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NETVASCO - 09/03/2010 - TER - 13:38 - Jogando na Venezuela, Paulo Miranda lembra com carinho do Vasco

Para a maior parte dos brasileiros, a Venezuela é um país que ainda engatinha no futebol e que tem jogadores baixo nível técnico. Mas para Paulo Miranda, é uma oportunidade de viver com tranquilidade e, ao mesmo tempo, preparar terreno para depois da aposentadoria. Aos 36 anos, o volante que começou no Paraná e passou por Atlético-PR, Vasco e Cruzeiro, entre outros, defende o Deportivo Anzoátegui, da cidade de Puerto La Cruz, onde em pouco tempo passou a gozar de muito prestígio.

Depois de defender por clubes de menor expressão nos últimos anos, como o Santa Helena, de Goiás, Paulo Miranda disse ter recebido propostas de Olaria e América para disputar o Campeonato Carioca. Mas em vez de retornar à cidade que considera sua segunda casa na incerteza de receber salários em dia, optou por investir num país que começa a despertar para o futebol. E, neste caso, investimento não é força de expressão.

Convidado por um empresário, Paulo Miranda chegou ao Deportivo Anzoátegui acompanhado dos também brasileiros Renan e André, ambos oriundos do futebol do Paraná. Em pouco tempo, notou que a qualidade dos jogadores locais vem evoluindo, e percebeu nesse fato uma boa oportunidade para dar prosseguimento à carreira profissional depois que pendurar as chuteiras.

- Ainda não planejei quando será minha aposentadoria, mas pretendo ser empresário depois que parar de jogar. O futebol da Venezuela está crescendo, há bons jogadores mas falta um agente para levá-los ao Brasil e a outros países. Meu técnico atual, Daniel Farias, é irmão do César Farias, treinador da seleção da Venezuela. Esse contato tem sido importante - explicou.

Antes de assinar com o Deportivo Anzoátegui, Paulo Miranda se preocupou em saber como está o pagamento dos salários no clube. Há dois meses no país, ele garante não ter havido qualquer problema em relação a isso, o que dá a ele a tranquilidade de que precisa nos últimos momentos da carreira.

Um dos objetivos de Paulo Miranda é curtir ao máximo o tempo de lazer. Como sua equipe atua apenas uma vez por semana, ele tem a oportunidade de, ao lado da mulher Roberta, conhecer as praias da região de Puerto La Cruz. A maior dificuldade foi se acostumar ao horário de treinamentos.

- Por causa do calor, os treinos são às 7 horas da manhã. Foi complicado no início, mas agora estou adaptado - disse.

Paulo Miranda também usa a passagem pela Venezuela para se aprofundar no espanhol, algo que considera fundamental para quando seguir a carreira de empresário. Ele garante que vem aprendendo rapidamente, embora não tenha aulas particulares.

- Vou aprendendo no dia a dia, mas quero falar certo. Por isso, comprei um dicionário para aprender a conjugar os verbos corretamente. Não quero falar “nós vai”, por exemplo. Minha passagem pelo Bordeaux me deu bom conhecimento do francês, e isso será importante no futuro.

Agora meia armador, Paulo Miranda diz que Vasco é o time do coração

Mas enquanto não chega o momento de trabalhar fora dos gramados, Paulo Miranda se concentra ao máximo no que precisa fazer dentro de campo. Volante de origem, ele atualmente é meia armador do Deportivo Anzoátegui, mas sua função vai além disso. Ele é o encarregado de transmitir sua experiência aos mais jovens.

- O treinador me pede que eu converse com os jogadores. Aqui, por exemplo, ainda falta tempo de bola aos zagueiros - observou.

Com contrato até maio, Paulo Miranda afirma ter sido sondado para defender alguns clubes no Campeonato Brasileiro. No entanto, confia na classificação do Deportivo Anzoátegui à Libertadores de 2011 para seguir na Venezuela. Atualmente a equipe ocupa o 12º lugar no Campeonato Nacional, a oito pontos do líder Caracas (com um jogo a menos).

Enquanto isso, o futebol brasileiro serve apenas para ser acompanhado como torcedor. Paulo Miranda se diz arrepiado quando lembra a emoção na arquibancada do Maracanã ao ver o Vasco conquistar o título da Série B com a vitória por 2 a 1 sobre o América-RN. O clube de São Januário é a grande paixão do jogador.

- É o meu time de coração. Se um dia tivesse um jogo de despedida, gostaria que fosse com a camisa do Vasco. Minha frustração foi ter sido três vezes vice numa época em que o Flamengo só conquistava estaduais e nós vencíamos os títulos mais importantes. Mas não tem preço a alegria que senti ao ser campeão do Torneio Rio-São Paulo, do Campeonato Brasileiro e, principalmente da Copa Mercosul com aquela virada sobre o Palmeiras. Em São Januário, vivi a melhor fase da minha carreira - recordou.

Fonte: GloboEsporte.com

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