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NETVASCO - 08/08/2009 - SÁB - 17:49 - Andrada fala sobre sua carreira no Vasco e milésimo gol de Pelé

Ídolo da torcida do Vasco no primeiro título brasileiro de um clube carioca, em 1974, o ex-goleiro Andrada, que será um dos homenageados nesta tarde antes do jogo Vasco e Campinense, ganhou fama internacional por uma bola que não pegou. No dia 19 de novembro de 1969 o mundo parou para acompanhar a cobrança de pênalti mais famosa da história do futebol, na partida que terminou com a vitória de 2 a 1 do Santos em cima do Vasco, no Maracanã, pelo torneio Roberto Gomes Pedrosa.

- Não sei quantas vezes já falei do pênalti do gol 1.000 do Pelé - disse Andrada, que recebeu o JB em um hotel na Barra da Tijuca logo que chegou da Argentina - Quem gostaria de ser lembrado por isso? Sei que não tira meu mérito, mas eu não queria ter levado aquele gol. Fiz a melhor partida da minha vida. Faltavam apenas 14 minutos para o jogo acabar, mas o árbitro também estava ajudando – relembra ele, que reagiu com humor a outro brasileiro que também fez 1.000 gols recentemente - Dizem que o do Romário não foi bem assim, não é...

Aos 70 anos, Edgardo Andrada mantém o corpo fino dos tempos de goleiro, quando era chamado de "El gato" desde os tempos de Rosário Central, da Argentina, onde começou a agarrar com 20 anos. antes do jogo de hoje, em São Januário, além de Andrada, outros ex-jogadores, o técnico Mário Travaglini e o ex-presidente Agathyrno Gomes Silva, vão receber uma placa comemorativa e uma camisa especial pelos 35 anos da conquista em cima do favorito Cruzeiro, de Dirceu Lopes, Nelinho e Palhinha.

- O título foi como sacar um coelho de uma cartola. Foi maravilhoso. Não éramos uma equipe com grandes figuras. Era um time simples, humilde, mas que mereceu vencer naquele dia - recorda o ex-goleiro, animado com a recepção que o espera em São Januário - Pena que não posso mais jogar - brinca Andrada, que jogou até os 43 anos de idade, atuando pelo Colón, da Argentina. Ele teve problema de vista que o deixou com apenas 25% da visão no olho direito.

No Vasco, além do Brasileiro de 1974, Andrada fez parte do time que acabou com um período de 12 anos sem conquistas, no Campeonato Carioca de 1970. Hoje ele é coordenador das categorias de base do Rosário Central, clube médio da Argentina, que tem fama de revelar grandes jogadores para o Boca Junior e River Plate. Ele pretende iniciar uma parceria com o Vasco para realizar uma espécie de intercâmbio entre garotos de divisões de base dos dois países.

Durante a entrevista ao JB, ainda em Rosário, Andrada recebeu a notícia da morte por câncer do capitão do time de 1974, o ex-jogador Alcir Portela.

- Alcir dedicou a vida ao Vasco, era um homem muito bom - lamenta Andrada, que estreou pelo clube carioca justamente contra o maior rival, o Flamengo no Maracanã. No jogo, ele se contundiu ainda no 1º tempo, continuou em campo e saiu derrotado por 3 a 0.

Andrada nega ter colaborado com a ditadura argentina

Logo que recebeu o JB, Andrada avisou que só queria falar de futebol. Na Argentina, ele foi acusado de ter participado de atos terroristas e até mesmo ter “participação ativa” durante a ditadura militar em seu país (1976-1983). Em declarações no ano passado ao jornal Clarín ele se defendeu dizendo que era “tudo mentira e invenção” de um dos agentes presos, que o denunciou. Andrada não nega que serviu no exército: “Mas não é um pecado participar dessa força. Estava no Exército e jogava futebol. Nada mais do que isso”, disse à época.


Andrada com a nova camisa do Vasco


Fonte: JB Online

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