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NETVASCO - 06/05/2009 - QUA - 15:23 - Nelson Rocha fala sobre cortes de despesas, investimentos e sedes

O vice-presidente financeiro do Vasco, Nelson Rocha, deu as seguintes declarações no programa 'Só Dá Vasco', da Rádio Bandeirantes desta terça-feira (05/05).

CORTE NAS DESPESAS

"Tem duas coisas. Só existe uma forma de você equacionar o problema financeiro, a crise financeira: diminuir a despesa e aumentar a receita. Essas duas frentes, nós estamos trabalhando. Assim que eu cheguei no Vasco, há cerca de um mês e pouco... Eu acabava participando indiretamente. Até por causa dos meus afazeres, eu não tinha tempo. Mas que eu entrei lá para a vice-presidência, eu falei com o Roberto [Dinamite] inclusive, de que não adiantava só fazer uma gestão financeira. Era importante que ele fizesse um choque de gestão. Choque de gestão inclui, entre outras coisas, você evitar com que as despesas se originem, porque senão, no final, você está ali no financeiro, só vai chegando conta, só vai chegando conta, e como é que você organiza? O Roberto foi solidário desde o início. Eu falei assim 'Roberto, nós precisamos tocar isso'. E assim é que nós temos feito. Assim que entramos, nós editamos uma portaria que corta em 30% as despesas de todas as vice-presidências, excetuando a vice-presidência de futebol. Por que a vice-presidência de futebol? Por motivos óbvios, mas eu vou explicar. Porque você não vai matar a galinha dos ovos de ouro. O futebol é a fonte de renda mais importante do clube. O futebol sozinho, se não tivesse passivo para pagar, ele era auto-sustentável. É claro, você não pode ter salários astronômicos, como aconteceu em determinadas épocas no Vasco e em outros clubes, porque você faz com que o clube entre no buraco. Você tem que ter um orçamento compatível com a sua capacidade de pagamento. E assim o Vasco está trabalhando isso. O que nós fizemos? A primeira coisa é cortar essas despesas. Quem é que vai cortar? Cada vice-presidente. Cada vice-presidente é responsável pela sua área, então cada um sabe como e onde cortar. Vai ter que dar um jeito. Infelizmente, tem coisas que... O Vasco não precisa ter a estrutura que tem. Outros clubes... Eu vou citar aqui o Grêmio como exemplo. Um clube que tem 50 mil sócios e tem 290 funcionários. O Vasco tem 535. Será que tem essa necessidade? Cada vice-presidente vai ter que identificar. Quem achar que tem essa necessidade vai cortar outras despesas. Mas a gente está fazendo um corte linear de 30%"

INVESTIMENTOS

"Investimento, nós cortamos 100%, excetuando o futebol, como eu disse. Não tem investimento nenhum, até que a gente consiga sanar aquela coisa. Quando você está apertado, o que você faz? Para de gastar. 'Eu queria comprar uma televisão'. Não vai comprar. Se não tem dinheiro, como é que vai comprar a televisão? Não tem dinheiro para comer, e como é que compra a televisão. Então parou 100% os investimentos - patrimonial, de uma maneira geral."

"A gente está falando das despesas. Nós excetuamos também todo e qualquer projeto que seja sustentável. Trouxe dinheiro para montar um projeto em uma vice-presidência, qualquer que seja, ele pode ser tocado sem problema nenhum. Mas tem que trazer o recurso."

"Cada vice-presidente terá uma autonomia até um certo montante. Qualquer despesa, de qualquer vice-presidência, acima desse montante, passará pela vice-presidência de finanças para fazer uma análise - se a gente tem capacidade de pagamento. Não adianta assinar um contrato e depois você tem que arrumar o dinheiro para pagar lá na frente."

"E, sobretudo, o que é a grande mudança da cultura no Vasco, será a partir de 2010. O orçamento de 2010 será por o que a gente chama de senso de responsabilidade ou pluralidade de negócios. Cada vice-presidência, cada sede terá o seu próprio orçamento. Ela só poderá ter gastos dentro do limite dela de conseguir recursos. Não tem recurso, não tem dinheiro. Assim, vai sobrar dinheiro para a coisa que é mais importante no Vasco, que é o futebol. Tem algumas modalidades, como o remo, que é muito importante para a gente - aliás, é um clube de regatas -, e nós vamos estar preservando."

INCENTIVOS FISCAIS

"O que nós estamos fazendo? Eu queria ressaltar o trabalho do nosso vice-presidente de esportes olímpicos e responsabilidade social, o [José Pinto] Monteiro. O Monteiro tem trabalhado incansavelmente para a gente poder produzir receitas a partir de incentivos fiscais, como o São Paulo e outros. O Monteiro fez isso a vida toda. O São Paulo recebeu 8 milhões. Isso vai permitir com que a gente tenha essas outras modalidades esportivas com o próprio recurso."

SEDES AUTO-SUSTENTÁVEIS

"Não falta criatividade. Agora, com a chegada do Fábio Fernandes, ainda mais. E do ponto de vista financeiro, estamos preparando alguns produtos lá que nós entendemos interessantes. Alguns outros amigos nossos, vascaínos ilustres, do mercado financeiro, têm trabalhado com a gente para a formatação de fundos, para poder, sei lá, explorar o Vasco Barra de forma sustentável. Para a gente ter o modelo, não só o modelo de gestão, mas o modelo de negócio que permita atrair recursos e estar utilizando o espaço para o Vasco, disponibilizando aquele espaço, que é ótimo. Na realidade, a gente precisa aprimorar e fazer com que o vascaíno também frequente o Vasco Barra, entre outros. A gente tem projetos muito, muito interessantes. Para o Calabouço, o Frederico também está fazendo um trabalho muito bom. Não falta criatividade para a gente trazer recursos. As despesas, a gente vai conseguir reduzir alguma coisa. Mas precisa ter despesas para funcionar. Agora, recurso, nós estamos correndo atrás. Eu tenho certeza que nós conseguiremos."

BALANÇO SOCIAL

"É o primeiro clube. Mais uma vez, o Vasco se mostra um clube... É o pioneiro na publicação do balanço social. É o primeiro clube no Brasil, talvez no mundo, que publique o seu balanço social."

EVENTUAL DESPEJO DO VASCO BARRA

"Não, absolutamente. Nós estamos preparando um projeto sustentável para o Vasco Barra, para que a gente não acabe arrumando mais dívida a cada mês, porque a gente está com uma dificuldade, obviamente, de pagamento. Mas nós estamos buscando um projeto sustentável. Alguns companheiros nossos, como o Jorge Salgado, estão nos ajudando nisso, para que a gente bole um modelo em que o Vasco Barra se sustentará e não precisará de recursos do futebol."

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