Remo: Vasco vai buscar novos talentos na favela do Pavão-Pavãozinho

Sábado, 03/01/2015 - 07:34
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A comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, deverá ser a primeira visitada pelo Departamento de Remo do Vasco, como parte do projeto de descoberta de novos talentos para este esporte. O trabalho de divulgação da modalidade junto a jovens de comunidades carentes vai começar neste mês de janeiro, de acordo com o vice-presidente de Esportes Náuticos do clube, Antônio Lopes Campos Lourenço.

— Vamos começar pelo Pavão-Pavãozinho, até pela proximidade em relação à Sede Náutica do Vasco (na Lagoa). Mas queremos também levar esta ideia a municípios próximos, como Duque de Caxias. O Vasco é de origem suburbana e popular, e nossa ideia de buscar talentos entre jovens carentes está de pé — afirmou o dirigente. — Vamos começar este trabalho em janeiro, e temos um atleta jovem do Pavão-Pavãozinho, que já está na nossa base e que será um exemplo para que outros jovens venham.

A ideia é de que membros da comissão técnica do remo vascaíno visitem vilas olímpicas e escolas de comunidades carentes, para fazerem palestras sobre o esporte. Os profisisonais irão levar remoergômetros (aparelhos que simulam o movimento das remadas).

— Vamos levar os remoergômetros para que as crianças que não conhecem o remo possam ter um primeiro contato com ele. A criançada é curiosa, e queremos despertar nelas o gosto pelo nosso esporte — afirmou Campos Lourenço.

Também para 2015, o dirigente espera concretizar a compra de 14 novos barcos de fabricação alemã, considerados os melhores do mundo, avaliados em cerca de 1 milhão de euros (R$ 3,4 milhões) e que levariam cinco meses para chegar ao país. Para efetuar essas compras e para contratar remadores, o clube necessitaria de patroc~inio para o remo. Já no caso da base, agora que o Vasco, depois de ter pago impostos federais, obteve Certidões Negativas de Débito, a esperança é a de que seja aprovado um projeto via lei de incentivo, elaborado pelo técnico Marcelo Neves.

— Sem barcos, é difícil buscar títulos. Os remadores que chegarem ao clube precisam saber que terão barcos tão bons quanto os de seus adversários — comentou Campos Lourenço. — Além disso, queremos reformar o alojamento da nossa Sede Náutica da Lagoa, para que possamos receber 30 pessoas e termos condições de trazer atletas de fora do Rio.

Fonte: O Globo Online