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NETVASCO - 28/06/2010 - SEG - 18:12 - Juninho diz que ajudar o Vasco fora de campo 'é uma possibilidade'

Titular na derrota por 1 a 0 para a França, que eliminou o Brasil da Copa de 2006, Juninho Pernambucano saiu de campo cabisbaixo. Caía por terra ali a sua última chance de ser campeão do mundo como jogador. Quatro anos depois, defende o Al-Gharafa, do Catar, e foi convidado pela TV Globo para comentar alguns jogos do Mundial da África do Sul. Em rápida passagem pelo Rio, ele conversou com o Jogo Extra e falou sobre as mudanças na seleção desde a eliminação na Alemanha, comentou o problema de Kaká no púbis e avaliou o trabalho de Dunga.

— Ele era o homem certo para comandar o Brasil naquele momento, mas se perdeu no meio do caminho — comentou o apoiador.

Que mudanças você vê da seleção de 2006, da qual você fez parte, para a atual?

A característica do Dunga é a disciplina. Ele tem um time que corre e joga pelo resultado, mas que não é criativo. Mesmo sem brilhar, o Brasil é time difícil de ser batido. Éramos favoritos em 2006 e tinhamos grandes craques, mas não conseguimos formar um time vencedor.

Depois da eliminação, Dunga entrou para colocar ordem. Era o certo a se fazer?

Naquele momento era. Mas depois o Dunga se fechou muito e acabou se perdendo um pouco. Ele tem dificuldade de comunicação e o estilo é o mesmo de quando era jogador. É um treinador que está começando e tem muitos méritos até agora. Mas fez uma convocação polêmica. Contra Portugal, mostrou ter dificuldades para mudar o time e deixou transparecer que não conta com certos jogadores, já que era preciso fazer substituições e esperou até quase o fim para isso. Ele fechou um grupo e ao mesmo tempo dá a entender que não conta com todos os jogadores.

Depois do Mundial de 2006 você abriu mão da seleção. Se arrependeu?

Não. Eu poderia ter ficado um pouco mais, é lógico, mas foi uma opção. Estava com 31 anos e sabia que para chegar nessa Copa convocado eu teria de fazer um sacrifício muito grande durante quatro anos. Não estava mais disposto a passar por isso. Joguei ainda dois anos em alto nível no Lyon e, depois, o rendimento começou a cair. Sabia que seria difícil e antes que alguém parasse de me convocar, achei melhor dar lugar a outro. Ser campeão do mundo é uma coisa que não consegui, mas isso não me deixa perturbado ou frustrado. Sou feliz com a carreira que tive.

Você já operou o púbis e sentiu as dores que o Kaká sente hoje. Como é jogar com esse incomodo?

Sentia dificuldade para me recuperar, ainda mais quando tinha pouco tempo entre os jogos. Durante a partida eu sentia dores, mas aos poucos passava. Passei um ano e meio assim. Operei, fiquei três meses parado e não me recuperei 100%. Voltei a jogar na raça.

Como você viu a eliminação da França?

A França tinha uma seleção para fazer uma campanha melhor. Não ganhar nenhum jogo, fazer greve... faltou comportamento e disciplina. Foi decepcionante o comportamento dos jogadores. Perder faz parte. Mas do jeito que foi marca.

Acha que o país já esperava por isso após a classificação conturbada?

De jeito nenhum. Envolveu política. Foi uma surpresa terrível. O futebol francês, e o europeu de uma forma geral, hoje está em choque. Acompanhando a imprensa francesa você vê que o Henry foi chamado pelo presidente para conversar. Foi muito grave, uma coisa que nunca tinhamos visto no futebol. Só os jogadores que participaram podem explicar. Foi triste.

Pensa em virar comentarista no futuro?

Estou gostando muito. Mas é apenas a minha primeira experiência na área. Ainda não tenho a confiança que tenho em campo, mas gosto de ver os jogos e analisar. Penso em começar uma nova vida no futebol quando pendurar as chuteiras e o ideal seria algo nessa linha, até para continuar sempre aprendendo. Você fica ligado no jogo e ainda pode dar sua opinião. Aprecio muito isso. Mas também penso em outra coisas, como técnico ou dirigente.

Se não for trabalhar na televisão, pensa em ajudar o Vasco fora de campo?

Sempre quis voltar ao clube como jogador, mas hoje não me sinto em condições de assumir esse compromisso. Mas fora do campo é uma possibilidade.

Fonte: Blog Jogo Extra - Extra

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