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NETVASCO - 31/03/2010 - QUA - 10:29 - Dodô diz que sentiu a falta de sequência de jogos

Antes de articular a fala, uma criança já é capaz de repetir sílabas que remetem ao melhor futebol de todos os tempos. Aos 35 anos, Dodô não viveu essa fase, mas carrega no nome e na capacidade de brincar com a bola uma tradição que vem de Didi e Pelé. Num mercado que acrescentou sobrenome e impessoalidade aos jogadores, Dodô é Ricardo Lucas, um profissional frio que transita por clubes rivais com a mesma naturalidade que enfrenta os altos e baixos da carreira. Depois de três jogos no banco, o atacante volta ao time do Vasco hoje, às 21h50m, em São Januário, contra o ASA de Arapiraca, pela Copa do Brasil, sem o romantismo que o apelido sugere.

— Futebol é assim mesmo. Quando você está bem, não pode se empolgar. Quando está mal, não pode se entregar de vez — disse o atacante, escalado no treino de ontem no lugar de Carlos Alberto, que deve ser poupado.

Depois de afastar o risco da eliminação prematura no Estadual com a vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense, o Vasco precisa do empate sem gols para avançar às oitavas-de-final da competição que tem os gols marcados fora de casa como critério de desempate. Como houve empate em 1 a 1, em Maceió, a repetição do placar leva a decisão para os pênaltis.

Embora os horizontes começem a se abrir em São Januário, Dodô sabe que no futebol o tempo muda muito rápido. Por isso, diz que continua fazendo tudo como sempre, treinando e se dedicando para ajudar o time que defende. O discurso tem a mesma frieza com que celebrou o gol no clássico e o fim do jejum de cinco jogos sem marcar.

— Sempre fiz assim, de ir agradecer a quem deu o passe — disse, sobre o tímido abraço que deu em Carlos Alberto.

Embora se esforce para manter um comportamento, que não desperta maiores paixões nem polêmicas, Dodô sabe não é sempre o mesmo.

Além dos dois pênaltis diante do Flamengo, perdeu a posição de titular e a confiança para fazer os gols de sempre.

Ao contrário da facilidade e da rara beleza em suas finalizações, foi com um chute mascado que ele transferiu seu problema para debaixo da perna do goleiro tricolor.

— Por mais experiente que seja, o jogador sente. A gente vive de sequência de jogos, isso é ainda mais complicado com os atacantes — disse, já vislumbrando a chance de recuperação numa eventual semifinal da Taça Rio contra o mesmo Flamengo que lhe impôs o sofrimento e o exílio.

Antes da redenção, o atacante se mantém alerta numa competição em que o favoritismo do Vasco já bateu asas dentro de São Januário, em eliminações diante do CSA-AL, do XV de Campo Bom-RS e do Baraúnas-RN. Depois de eliminar o Palmeiras em 2002, o ASA tenta agora repetir o histórico de seu técnico, Vica, ex-zagueiro e capitão de um Fluminense que jamais sofreu gols de Romário contra o Vasco.

— Vai ser difícil.. Temos que estar atentos para que nada diferente da classificação do Vasco aconteça.

As surpresas no futebol são encaradas como naturalidade por Dodô, que ainda persegue seu primeiro gol em São Januário com a camisa cruzmaltina.

A forma física ele diz já ter reecontrado depois do ano e meio de inatividade, que evita usar como desculpa. Fora do time, aproveitou para treinar mais. O dircurso já está ensaidado há tempos pela frieza do profissionalismo que faz seu apelido soar fora do tom para crianças que aprenderam a falar e a jogar bola repetindo Pelé e Didi. Crescidas, descobriram que a inocência no futebol é fugaz como ou um apelido de duas sílabas ou mais um belo gol de Dodô.

Fonte: O Globo

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