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NETVASCO - 26/09/2009 - SÁB - 08:55 - Élton: 'Nunca fiquei dois anos num clube. Quero ficar no Vasco'

Filho de um sargento de polícia, Élton aprendeu, desde garoto, a viver de cidade em cidade. A cada transferência que o trabalho impunha ao pai, ele incorporava à rotina nomes como Iramaia, Itaeté, Marcionílio, Iaçu e Itaberaba. Élton não imaginava, mas a peregrinação pelo interior da Bahia serviu de preparação.

Com 17 anos, largou a família e foi morar no Paraná. Depois, viveu em São Paulo, foi parar na Polônia, voltou ao ABC paulista e, em 2009, aos 24 anos, ganhou uma certeza: encontrou no Rio de Janeiro e no Vasco o seu porto seguro. Autor de gols nos seus últimos oito jogos, ele tentará ampliar a marca hoje, às 16h10m, no Maracanã, contra o Duque de Caxias.

Se conseguir marcar, Élton pode dar ao Vasco a quarta vitória seguida pela primeira vez nesta Série B. E mais: o time pode ficar a três vitórias da Primeira Divisão.

— Nunca fiquei dois anos num clube. Quero ficar no Vasco. Estou me sentindo muito bem aqui — diz Élton, cujo empréstimo feito pelo São Caetano termina no fim do ano.

Um ritual diário diante do espelho

Até chegar ao Rio, a trajetória de Élton oscilou entre o sonho infantil com o futebol e a desilusão. O menino que jogava numa escolinha de Itaberaba fez quatro testes, dois do Bahia e dois do Vitória. Jamais passou. Aos 15 anos, ainda que a família não tivesse necessidades urgentes, largou o futebol e foi trabalhar numa gráfica, operando máquinas. Queria era esquecer a decepção.

No entanto, o futebol cruzaria novamente seu caminho sete meses depois.

No Intermunicipal, o mesmo torneio que revelou outro baiano, Obina, Élton despontou. Pensou em desistir por causa da incompatibilidade entre os treinos e o trabalho na gráfica, mas foi incentivado pelo pai a se dedicar só ao futebol. Contratado pelo Palmeiras do Nordeste, de Feira de Santana, retomaria sua peregrinação.

— Em 2002, o Iraty me comprou.

Foi o único momento em que tive dificuldade de me adaptar. Tinha 17 anos e fui da Bahia para o Paraná.

Sentia saudade de casa. Evitava até telefonar, porque só piorava. Depois, até na Polônia achei tranquilo.

Fora o frio, é claro — conta Élton.

Contratado pelo São Caetano em 2005, Élton ainda voltaria ao Paraná para defender o Coritiba. Observado por um olheiro, viveu breve temporada no Légia Varsóvia, da Polônia. A carreira mudaria, mesmo, em 2008.

Depois de voltar e ficar esquecido no São Caetano, foi emprestado ao Santo André. Os dez gols que marcou chamaram a atenção do Vasco.

— Com tão pouca idade e o tanto de time que já passei, não é fácil.

Hoje, meu desafio é ficar no Vasco, ajudar mais o clube. Botei na cabeça que, até o fim do Brasileiro, quero chegar a 20 gols. São 13 rodadas e faltam sete gols — conta Élton.

O artilheiro da Série B e do Vasco na temporada viveu momentos difíceis.

Durante o jejum de gols que o fez perder a vaga no time, temeu questionamentos. Afinal, não era conhecido antes de chegar ao clube: — Entrava em campo sob pressão.

Hoje estou leve. Sei que uma hora ou outra posso marcar. Os outros jogadores falam: “dá a bola para ele que a fase está boa”.

Gols em sequência, artilharia da Série B e o protagonismo, no Rio de Janeiro, dividido com Adriano que, na Série A, marcou pelo Flamengo os mesmos 13 gols que o vascaíno. Nada disso mudou o jeito Élton de ser. O que mudou o baiano foi uma gaúcha.

— Falei para os meus amigos que vinha atrás de uma carioca e arrumei uma gaúcha — brinca.

Há seis meses, Élton mora junto com a modelo Karen. Se antes, já tinha um toque de vaidade, agora vê a companheira cuidar do estilo, — Agora, é “Élton by Karen” — brinca a gaúcha.

Antes de sair de casa, Élton gasta tanto tempo quanto Karen diante do espelho. Gel no cabelo, perfume, creme no corpo, óleo e alguns minutos para fazer as unhas da mão, mantidas impecáveis. Antes de posar para fotos, leva a mão ao cabelo, dá retoques no penteado e na roupa.

Diante da lente, mostra-se à vontade.

Sorri sem parecer forçado, é facilmente dirigido para fazer poses e tem o olhar de aprovação de Karen.

— Se não fosse jogador, podia ser modelo. Olha só — brinca, ao ver o resultado de uma das fotos.

É ela a responsável por comprar as roupas do atacante, que tem na orelha um brinco com a letra E e o número 9. A identificação com o Vasco está na parede da sala de sua casa, onde se destacam pôsteres do atacante em ação pelo clube.

— Ele evoluiu muito e adaptou-se a uma nova característica, mais fixo na área. Foi semelhante ao que aconteceu com o Keirrison. Ele nasceu para o gol, precisa jogar perto do gol — elogia Dorival Júnior.

Hoje, contra o Duque de Caxias, Élton terá Robinho a seu lado no ataque. No banco, Aloísio será uma sombra. Nílton vai entrar no meiocampo, já que Amaral está suspenso.

Na zaga, Gian volta na vaga de Titi. Lutando contra o rebaixamento, o Caxias foi motivo de uma conversa de Dorival com o time. O encontro teve participação até do presidente Roberto Dinamite.

— Quando um time está nesta situação, se une e cria forças — alertou o treinador.

Duque de Caxias: Vinícius, Oziel, Gustavo, Santiago e Marquinho; Mancuso, Leandro Teixeira, Juninho e Tony; Clayton e Gilcimar. Vasco: Fernando Prass, Paulo Sérgio, Vílson, Gian e Ramon; Mateus, Nílton, Alan e Carlos Alberto; Robinho e Élton. Juiz: Pablo dos Santos Alves (RJ).

Fonte: O Globo

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