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NETVASCO - 11/04/2010 - DOM - 04:02 - Gaúcho: 'Estou preparado para cumprir o meu destino'

Flamengo e Vasco decidem hoje, às 16h, no Maracanã, qual time vai para a final da Taça Rio. Quis a vida que fosse o rubro-negro o rival de um jogo crucial para Gaúcho, técnico interino do Vasco. O clube da Gávea cruza o seu caminho desde que o treinador veio ao mundo, no dia 3 de março de 1953, data exata do nascimento de Zico. Seu destino no Vasco também foi traçado na maternidade, onde recebeu o nome de Carlos Roberto, o mesmo de outro camisa 10 lendário: Carlos Roberto Dinamite.

Hoje, em sua primeira “decisão”, além de levar o time à final e garantir o emprego, Gaúcho tem que provar que sua carreira não é feita apenas de meras coincidências.

— Estou preparado para cumprir o meu destino...

Gaúcho e Dinamite têm mais em comum do que os cabelos brancos que substituíram as vastas cabeleiras dos anos 70, quando jogavam no Vasco. No início, nas categorias de base, o técnico Célio de Souza causava confusão quando chamava por Carlos Roberto. Decidiu apelidar de Gaúcho o jovem nascido em Porto Alegre. O outro Carlos Roberto iria para o profissional em breve — o jornalista Aparício Pires, do “Jornal dos Sports”, já previa que ele iria explodir na carreira e o rebatizou de Dinamite.

O resto é história.

— Acho que fui o primeiro a ser conhecido como Gaúcho no futebol do Rio, lá pelo início de 1970. Era uma época maravilhosa, romântica, com muitos craques e times incríveis — lembrou Gaúcho.

Luxo é ar-condicionado

Roberto virou ídolo durante a década de ouro. Foi para o Barcelona, voltou e Gaúcho também ganhou o mundo como treinador na Arábia Saudita e Argélia. Mas nunca perdeu o jeito simples de ver a vida e se relacionar com as pessoas. No exterior, ganhou dinheiro para investir em imóveis na Ilha do Governador e na Tijuca. Luxo, para Gaúcho, é ter ar-condicionado no carro que “dá para o gasto”, um Palio 2010, contraste gritante ao lado de jipes e carrões importados dos jogadores no estacionamento de São Januário.

— Sou livre, largado. Não ostento e levo uma vida simples.

Moro no Jardim Guanabara, na Ilha, e sou feliz assim, indo comprar pão na padaria.

A curta distância que separa a casa do técnico do pãozinho quente leva cada vez mais tempo para ser percorrida. A cada vitória — e já são três em três jogos — Gaúcho é abordado por mais e mais torcedores, admiradores e adversários provocadores.

Leva tudo na esportiva.

— A cada jogo, o caminho parece mais longo. Perdi a privacidade e estou mais exposto.

A sensação de dirigir o Vasco pode ser comparada a eu estar dentro de um canhão.

Recorde de tatuagens Gaúcho sabe que o pavio é curto e está aceso. Um fracasso hoje poderá arremessálo para longe de São Januário com a mesma rapidez com que ele surgiu no cenário do futebol carioca como técnico.

— Estou fazendo tudo direito, com cuidado e com o pé no chão. Mas técnico tem que mostrar resultado. Só quem ganha sobrevive — declarou.

O trabalho é incontestável.

Chegar à final seria mais do que ele poderia esperar, mas é o objetivo da diretoria. Se for campeão, as chances de ser efetivado aumentam, mas nada está garantido. Uma tacada no escuro é tudo que Gaúcho tem.

A luz vem das orações, do apoio de torcedores e do presidente Dinamite, empolgado com o empenho do treinador em honrar as tradições de São Januário. O Vasco sempre foi prioridade na família de Gaúcho, cujo sogro foi grande benemérito do clube. Dinamite também leva o Vasco no coração. E, desde ontem, na pele.

Ele foi o 802oa tatuar a Cruz de Cristo, na campanha que levou o clube a bater o recorde mundial e entrar para o livro dos recordes. O time poderá jogar hoje com a terceira camisa.

Ao final do jogo, Gaúcho poderá receber um telefonema de consolação ou parabéns pela classificação. Do outro lado do telefone estaria Zico, amigo ligado pela profissão desde o nascimento.

A vitória seria o desfecho perfeito para Carlos Roberto.

Seja Gaúcho ou Dinamite.

Fonte: O Globo

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