Presidente da FFERJ quer fase final do Estadual com 12 clubes em 2017

Terça-feira, 10/05/2016 - 00:26
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O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, revelou nesta segunda-feira, durante a premiação do Campeonato Carioca, a intenção de mudar o regulamento do estadual para a edição de 2017. A ideia é manter o número de 16 participantes, mas com os grandes começando a disputa apenas em uma fase principal com o total de 12 equipes. Com isso, quatro dos pequenos seriam eliminados em uma fase classificatória, sem enfrentarem Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

A mudança ainda não está confirmada, e depende da aprovação dos clubes, afirma o mandatário da Ferj.

- Isso ainda vai ser discutido. A nossa intenção é que tenhamos um campeonato com uma fase principal com 12 clubes. O campeonato terá o mesmo número de clubes (16), mas uma fase principal com apenas 12. Isso vai ser decidido por eles (clubes), e não por nós. Os 12 entrariam nessa fase principal, evidente que os grandes estariam pela classificação que obtiveram nesse campeonato. Os melhores classificados estarão credenciados a participar somente dessa fase principal - explicou.

Confira outros trechos da entrevista concedida por Rubens Lopes:

Maracanã

- Não se sabe o que vai acontecer, se teremos nova licitação, se a empresa que tinha o direito vai continuar, ser negociado em novas condições... Evidentemente que não temos ainda uma definição, a única coisa que posso dizer a todos é que se permitirem que toda gestão das partidas realizadas no Maracanã possam ficar sob nossa responsabilidade, garanto que o resultado será melhor do que vocês viram.

Como vê a chance de um clube administrar o Maracanã?

- Acho que um clube não tem isoladamente condições de administrar o Maracanã. Dois clubes sozinhos também não tem a mínima condição. O orçamento do clube acho que não permite suportar o ônus que o Maracanã causa. É um complexo extremamente oneroso, a própria empresa que tem capacidade financeira muito grande e lá estava teve dificuldades para isso, tanto que entregou a gestão do estádio. Mas uma gestão compartilhada aí acho que é possível. Acredito mesmo que o Estado, resolvidos os problemas econômicos que temos de crise em todo o país, talvez tenha participação bastante importante e fundamental no funcionamento do Maracanã, assim como sempre aconteceu desde 1950. E esse estádio não pode ser elitista. Futebol não é para excluir ninguém, penso que o ideal é que todos pensem nesse sentido. E qualquer um que venha a ficar com a gestão do Maracanã não se desvie desse propósito.

Federação pode entrar na licitação?

- Isso é muito difícil, a não ser que nós venhamos a ter um parceiro que viabilize isso. Nós não temos a expertise da gestão de todo equipamento, a nossa expertise é da gestão do espetáculo.

Avaliação do Carioca

- Acho que o Campeonato cumpriu tudo aquilo que se esperava. O sucesso é incontestável, essas duas finais foram praticamente uma demonstração clara de tudo isso. O que podemos ressaltar é que esse Carioca aconteceu em meio de várias turbulências, se houve uma série de problemas, alguns tentaram de todas as formas depreciar, se alguns tentaram querer desvalorizar, inclusive alguns dizendo que não iam participar etc. Se todos esses estivessem unidos num mesmo sentido e mesma direção, aí o resultado seria 10 vezes melhor do que foi. É a nossa expectativa (maior sinergia em 2017), para isso que torcemos. Vamos fazer todo esforço para que haja uma união. Para benefício de todos, se o produto for ruim todos perdem. Se houver esse sinergismo, eu garanto que o benefício será indiscutível para todo mundo.

Como termina o Carioca na relação com a dupla Fla-Flu?

- A federação não considera nenhuma dificuldade, vamos dizer assim, nessa interação com seus filiados. Tratamos de forma igual a todos. Agora, evidente que nos entristece quando algum deles procura fazer as coisas por vias travessas, fora das regras. Acho que todos têm direito a voz, a voto, o poder de convencimento faz parte do regime democrático, não pode querer implantar a ditadura da minoria. Mas não vejo nenhuma dificuldade, estamos abertos ao diálogo. Sempre estivemos. Uma das provas disso é que hoje temos aqui o Marcelo Penha que está aí representando o próprio Fluminense.



Fonte: GloboEsporte.com