vasco é o mais caro da Série B e o quinto do Brasil.

A mescla de fatores se reflete na arquibancada. A média de público do Cruzmaltino em São Januário na Série B é inferior a 5 mil pessoas. Enquanto isso, o time patina na competição e nunca esteve com o acesso tão ameaçado como agora, já que está a apenas dois pontos do quinto colocado.

Nesta quarta-feira, cerca de 40 torcedores estiveram na porta do clube e exigiram uma reunião com o elenco, principalmente com o capitão Rodrigo. Os envolvidos, porém, fizeram questão de frisar que o foco da ida ao estádio não era Eurico Miranda e, sim, saber os motivos que levaram a equipe à drástica queda de rendimento.

Há a expectativa de que eles retornem nesta quinta e, caso não tenham o pedido atendido, prometem ir ao aeroporto na sexta, quando a delegação embarca para Bragança Paulista (SP) onde, no sábado, tem pela frente o decisivo duelo com o Bragantino.

Fonte: UOL