Candidato a presidente, Tadeu Correia fala sobre suas propostas para o Vasco

Quarta-feira, 09/07/2014 - 07:27
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O programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM, deu prosseguimento na noite desta segunda-feira(07/07) a uma série de entrevistas com os candidatos à presidência do Club de Regatas Vasco da Gama, cuja eleição está marcada para o dia 6 de agosto. O entrevistado foi o coronel Tadeu Correia, ex-vice do Departamento Infanto-Juvenil e integrante da chapa Vasco Passado a Limpo. Coronel Tadeu apresentou propostas para uma possível gestão, caso eleito, e comenta sobre o pedido de adiantamento de verba para a FFERJ, feito por Roberto Dinamite, e diz se seguiria o exemplo. Confira a seguir:

Reestruturação do departamento de marketing

“O marketing do Vasco, quem o montou, o fez dentro de um processo de incongruência. O Vasco já tem um departamento de comunicação e relações públicas, que é embrião do marketing moderno. Temos um departamento de marketing dissociado desta área e o que precisaria? Primeiro, ser revista essa estrutura de relações públicas, mudar esse nome de relações públicas para comunicação e marketing, nossa ideia é primeiro fazer essa mudança, que não está dentro das boas práticas de gestão e trabalhar o marketing associado a uma outra estrutura que deverá ser criada na presidência do clube, uma divisão de escritório de projetos, o marketing vai também atuar dentro dessa estrutura , e a partir daí esse marketing precisa ser fragmentado e atuar dentro de cada vice-presidência. Hoje o marketing atua em cima do carro-chefe, que é o futebol, e é um sistema apaga fogo, não existe um projeto de marketing viabilizado por vice-presidência, nossa grande mudança seria essa, primeiro estrutural, depois filosófica-pedagógica do que se define marketing.”

Revitalização de São Januário

“Tudo começa pelo planejamento estratégico. Precisamos fazer o plano diretor, definirmos os esportes e o que queremos para São Januário e a partir daí darmos um traçado coerente com o clube. O planejamento estratégico tem que ser aprovado pelo conselho e o próximo presidente que entrar, para ele mudar, o conselho terá que aprovar aquela mudança. O mais importante nessa revitalização de São Januário é ela ser feita em cima de um planejamento estratégico com objetivos e metas de cada esporte, e nãono formato mutirão. É impossível você administrar um clube da grandeza do Vasco com uma vice-presidência num canto e outra no outro, tem que ser criado um ambiente em que todos os vice-presidentes estejam no mesmo local do presidente, um escritório de projetos onde um estaria olhando no olho do outro e um ajudando o outro, assim você acabaria com os feudos e comelaria a otimizar a estruturação física de São Januário. Quanto a capacidade do estádio, sem quebrar a estrutura histórica do clube dá para você mudar e num primeiro momento fazer algumas adaptações para depois aumentara capacidade. Podemos transformar essa estrutura a longo prazo, fazer um modelo tipo arena, que traga valores peculiares.”

Recuperação financeira do clube

“São vários fatores, vou começar pelo RH. Este necessita de um plano de cargos e salários, um plano de cargos e salários bem simples dará um diferencial tremendo nas contas do Vasco e o excesso de incoerência de valores salariais é algo assustador. Há salários milionários no Vasco e na Europa seria no máximo de R$ 20 mil a R$ 25 mil, e se olharmos a estrutura do clube, na parte elétrica e hidráulica, a quantidade de vazamentos é assustadora, interditaram a piscina dizendo que o gasto exagerado de água estava causando aumento na conta de água. Deixamos de ganhar dinheiro com as escolinhas, havia quase 400 crianças fazendo natação, entrava por volta de R$ 34 mil no departamento infanto-juvenil e tivemos que parar. No RH, existem 5 pessoas dentro do Vasco, cuja soma de salários dá R$ 75 mil e elas não aparecem há 6 anos para trabalhar, isso bancaria o futebol feminino durante um ano. Há algumas criatividades na área de gestão que poderíamos implementar para, não só enxugar, mas conseguirmos um retorno financeiro melhor para o Vasco.”

Pedido ou não de adiantamento à FFERJ

“Pedir adiantamento é sinal de fracasso na gestão. Precisamos fazer uma avaliação nesse financeiro do Vasco e o grande medo é não encontrar uma estrutura falida e sim um buraco negro e descobrir coisas que venham a chocar a gente. Adiantamento? Em último caso, eu também questiono, o dinheiro pedido agora é do Vasco, ele tem que passar pela FERJ, e precisa o Eurico Miranda pedir para liberar o dinheiro, tenho dificuldades cognitivas de entender isso aí.”

Modelo de gestão e união entre situação e oposição

“Temos que para de agir de forma negativa e encerrar com o modelo de que, terminada a eleição, quem perder se torna oposição e começa a denegrir o outro lado falando mal, isso é destruir o Vasco. Terminadas as eleições, tem que haver união de todo mundo e todos lutarem pelo Vasco, só dessa forma que vamos melhorar o Vasco, é sair da politicagem e praticar uma política saudável. Queremos trabalhando conosco os melhores de todas as chapas, não temos restrição a ninguém, mas não podemos aceitar pessoas que tenham vícios antigos morais, o compromisso é com a moralidade, com a ética, com os valores , probidade e os bons princípios.”

Fonte: Supervasco