José Aldo vence Chad Mendes e adapta frase usada por Romário quando jogava no Vasco em 2000

Segunda-feira, 27/10/2014 - 01:36
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Quem será o próximo a tentar tirar de José Aldo o cinturão do peso-pena, que ele detém desde a época do WEC, em 2009? O UFC ainda não escolheu o adversário, mas o campeão teve que responder essa pergunta logo depois de derrotar Chad Mendes no Maracanãzinho, no UFC 179, em sua 10ª defesa de cinturão em cinco anos. O nome citado unanimemente pelos repórteres foi o do irlandês Conor McGregor, recentemente chegado ao UFC e que tem dado declarações polêmicas e provocativas sobre o campeão, a quem quer desafiar.

Ainda no octógono, logo após a vitória na madrugada deste domingo, e também depois, na entrevista coletiva, José Aldo usou do deboche para se referir ao falastrão McGregor. E parafraseou Romário, que em 2000, quando jogava no Vasco, ao lado de Edmundo, rebateu críticas do colega dizendo que "a corte está toda feliz, o rei (o então presidente Eurico Miranda), o príncipe (ele mesmo) e o bobo (Edmundo)".

- A categoria (dos penas) tem o rei, o príncipe e, agora, o bobo da corte. Ele anda falando demais - atacou Aldo.

Instigado pelos repórteres a explicar o que quis dizer, Aldo não fugiu da missão:

- O rei sou eu, o príncipe é o Chad (como segundo lutador da categoria) e ele (McGregor) é o bobo. Ele só fala, não pega ninguém duro como a gente, então é isso. É tipo o Chael Sonnen, que perde sempre. Foi isso que falei.

McGregor estava no Rio. Na véspera da luta entre Aldo e Chad, participou de um pergunta-e-resposta com os fãs brasileiros no Maracanãzinho. E disse que arrancaria a cabeça do campeão. Pecado maior, que acabou gerando a ironia de Aldo como devolução, foi ter dito que era o novo rei da cidade.

Dana White, presidente do UFC, garante que nada está decidido sobre a provável luta. Aldo disse que o combate interessaria, sim, por que não? Ainda mais se for bom do ponto de vista financeiro.

- Toda luta interessa para mim. A gente tem que pensar no lado financeiro, faz parte do nosso trabalho. Seja Conor ou quem quer que seja, vou dar sempre o máximo, promover a luta. Eu tenho uma equipe de dez pessoas comigo, eu tenho que pagar treinador, sparring, equipe. Tem muita gente que depende de mim. Se for o Conor, vamos procurar fazer uma grande promoção e uma grande luta - disse.

Fonte: O Globo Online