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NETVASCO - 15/12/2009 - TER - 17:25 - Confira bastidores da atuação de Carlos Leite no Vasco

Se engana quem pensa que São Paulo, Vasco, Corinthians e Flamengo não têm seus jogadores presos a parceiros. Mas nada de Traffic, Sonda ou empresas do gênero: os sócios não são pessoas jurídicas, mas sim físicas, como Juan Figer, Carlos Leite e Eduardo Uram.

A grande penetração de empresários funcionando como parceiros dos clubes grandes brasileiros é um dos pontos abordados pelo Terra nesta série de reportagens publicadas entre terça e sexta-feira. Traçamos um raio-x de como os fundos de investimentos se estruturaram e tomaram conta da movimentação dos atletas - leia programação no rodapé.

Carlos Leite: entre Corinthians e Vasco

Foi no Grêmio que Carlos Leite se projetou, mas é com Corinthians e Vasco que o empresário se tornou um dos mais poderosos do Brasil em apenas seis anos de atividades. No clube gaúcho, Leite ganhou espaço ao realizar grandes negócios com os pratas da casa Lucas e Anderson, virando também o agente de Mano Menezes. Em 2008, a relação com os gremistas ficou estremecida.

Respaldado pelo dinheiro do Grupo Sonda, o Grêmio dava como certa a permanência de Diego Souza no Estádio Olímpico, mas viu a Traffic vencer a concorrência e comprar o jogador para o Palmeiras por um preço menor.

Carlos Leite então encontrou no Corinthians um parceiro ideal. Um clube na Série B, com as finanças contra a parede e disposto a fazer parcerias. Leite ajudou de todas as formas: fez o lateral Denis rescindir com o Santos, emprestou dinheiro para as compras de Wellington Saci e Eduardo Ramos e cobriu o furo de um parceiro, tirando do próprio bolso para adquirir Elias da Ponte Preta. Na reta final da Série B, levou Morais e Cristian de Vasco e Flamengo por quantias módicas.

Neste ano, além de conseguir as vendas de André Santos e Cristian para o Fenerbahce, Carlos Leite fez um verdadeiro negócio da China para manter Morais no Corinthians. Ao fim do empréstimo junto ao Vasco, o agente comprou os direitos do jogador e o cedeu de graça aos corintianos, que têm uma opção de compra. Se o clube quiser mantê-lo no Parque São Jorge, precisará pagar os mesmos cerca de R$ 2,5 milhões investidos pelo agente, que ainda assim ficaria com 15% dos direitos econômicos.

Desde a chegada de Rodrigo Caetano, ex-Grêmio, para gerir o futebol do Vasco, Carlos Leite também se tornou grande parceiro em São Januário. Chegou a ter um time inteiro de jogadores seus com a camisa do clube, além do treinador Dorival Júnior.

Há poucos dias, Leite quase conseguiu emplacar Antonio Carlos como novo técnico, mas a resistência de torcedores fez com que o nome do ex-zagueiro fosse descartado. Assim como no Corinthians, também fez empréstimos ao clube.

Eduardo Uram: dono do Rio

Uram, conhecido no Rio de Janeiro como Sombra, tem jogadores nos quatro grandes cariocas, além de outros espalhados por todo o Brasil e exterior. Ex-vendedor de joias e relógios, tem pouco mais de uma década como agente. No site de sua empresa, a Brazil Soccer, contabiliza 127 agenciados, muitos deles registrados no mineiro Tombense, clube de fachada.

Nos últimos anos, a Gávea foi sua casa principal, se aproximando de jogadores das categorias de base e colocando em seus melhores atletas a camisa do Flamengo. Uram chegou a ficar longe das Laranjeiras em 2006, quando levou o lateral Juan e Diego Souza do Flu para o Fla.

Eurico Miranda e Bebeto de Freitas também afastaram Eduardo Uram, respectivamente, de Vasco e Botafogo por algum tempo, mas nas novas direções o empresário tem trânsito livre. Agencia atletas como Jonatas, Victor Simões e André Lima (Botafogo), Vílson e Alan (Vasco), Mariano, Adeílson e Alan (Flu), entre outros.

No Flamengo, além de vários jogadores emprestados (Obina, Paulo Sérgio, Wilson, Egídio e outros), Uram é o empresário de nove campeões brasileiros, como Bruno, Juan e Léo Moura. Também cuida dos interesses de Ibson, negociado durante o ano com o futebol russo.

Figer: o soberano no Morumbi

O uruguaio Juan Figer é o mais antigo agente de futebol e também dos mais poderosos. Muito antes de a profissão ser regulamentada pela Fifa, no início da década, ele já atuava na transferência de atletas. Figer tem no São Paulo o seu clube de maior parceria e outros agentes reclamam a preferência normalmente dada a ele pelos dirigentes são-paulinos.

Foi responsável por ótimos negócios como Lugano, Alex Silva, Leandro e Marlos. Sua relação é tão próxima que o clube aceitou contratar o chileno Nelson Saavedra, jogador de Figer, por favor. "Ele é como um pai", disse o zagueiro sobre o agente.

A próxima ajuda do uruguaio será a cessão de Júnior Dutra, comprado junto ao Santo André e cujo repasse ao São Paulo deve ser confirmado em breve.

Agente de Zé Roberto, Hulk, Júlio Baptista e muitos outros jogadores de renome na Europa, Figer conseguiu boas vendas para o São Paulo, como a de Breno para o Bayern de Munique. É ainda o responsável pela contratação de Vanderlei Luxemburgo no Real Madrid, em que exerce grande influência, em 2005.

Já teve suas negociações investigadas pela CPI do Futebol, no início da década, e o nome ligado à falsificação de passaportes europeus por jogadores brasileiros. Possui dois clubes laranjas no Uruguai: o Rentistas e o Central Español.

Ainda nesta semana:

Entrevista com Julio Mariz, presidente da Traffic
Histórico: as parcerias dos clubes brasileiros
Como se estruturaram os fundos de investimento

Fonte: Terra

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