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NETVASCO - 31/03/2010 - QUA - 11:41 - Eurico, sobre SBT: 'Se tivesse que me arrepender de algo, seria daquilo'

No dia 24 de março, contra o Americano, o Vasco fez uma partida na qual atingiu duas marcas curiosas. Na ocasião da derrota, o Gigante da Colina entrou em campo pela primeira vez sem a cor preta em seu uniforme e, pela primeira vez em muitos anos, sem um jogador sequer formado nas categorias de base do clube.

Apesar de os detalhes terem passado despercebidos pelos vascaínos mais jovens, torcedores mais tradicionais torceram o nariz para o ocorrido. E um deles foi o ex-presidente e atual presidente do conselho de beneméritos, Eurico Miranda. Para ele, a ausência de jogadores formados no clube acaba com a identificação dos atletas com a torcida.

"O que a gente vê é um time que não tem alma. Em todos os grandes times que formei no Vasco, e me orgulho muito deles, nós tivemos algum jogador com identificação forte com o clube. Nós tivemos o Pedrinho, o Felipe, o Romário, o Edmundo, o Juninho. Não havia sequer um jogador formado nas divisões de base do Vasco ali. Eles fizeram questão de vender os dois que tínhamos, que eram o Alex Teixeira e o Alan Kardec. A torcida precisa de jogadores formados para gerar algum tipo de identificação", criticou.

Cobrança e 'oposição'

Por mais que a oposição de Eurico Miranda não se considere oposição, ele acredita ainda ser tratado como tal pela atual diretoria. "Os beneméritos não estão lá para se opor à gestão de Dinamite, estão lá como mediadores e eu sou simplesmente a voz deles. Somos fiscais do que acontece, só isso", como ele mesmo define. No entanto, a troca de farpas entre o ex-presidente e a diretoria não para. Aliás, nunca parou.

No episódio mais recente, Eurico foi cobrado a devolver R$ 135 mil ao Vasco. Segundo a denúncia, ele teria usado dinheiro do clube para fins pessoais. A cobrança chegou a ser noticiada publicamente no site oficial da instituição. Eurico deu a sua versão sobre o fato.

"Digamos que você analise as contas do clube e chegue à conclusão de que alguns números não batem, qual é a primeira coisa que você faz? Você pede justificativas para aquilo, você procura quem era o responsável pelas contas e pergunta o que houve. Eles não fizeram isso, simplesmente disseram que os valores foram usados para fins pessoais meus e ainda colocaram isso no site oficial. Se me perguntassem, explicaria tudo aquilo calmamente. São pagamentos do clube, contas aprovadas pelo conselho de beneméritos. No fim, eu não vou pagar isso. Foi só um ataque contra a minha pessoa", explicou o dirigente. Para Eurico, esse tipo de ataque mostra que a diretoria teme uma tentativa de retorno dele, algo que o ex-presidente descarta completamente.

(Nota da NETVASCO: O documento a que Eurico se refere foi publicado pelo Blog Primeira Mão, do GloboEsporte.com, e não pelo site oficial do clube.)

"Eles têm medo disso, não tenha dúvida. Mas eu não ocuparia cargo nenhum no Vasco. Não concorreria à presidência, nem ocuparia qualquer cargo executivo se alguma oposição vencesse. Estou em outra agora", garante.

No entanto, se estivesse no poder, Eurico Miranda seria o primeiro a desfazer o processo de profissionalização iniciado pela nova diretoria. Adepto do modelo mais tradicional de administração, ele citou exemplos de clubes que não vingaram quando tentaram se tornar empresas, como Bahia e Vitória, e defendeu a ideia dos dirigentes amadores.

"A suposta direção 'amadora' ainda é a mais eficiente. Um clube sem tradição pode se tornar uma empresa, como o Grêmio Barueri. O que aconteceu com eles? Eles não tiveram sucesso numa cidade e simplesmente foram para outra, viraram Grêmio Presidente Prudente. É normal numa empresa, mas grandes clubes não funcionam assim. Quem está de fora e não conhece a administração, como funciona, não sabe disso e dá pitacos na televisão", disse o dirigente, alfinetando seus críticos.

"Administração profissional é algo muito relativo. Administrar bem um clube é dar todo o suporte necessário para o time. Por exemplo, o Vasco teve que treinar em outro campo recentemente e descobriram que lá não tinha chuveiro, os jogadores tiveram que voltar para São Januário só para tomar banho. Isso é só um pequeno exemplo, mas administração é cuidar de todos esses detalhes, isso sim é profissionalismo. É dar todo o suporte necessário, saber que se usa um produto especial para lavar os uniformes, é ter uniformes de viagens e para todas as ocasiões para os jogadores. Esses são só dois exemplos, mas há dezenas de outros aspectos que eu poderia listar. Saber cuidar disso é ser profissional, coisa que eles não são", garante.

SBT

Convicto de suas idéias contrárias à terceirização do futebol nos clubes e à formação de clubes-empresa, é difícil encontrar na trajetória de Eurico Miranda alguma atitude da qual ele se arrependa. Por mais que tenha sido criticado por alguns de seus atos e opiniões, o ex-presidente diz que não se arrepende de nada, mas admite que poderia ter pensando melhor sobre a provocação feita contra a Rede Globo na final do Campeonato Brasileiro de 2000.

Na ocasião, o Vasco entrou em campo com o logotipo do SBT, maior rival da emissora, nas costas. Apesar de a lei vetar o patrocínio de empresas de comunicação a times de futebol, Eurico usou outra alegação para a atitude que driblou qualquer problema jurídico. Ele disse ter se tratado de uma homenagem e que o Vasco não tinha recebido nem um centavo da emissora de Sílvio Santos. A atitude pegou até o SBT de surpresa, já que realmente não houve qualquer negociação para a estampa do logotipo.

"Se tivesse que me arrepender de algo, seria daquilo. Entrei numa briga de Davi contra Golias. Estampando aquele logotipo nas costas, conseguimos acertar o gigante no olho, não tinha como evitar, estava lá estampado. Mas isso canalizou muita coisa contra o Vasco. A campanha contra o clube e contra a minha própria pessoa cresceu muito desde então. A minha vida foi devassada, a de conhecidos meus também, pessoas que não precisavam ter sido expostas da maneira que foram. No final, não provaram nada. Mas eu tomei a atitude certa", refletiu.

Fonte: SRZD

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