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NETVASCO - 12/05/2010 - QUA - 01:03 - Mandarino fala sobre árbitro e súmula de Vasco x Vitória

O vice-presidente de futebol do Vasco, José Hamilton Mandarino, falou durante o programa "Só Dá Vasco" desta 3ª-feira (11/05/2010) sobre a arbitragem de Evandro Rogério Roman no jogo Vasco 3 x 1 Vitória, que determinou a desclassificação do Vasco da Copa do Brasil 2010, e a súmula da partida, em que o árbitro relatou ter sido xingado pelo diretor executivo Rodrigo Caetano e ameaçado enquanto se encontrava no vestiário:

"O que aconteceu na quarta-feira passada foi, infelizmente, mais um absurdo que afetou os interesses do nosso clube e da nossa equipe. O Evandro Roman já tem um histórico muito negativo, com relação ao Vasco, e uma trajetória, no futebol brasileiro, pontuada por uma série de controvérsias. Nós devemos nos lembrar que, no segundo turno do Campeonato Brasileiro da Série B, na partida contra o Atlético Goianiense, em Goiânia, a arbitragem foi do Roman. E foi um desastre. Foi exatamente aquela partida em que o Carlos Alberto perde um pênalti, mas depois de uma catimba, de um comportamento horroroso do goleiro, em que o goleiro se recusava inclusive a ir para o gol, foi ao banco de reservas e voltou. Só ali, para a cobrança do pênalti, se perdeu cinco, sete, oito minutos. E, no final, não houve absolutamente prorrogação. Ele inverteu e cometeu uma série de barbaridades durante o jogo. E tudo bem. Agora, o que eu tenho sempre colocado é o seguinte. Não queremos absolutamente privilégios. Nós queremos apenas que os jogos sejam arbitrados com isenção, com competência. É esse o discurso que eu sempre tenho colocado. Nós não reclamamos privilégios. Nós reclamamos, sim, e exigimos, isenção. Infelizmente, isenção foi o que menos teve na quarta-feira passada."

"O dano que um clube passa numa situação como essa é contundente e irreparável. Agora, o que nos cabe fazer? Sair xingando, reclamando? Talvez. Mas acontece o seguinte. O que nós sempre temos insistido em fazer é, perante aqueles que são responsáveis pelas respectivas comissões de árbitro, colocar essas questões, a necessidade de se buscar, no futebol brasileiro, uma capacitação ou uma competência maior, que exatamente não foi demonstrado, infelizmente, por esse juiz. E era de se supor que não demonstrasse, porque ele é contumaz, habitual em cometer um sem número de erros, de equívocos. O que nós procuramos, mais uma vez, dessa feita, foi agir com respeito, razão, ênfase, dizendo exatamente sobre esse pesadelo, problema que se abateu sobre o clube. A equipe jogou mal em Salvador? Sem dúvida que jogou. Se a equipe tivesse jogado em Salvador com metade do aguerrimento que jogou em São Januário, o resultado certamente teria sido outro. Infelizmente, nós tivemos uma jornada, ali, negativa. Mas isso não importa. O que importa é que todos, na disputa de uma partida de futebol, sejamos, ambas as equipes, arbitradas dentro das mesmas regras, dos mesmos princípios. Não se pode cometer enganos de tamanha falta de isenção, como o que aconteceu na quarta-feira. Infelizmente. essa é a verdade óbvia, a verdade nua e crua. Com isso, deixamos de disputar a semifinal, uma semifinal em que iríamos competir exatamente contra o Atlético Goianiense, numa situação com amplas chances de passarmos à final da Copa do Brasil. Nós tivemos desencadeados inúmeros prejuízos, e cumulativamente somamos prejuízos. O que nos restou? Nos restou apenas o protesto, a ênfase, no que diz respeito à necessidade de que esses fatos não se repitam com tanta frequência e de tamanho absurdo, como se passou. O engano, o erro interpretativo da jogada duvidosa, isso, quando você tem os recursos da tecnologia, da televisão, é muito simples, fora de campo, você chegar a uma conclusão. Mas o que se passou na quarta-feira não estava submetido propriamente a nenhuma situação desse gênero. Foram situações muito claras, muito nítidas. Não houve absolutamente nenhum tipo de dúvidas com relação á falta cometida pelo goleiro Viáfara. Dentro de uma absoluta isenção, o juiz ali deveria tê-lo expulso. Foi uma situação muito clara, muito nítida para que tamanho erro tivesse sido cometido. Essa foi, infelizmente, a situação. Nós temos, desafortunadamente, somado uma série de situações negativas nesse aspecto. É realmente frustrante, angustiante que nós tenhamos a equipe e o clube sucessivas vezes prejudicado. Agora, vamos continuar no nosso périplo, na nossa insistência, no sentido de que todos esses processos sejam, no Brasil, aperfeiçoados, que se busque dar aos árbitros uma condição e uma capacitação maior, um nível de competência maior, meios de treinamento, de reciclagem, de modo a que possamos ter uma qualidade de arbitragem que não influencie tão decisivamente no resultado das partidas."

"Deixa eu colocar uma questão sobre isso. O árbitro jamais poderia afirmar que sofreu pressão antes ou durante o jogo. Jamais. O que ele passou no momento seguinte, e que foi absolutamente controlado pelo policiamento, por aqueles responsáveis pela segurança no clube, foi um protesto, uma reclamação. Talvez uma reclamação mais contundente, menos polida, menos educada. Agora, há de se convir um aspecto. A linha entre o dirigente e o torcedor é muito tênue. Às vezes, a gente não consegue se comportar meramente como dirigente, afinal de contas, temos as paixões dos torcedores comuns, de todos os torcedores. O que ele ouviu ali, ouviu um palavrão, um palavrão de protesto, com relação a um verdadeiro absurdo que ele acabara de cometer. Será que esse é um pecado tão mortal? Foi só isso. Ali, ele não sofreu pressão e nem coação nenhuma. Naturalmente, dentro de um sistema que se passa em qualquer lugar do mundo, há sempre ali os protestos da torcida, os xingamentos ou coisa que o valha. Me parece que também essa parte aconteceu. Providências foram tomadas, de modo que fosse assegurada toda a proteção ali, que ele, como profissional e árbitro, merecia. E assim foi feito. Infelizmente, no resultado, no balanço desse episódio do jogo de quarta-feira passada, o prejuízo maior, não tem dúvidas que foi nosso, não foi dele. Um xingamento, nessas circunstâncias, esse é um pecado venial, não é pecado mortal nenhum."

"Falando com toda isenção, o que aconteceu é que o resultado do trabalho dele foi desastroso. Ele influenciou decisivamente para que o resultado da partida fosse esse. Ele tem de assegurar que as regras do futebol sejam aplicadas. Ele não pode, sim, é distorcer o curso da competição, que foi exatamente o que ele cometeu. Independentemente de qualquer aspecto, eu não quero absolutamente adjetivar, qualificar as razões pelas quais ele cometeu esses erros. Eu quero me ater ao fato de que cometeu, e que esses erros foram decisivos para que o resultado da partida viesse a ser desfavorável ao clube, ao Vasco. Essa é a verdade. Não existe uma segunda verdade. Essa é a verdade."

Fonte: NETVASCO (transcrição)

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