Tadeu Correia detalha situação do Colégio Vasco da Gama e responde críticas

Quinta-feira, 03/04/2014 - 07:27
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TADEU CORREIA DA SILVA, FALA EM DETALHES SOBRE A SITUAÇÃO DO COLÉGIO VASCO DA GAMA

O Vice-presidente do Departamento Infanto-Juvenil, Tadeu Correia concedeu nesta quarta-feira (02/04) uma entrevista exclusiva ao Programa Só Dá Vasco. Na oportunidade, o também diretor do futebol feminino detalhou a atual situação vivida pelo Colégio Vasco da Gama. Correia detalhou as mudanças pelas quais a instituição vem passando e respondeu algumas colocações de um jornal esportivo. Confira a transcrição da entrevista:

BREVE HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DO COLÉGIO VASCO DA GAMA (CVG)

"O Colégio Vasco da Gama (CVG) foi idealizado pela Assistente Social da Divisão de Base do Futebol Amador, Maria da Glória Gomes. Sua fundação foi no início de 2003, através de um convênio com o Colégio Pio Americano de São Cristóvão. Em setembro de 2003 a Srª Gloria deu início ao processo de legalização do Colégio, que foi concluído em 2009 pelo Dr. Luiz Antônio De Almeida e Silva. Em 08 de março de 2004 o CVG firmou uma parceria com o Colégio Faria Brito (CFB). Parceria essa que o CFB pagava a folha de pagamento dos professores, os uniformes, material escolar, etc.

O CVG foi criado com o objetivo de conciliar os horários de estudos dos atletas do Futebol Amador com seus compromissos esportivos. Somente em 2005 que alguns atletas do atletismo começaram a participar do CVG. Em 2012, com a ida dos atletas das Divisões de Base do Futebol Amador para o CT de Itaguaí a frequência no CVG diminuiu.

INÍCIO DAS AÇÕES COMO RESPONSÁVEL PELO COLÉGIO VASCO DA GAMA (CVG):

Assumi o cargo de Vice-Presidente do Departamento de Infanto-Juvenil e Responsabilidade Social em dezembro de 2012 com a finalidade de transformar o Colégio em referência de conciliação entre o esporte e a educação de alto nível, conforme compromisso assumido na reunião do Conselho Deliberativo do Vasco realizada em 28 de dezembro de 2012.

PROBLEMAS ENCONTRADOS E A RESISTÊNCIA EVITANDO A CORREÇÃO DE RUMO DO CVG, POR CONTA DE ALGUMAS PESSOAS:

Em janeiro de 2013, ao iniciarmos uma avaliação diagnóstica sobre as diversas estruturas do CVG logo me deparei com um quadro crítico que se confirmou ao longo do trabalho, dentre eles destacamos: (1) problemas no desenvolvimento administrativo e pedagógico do CVG (falta de grade horária de alunos, de professores e das matérias; (2) não registro das faltas de alunos; e faltas de professores não informadas ao Departamento de Pessoal (DP); (3) favorecimento de alguns professores e administradores; (4) não reposição das aulas perdidas pelos alunos devido as competições, sendo até hoje uma das exigências do Ministério Público; (5) turmas com um ou dois alunos aumentando sem eficácia e eficiência os custos do CVG; (6) o efetivo de alunos era maior que o espaço físico das salas de aula; Dois foram os pontos de maior gravidade encontrados na avaliação do CVG, os quais foram apresentados a quem de direito e até o momento sem solução. Tais problemas, foram os seguintes:

(i) Um tem início no término do mandato da diretoria de 2006-2008, quando a então Direção do CVG solicitou´, de forma irregular, ao DP a contratação de um Instrutor de Educação Física (ele só possuía o segundo grau) e no Colégio não pode ter esse perfil de funcionário. A partir desta contratação a cada ano era informado pela Direção do colégio uma listagem dos professores e sua carga horária, o referido Instrutor de Educação Física passou a receber em 2012 e 2013 o relativo a 24 horas/aulas semanais como professor. Este funcionário que não era formado, teoricamente ministrava 24 horas semanais, e outros dois outros professores de Educação Física que eram habilitados ministravam cada um 12 e 18 horas respectivamente, totalizando 54 horas de aula por semana. Contudo, pelo efetivo do colégio eram necessárias 24 horas semanais no máximo. Esses profissionais desconheciam o código de ética de sua profissão? Eles não sabiam que o pseudo professor não era habilitado?

(ii) Em 2012 e 2013 um dos maiores salários do CVG eram de duas professoras, cuja carga horária extrapolava o bom senso, tanto é verdade que uma das professoras, para fechar seus 36 tempos, precisava de algo impossível, ou seja, ministrar aulas no mesmo dia, na mesma hora, em turmas e salas diferentes.

A resistência ao novo realmente é uma verdade, até o momento estamos sendo impedidos de por em prática as mudanças que se fazem imperiosas no CVG. Principalmente aquelas que elevam positivamente os princípios e os valores éticos de nossa secular instituição.

No inicio de 2013 formatamos o Planejamento Estratégico do Colégio Vasco da Gama. E no continuar das ações estamos lutando para por em prática um projeto que una o treinamento tático dos esportes com as aulas de educação física do CVG. Essa seria, atualmente, a maior justificativa para a continuidade do Colégio: as aulas de educação física complementariam o treinamento tático dos esportes coletivos (Teoria fundamentada em minha tese de doutorado sobre aprendizagem e desenvolvimento neuronal das Altas Habilidades/Superdotação). A ferramenta para o desenvolvimento dos processos cognitivos aplicados à tática esportiva, sustentam-se nas estratégias do jogo de xadrez e dos princípios da fase abstrata de Jean Piaget.

REPORTAGEM DO JORNAL LANCE! E DO LANCE!NET, EIVADA DE VÍCIOS E EXPOSIÇÃO DA IMAGEM ANTE À OPINIÃO PÚBLICA:

Em relação a reportagem do Jornal Lance! e Lance!Net gostaria de lamentar a postura não ética, principalmente do mau jornalismo, ao divulgar uma matéria sem ouvir a outra parte. As respostas contidas acima comprovam que a minha atitude sempre se pautou pelo defesa dos interesses da educação e dos alunos do Colégio Vasco da Gama.

Possuo toda documentação comprobatória para quem quer que se interesse em conhecer a problematização que beira o caos existente no Colégio Vasco da Gama. Pretendo usar de todos os meios para restaurar a minha imagem, contra aqueles que as expuseram, inclusive e principalmente os meios de comunicação citados acima, e os que contribuíram para a massificação da mentira ali propalada.

Informo ainda, que o departamento responsável pela parte de imprensa e divulgação do Vasco, já fez a solicitação de forma oficial para a concessão do constitucional Direito de Resposta aos autores da matéria, que ainda não foi concedido, e como disse acima, não restar-me-á outro caminho, a não ser o ingresso na justiça contra os mesmos".

Fonte: Facebook Só Dá Vasco