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NETVASCO - 09/06/2009 - TER - 12:17 - Juninho Pernambucano fala sobre carreira, Seleção e futuro

Declarações de Juninho Pernambucano em participação no programa "Bem Amigos", no Sportv, na última 2ª-feira (08/06):

PASSAGENS PELO VASCO E PELO LYON COMO JOGADOR

"É marcante, porque eu acho que participei de uma geração vencedora no Vasco, de 97 até 2001. Foram seis títulos conquistados. Eu cresci muito. Foi o Vasco que me levou à Seleção. Eu joguei com grandes jogadores. Eu sempre fui uma peça importante de um grupo. Depois, no Lyon, foi quando eu tive realmente o meu crescimento profissional, individualmente falando. Foi o Vasco o primeiro clube que me procurou, depois que eu decidi, em janeiro, que não ia continuar no Lyon. Eu fiz o acordo já em janeiro desse ano, que apenas a gente não divulgou. A única coisa que o Lyon pediu foi que eu pensasse um pouco mais, para definir no final do campeonato, mas que eu que ia decidir. Quando eu fiz o meu último jogo do campeonato, conversei com eles um dia depois, falei que queria cumprir o meu pedido em janeiro, e que não queria cumprir o meu último de contrato. Assinamos tudo. Hoje eu estou liberado. Fui liberado pelo Lyon. Recebi o convite do presidente para voltar, no dia que eu quiser continuar no futebol, para trabalhar já com um contrato assinado de cinco anos, se eu quiser continuar no futebol. O Vasco, durante isso, depois de março, eles me ligaram. Mesmo sem saber que eu tinha esse acordo, talvez alguma uma entrevista que eu dizendo que não iria ficar. Foi o primeiro clube brasileiro que mostrou interesse. Oficialmente, quem me procurou foi o Vasco, o São Paulo e o Sport, no Brasil. Mas a única coisa que eu falava sempre é que eu não queria ouvir propostas, porque não é a minha intenção voltar para o Brasil agora. Não adianta me fazer uma proposta oficial, porque a razão fala que eu tenho intenção de continuar fora do Brasil ainda. Hoje eu tenho uma proposta oficial para ir para o Mundo Árabe. Especificamente falando, do Catar. Mas que eu também não decidi, porque acho que no fundo eu tenho vontade de disputar competições importantes ainda. Eu estou muito adaptado ao futebol europeu. O que eu decidi fazer foi viajar para Recife, rever a família, os meus pais, as pessoas mais importante na minha vida, conversar um pouco, quer dizer, recuperar. Foram oito anos de uma pegada muito forte. Aproveitar para ficar um mês de férias descansando. Mas não é a minha intenção voltar ao futebol brasileiro esse ano."

"Eu fiquei oito anos no Lyon. Lutei muito para ir para a Europa. Eu saí até um pouco tarde. Eu queria ter ido antes. Eu cheguei no Lyon e ia fazer 27 anos, entre 26 e 27. Fiquei cinco anos e meio no Vasco. Comecei no Sport, é lógico. Eu não posso também esquecer de dizer. Mas toda aquela formação e toda aquela minha passagem no Vasco, eu nunca tive destaque individual como tive no Lyon. Mas a minha formação como profissional no Vasco foi importantíssima, ter jogado ao lado de Romário e Edmundo, principalmente. Eu cheguei em um clube que estava crescendo. Eu cheguei na hora certa. Um clube que precisava se equilibrar economicamente, conquistou títulos, conseguiu. Daí, passou a contratar os melhores jogadores que se destacavam no Campeonato Francês. Infelizmente, esse ano foi o único ano em que a gente não ganhou nada. Perdemos o Troféu dos Campeões no início do ano, as duas copas [Copa da Liga Francesa e Copa da França], a Champions League e o Campeonato Nacional, depois de sete anos seguidos. Joguei mais de 300 jogos. Para mim, foi muito bom. Achei que era o momento de sair. Poderia ficar mais um ano. Eu tinha contrato até 2010. Mas achei que realmente era o momento de sair. Conversei com eles em janeiro e eles aceitaram tudo isso. A única coisa é que a gente só iria falar no final da temporada. Naquele dia lá, o que aconteceu realmente é que eu não esperava que..."

CONVERSA COM JEAN-MICHEL AULAS, PRESIDENTE DO LYON, NA FRANÇA

"A gente passou o dia todo junto. Almoçamos e oficializamos que eu não ficaria. O que aconteceu foi que ele fez um convite também para mim, para no dia em que eu parar de jogar. Ainda vou jogar pelo menos uns dois, três anos ainda. Estou livre. Depois de tanto tempo, pela primeira vez. No dia em que eu parar de jogar, quando eu decidir voltar a trabalhar no futebol, eu teria um contrato de cinco anos com o clube. Ele estava apenas agradecendo toda a minha passagem. Eu não me senti muito bem. Eu estava com a família - com as minhas filhas e com a minha esposa do lado. A gente estava em direto na televisão do clube, na verdade. Eu não me senti muito bem e falei para ele, abaixei a cabeça e falei 'Presidente, eu não estou me sentindo muito bem. Eu vou sair'. E saí. Mas ele acabou falando muito, junto com o treinador [Claude Puel]. Mas fiquei muito feliz. Essa minha passagem no Lyon, realmente eu tive chance, quer dizer, possibilidade de sair algumas vezes. Sempre pensei que eu poderia marcar realmente a história daquele clube. E foi o que aconteceu."

MAIS PROJEÇÃO E TEMPO NA SELEÇÃO SE JOGASSE NA ESPANHA OU ITÁLIA

"Não muda em nada. Com toda a sinceridade, o que importa é o que você está jogando. É lógico que se você estiver no Mundo Árabe, no Japão, que são centros... Mas se você está na Europa, disputando competições... Eu joguei a Champions League todos os anos. Isso não muda em nada. A diferença é que eu nunca encaixei na Seleção como encaixei no Lyon. Eu nunca tive essa sorte de viver aquele momento que eu vi aqui na televisão, do Ricardo [Rocha] descendo para comemorar o título mundial [de 1994]. É lógico que vai ficar sempre na minha cabeça. Não me incomoda de forma alguma falar sobre isso. Eu quase fui para a Copa de 2002. O meu litígio com o Vasco, aqueles seis meses em que eu fiquei parado, eu perdi a minha vaga. Foi normal até, porque o Felipão precisava definir um grupo. Era a Copa para eu jogar. Em 2002 eu tinha acabado de ser campeão brasileiro e o melhor jogador da posição em 2001. A gente tinha ganho em 2000 aquela Mercosul [Copa João Havelange], que passou para 2001 depois em janeiro. Na Copa de 2006 eu fiz parte do grupo, participei durante muito tempo. Eu nunca fui titular. Passei um tempo titular, durante o ano, até a explosão do Robinho. Esse é o sacrifício de jogar no Brasil. Vão ter sempre jovens jogadores, vão ter sempre outros. Tem jogadores que não estão aí, e que fizeram. Um jogador, por exemplo. Eu vou dar um exemplo agora, que eu comparo um pouco comigo, que foi um dos melhores jogadores do Brasil, hoje que é um dos melhores jogadores do Brasil: é o Diego. E não está nem convocado. Isso, para mim, não é merecido. Agora, por que acontece isso? É porque nós temos muitos jogadores. E, no Brasil, a gente tem muito essa cultura ainda de cadeira cativa. Quem é campeão leva vantagem na frente dos outros. Acho que a única diferença que existe entre a Seleção Brasileira e as outras Seleções, é que joga quem está bem. Eu sinto que o Dunga está fazendo um pouco isso. Pelas convocações, jogadores que talvez nem imaginassem que iam ser convocados, como Felipe Melo, que eu joguei contra, e que jogou muito na Champions League também, foi convocado. O caminho é esse."

"São exemplos que eu estou dando. Eu não dei essa sorte de ter encaixado, mas participei. Foram 40 jogos ou um pouco mais."

"E outra coisa. A gente tem que entender. A gente fala, por exemplo, do Juan e o Lúcio. Mas quem é reserva tem a mesma condição de jogar. A gente tem muito esse negócio na cabeça. A gente fala dos 11. Para ganhar a competição, você tem que falar dos 23 que são convocados. Quem está ali é porque tem condição de jogar. Não existe reserva e titular na Seleção Brasileira. É lógico que o treinador tem que escolher 11 para começar. Mas a gente tem que parar de pensar sempre que são os 11 que vão resolver. O Brasil precisa de todo mundo. Se você colocar no papel, o Kaká foi o melhor do mundo. Mas entre o Kaká e o Diego existe uma pequena diferença. Talvez, em dez jogos, o Kaká vai ser melhor do que o Diego em seis, e o Diego vai ser melhor em quatro. Eu estou dando só um exemplo. O futebol brasileiro, infelizmente, às vezes é bom para quem está ali. Para quem se garante como titular, é excelente. Você ganha confiança e vai jogar sempre bem. Mas para quem está lutando para também ter uma chance, é muito difícil, porque vocês sabem que a paciência vai ser pequena."

HOMENAGEM NA MÚSICA 'VASCO MONUMENTAL'

"Da semifinal da Libertadores [de 1998]. O único gol que eu fiz naquela competição, e que marcou. Na primeira vez que eu escutei, foram amigos que me falaram que eles tinham feito essa homenagem. É marcante, porque eu acho que participei de uma geração vencedora no Vasco, de 97 até 2001. Foram seis títulos conquistados. Eu cresci muito. Foi o Vasco que me levou à Seleção. Eu joguei com grandes jogadores. Eu sempre fui uma peça importante de um grupo. Depois, no Lyon, foi quando eu tive realmente o meu crescimento profissional, individualmente falando."

PROPOSTAS

"Foi o Vasco o primeiro clube que me procurou, depois que eu decidi, em janeiro, que não ia continuar no Lyon. Eu fiz o acordo já em janeiro desse ano, que apenas a gente não divulgou. A única coisa que o Lyon pediu foi que eu pensasse um pouco mais, para definir no final do campeonato, mas que eu que ia decidir. Quando eu fiz o meu último jogo do campeonato, conversei com eles um dia depois, falei que queria cumprir o meu pedido em janeiro, e que não queria cumprir o meu último ano de contrato. Assinamos tudo. Hoje eu estou liberado. Fui liberado pelo Lyon. Recebi o convite do presidente para voltar, no dia que eu quiser continuar no futebol, para trabalhar já com um contrato assinado de cinco anos, se eu quiser continuar no futebol. O Vasco, durante isso, depois de março, eles me ligaram. Mesmo sem saber que eu tinha esse acordo, talvez alguma uma entrevista que eu dei dizendo que não iria ficar. Foi o primeiro clube brasileiro que mostrou interesse. Oficialmente, quem me procurou foi o Vasco, o São Paulo e o Sport - no Brasil. Mas a única coisa que eu falava sempre é que eu não queria ouvir propostas, porque não é a minha intenção voltar para o Brasil agora. Não adianta me fazer uma proposta oficial, porque a razão fala que eu tenho intenção de continuar fora do Brasil ainda. Hoje eu tenho uma proposta oficial para ir para o Mundo Árabe. Especificamente falando, do Catar. Mas que eu também não decidi, porque acho que no fundo eu tenho vontade de disputar competições importantes ainda. Eu estou muito adaptado ao futebol europeu. O que eu decidi fazer foi viajar para Recife, rever a família, os meus pais, as pessoas mais importante na minha vida, conversar um pouco, quer dizer, recuperar. Foram oito anos de uma pegada muito forte. Aproveitar para ficar um mês de férias descansando. Mas não é a minha intenção voltar ao futebol brasileiro esse ano."

DICA SOBRE O NOVO CLUBE

"Não tem dica, porque eu não assinei com ninguém. Eu recebi, como eu falei, em relação a Vasco, São Paulo e Sport."

LIGA DOS CAMPEÕES ATRAVESSADA NA GARGANTA

"Era o meu sonho. Passamos perto algumas vezes. Se for para jogar no futebol europeu, mas em uma equipe que não seja competitiva, eu não vou."

QUEM GERENCIA A SUA CARREIRA

"Eu tenho alguém, mas sempre fui eu que defini tudo. Sempre tem alguém para ler as coisas mais importantes, mas sempre fui eu que decidi."

EUROPA X MUNDO ÁRABE

"Eu só joguei em três clubes praticamente a minha vida inteira. Acho que a continuidade é muito importante. Se eu continuar na Europa, que seja um desafio também, porque a gente é movido por desafio - o que está no coração, que é vontade de ganhar, clubes que disputam competições para ganhar. Senão, o melhor para mim e para a família seria aceitar a proposta do Catar, para jogar 35 jogos. Economicamente falando, é muito bom. Jogar no máximo 35 jogos por ano, não concentrar, passar a maior parte do tempo em casa. Mas não tem competição. São mil pessoas no estádio, 1.500 no máximo. Eu já conversei com alguns brasileiros que estão lá, com o Ricardinho e o Fernandão. Estão muito felizes e contentes, em relação à qualidade de vida. Mas falta essa competição, que eles estavam sempre acostumados a jogar. O que eu vou fazer é isso. É passar esse mês tranquilo, descansar. Mas não é a minha intenção voltar ao futebol brasileiro esse ano."

TIME DE ABEL BRAGA

"Não. O Abel, na verdade, está no Al Jazeera, que é em Abu Dhabi, que é dos Emirados. O time do Abel não tem mais vaga para estrangeiro, não tem vaga hoje para estrangeiro."

Fonte: NETVASCO

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