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NETVASCO - 29/04/2010 - QUI - 04:13 - Grupo de oposição Cruzada Vascaína divulga nota sobre balanço

Nota divulgada pelo grupo de oposição Cruzada Vascaína:

Cruzada Vascaína divulga sua analise sobre o balanço apresentado pelo clube

Dando mais uma vez, um exemplo de como se fazer oposição preocupado com o Vasco acima de tudo, a Cruzada Vascaina criou uma comissão para estudar os problemas financeiros do CRVG e preparar soluções. Essa comissão, coordenada pelos economistas João Marcos Amorim e Vitor Santos, teve essa semana como sua principal tarefa, realizar uma analise minuciosa do balanço divulgado pelo Vasco referente ao ano de 2009. Segue abaixo o resultado desse trabalho:

“A atual administração divulgou seu Relatório Anual do exercício de 2009, como retrato dos resultados do plano de recuperação de receitas e redução de despesas iniciado desde 2008. Resolvemos debruçar um olhar mais atento aos números das demonstrações financeiras de 2008 e 2009, com base em uma análise rigorosamente técnica, para avaliar, em mais detalhes, esses resultados e as perspectivas que se desenham.

A seguir, resumimos nossas observações, destacando os itens de RECEITAS, DESPESAS e ENDIVIDAMENTO:

RECEITAS – Houve um crescimento expressivo nas receitas totais (63%), destacando-se os já conhecidos recursos na sua ordem de valor financeiro começando pelo item que mais teve representatividade no aumento: vendas de direitos federativos de atletas formados nas divisões de base do clube (Alex Teixeira e Alan Kardec), patrocínio da empresa Eletrobrás, novo contrato de material esportivo (Penalty), reativação de programa de sócios e crescimento na arrecadação em bilheteria de jogos.




DESPESAS – Apesar de apresentado no Relatório da Administração como tendo um crescimento modesto nas despesas (7%), houve sim um aumento significativo (49%) em relação a 2008. Essa variação é obtida quando excluímos, além das contas de ajuste consideradas no cálculo do Relatório, a conta de encargos tributários cujo saldo em 2008 provoca distorção na análise.




As despesas com futebol profissional cresceram 81% (R$26 milhões) ainda que o clube tenha disputado o campeonato nacional da segunda divisão, o que em tese demandaria menores recursos na comparação com o ano 2008, quando o clube disputou a primeira divisão.

Cabe apontar que o orçamento das despesas com o futebol para 2010, ano em que o clube voltará a disputar a primeira divisão, é inferior em R$1,3 milhão ao do realizado em 2009.

As despesas departamentais cresceram 20%, o que significa um acréscimo de R$ 1,8 milhão mesmo após a reestruturação administrativa e a diminuição do quadro de funcionários ocorrida no ano de 2008. Dos oito departamentos, apenas um, o Departamento Social, teve redução no total do ano. Destaca-se ainda o Departamento de Finanças com aumento de 58% em suas despesas.

O item despesas financeiras sofreu um aumento de 69% em função dos encargos com as crescentes dívidas que destacaremos a seguir.

ENDIVIDAMENTO – Para analisar o comportamento do quadro de dívidas do clube em 2009, são apresentados a seguir os saldos em 31/12/2009 e 31/12/2008 e as variações ocorridas em seus componentes:




À primeira vista, de acordo com o quadro acima, houve uma pequena variação – para cima – de R$ 2,8 milhões no total da dívida.

No entanto, ao analisarmos detalhadamente a movimentação ocorrida (quadro a seguir), verificamos que houve um acréscimo de R$ 48 milhões nas contas de Credores Diversos, Tributos e Empréstimos.

As reduções no endividamento totalizaram R$ 45,3 milhões. Mas apenas R$ 16,5 milhões são efetivamente amortizações. Os demais valores são resultados de reversões em provisões para contingências (R$12 milhões), não reconhecimentos de dívidas (R$14,8 milhões) que poderão ser judicialmente comprovadas no futuro e baixa de mútuo com o Clube dos Treze (R$2 milhões). Destacamos ainda o valor representativo de R$ 8 milhões classificado como “Outros”, alocados no saldo da conta de credores diversos. Consideramos o valor alto para não termos uma abertura de quais são os credores.

Valores em R$ 1.000




Destacamos ainda, o aumento na dívida relacionada a encargos sociais e tributos federais no valor de R$ 12,5 milhões, passando para o total acumulado de R$19,3 milhões. Isso, inevitavelmente, acarretará mais dificuldade para obtenção de certidões negativas de débitos para o ingresso dos recursos da Eletrobrás no caixa do clube e inviabilizará a obtenção de eventuais projetos esportivos do clube incentivados por lei.

Ainda na abordagem das dívidas, estranhamos o fato de que não houve acréscimo do Item “Provisão para Contingências”, mesmo com as conhecidas dispensas de funcionários sem o pagamento das indenizações cabíveis que aumentaram o número de ações judiciais trabalhistas contra o nosso clube.

CONCLUSÕES – Não podemos compartilhar do otimismo demonstrado pelo presidente Carlos Roberto Dinamite de Oliveira na carta de apresentação dos resultados do Club e no Relatório Anual.

O parecer dos auditores independentes foi apresentado com ressalvas ao balanço. A se destacar a falta de contabilização de depreciação sobre reserva de reavaliação, o que reduziria ainda mais o Patrimônio Líquido do Clube, e a falta de metódos adequados para controle de inventário, podendo assim a conta de estoque no ativo circulante estar com valor incorreto.

Concluímos que realmente houve crescimento considerável da receita no ano de 2009, porém houve também acréscimo nas despesas o que não possibilitou um resultado econômico positivo no exercício.

O que torna o quadro apresentado mais preocupante é que os eventos subseqüentes em 2010 não demonstram redução significativa das despesas, não apontam para um aumento das receitas, indicam grandes riscos com rompimentos de contratos comerciais vigentes e sinalizam, conseqüentemente, para um viés de crescimento do endividamento.

Se formos avaliar o resultado financeiro, a situação é ainda mais crítica, tendo em vista que os recursos da Eletrobrás encontram-se retidos até a presente data a espera das CNDs.

Por fim, gostaríamos de destacar que nossa análise das demonstrações financeiras de 31/12/2009 e do Relatório anual da Administração foi limitada pela falta de tempo hábil e de acesso à documentação detalhada, uma vez que esta foi encaminhada às mãos dos conselheiros em 20 de abril de 2010. Tal fato já havia ocorrido quando da divulgação do orçamento. Mais uma vez, sugerimos que o clube se organize dando condições adequadas aos poderes do clube e sócios para analisar informações dessa importância.

Saudações Vascaínas,

Comissão de Estudos Financeiros sobre o CRVG - Cruzada Vascaína”


Fonte: Cruzada Vascaína

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