Desde que chegou ao Vasco, Douglas só não jogou uma partida; meia deve ser poupado neste sábado

Sexta-feira, 09/05/2014 - 08:29
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Apesar da perda na polêmica final do estadual para o Flamengo, o casamento entre Vasco e Douglas vive tempos felizes. Titular absoluto, condição que não atingia desde 2012 no Corinthians - quando foi titular em 37 de 47 jogos disputados pelo Timão -, o camisa 10 de São Januário só não atuou na estreia do clube na Copa do Brasil, contra o Resende, porque o Cruz-Maltino decidiu levar o time reserva na ocasião. No resto dos seus menos de três meses de Rio de Janeiro, o meia jogou as 18 partidas da equipe - com quatro gols e passes para muitos outros. No empate por 1 a 1 com o Treze, na última quarta-feira, mais uma vez foi de sua canhota que saiu a bola para Douglas Silva abrir o marcador. Se a sequência deixa o técnico Adilson Batista satisfeito, também o deixa ressabiado para administrar o ímpeto do jogador ainda com uma longa temporada pela frente.

Desde que chegou ao Vasco e fez a estreia contra o Flamengo - derrota por 2 a 1 no dia 16 de fevereiro, em que teve um gol não validado pela arbitragem -, o camisa 10 esteve em campo em 1.559 minutos, equivalente a 63% do tempo que Douglas fez em todo seu ano de 2013 pelo Corinthians. Com o técnico Tite, o então corintiano foi titular 26 vezes e ficou no banco em outras 23 oportunidades, somando 2.440 minutos em toda temporada passada.

Em São Januário, onde chegou já pedindo a camisa 10, que era então de Pedro Ken, Douglas fez os primeiros jogos sem ficar fora de nenhum - foi só substituído seis vezes. E tem demonstrado entrega e disposição para atuar quase todos as partidas, o que não era exatamente uma das maiores virtudes do clássico meia-esquerda. Adilson não confirmou, mas pode até mesmo poupar o jogador do confronto contra o Oeste, neste sábado em São Januário, às 16h20 (de Brasília), pela quarta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.

- Temos que ter cuidado nessa sequência grande com qualquer jogador - despistou Adilson.

Ao seu estilo, o treinador ironizou a chance de fazer um rodízio no setor de Douglas, como tem feito com os laterais e também no meio de campo.

- Aqui no Brasil, se improvisamos, mexemos um pouco, estamos inventando. Lá fora, na Europa, é bonito, é estratégico. Mas vamos ver com calma isso. Já fizemos (rodízio) com Diego Renan, com André Rocha, é assim que trabalhamos. Não dá para ser tão radical, porque tem o conjunto, o entrosamento. O Douglas é um jogador inteligente, que está sempre adiantando as jogadas, chamando o jogo, buscando a bola. Às vezes não mantém o mesmo nível, mas porque existe a marcação individual em cima dele. E ele sabe levar para sobrar espaço para outros virem de trás. Assim que o Danilo tem aparecido, e outros também - lembrou o treinador.

Com características semelhantes, para a reserva de Douglas, Adilson tem Dakson, que pouco jogou este ano. Guilherme Biteco, embora seja um jogador mais de lados do campo e mais velocista, também surge como outra opção. O colombiano Montoya, que atua como meia-atacante, vem sendo escalado pelo treinador no ataque e não é visto como um meia para disputar a posição naquele setor. Outra possibilidade é Adilson escalar Fellipe Bastos, Danilo e Fabrício, com este tendo mais liberdade para avançar.

Fonte: GloboEsporte.com