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NETVASCO - 27/03/2009 - SEX - 01:46 - Assessor de Juninho cauteloso quanto à volta do jogador ao Brasil

Declarações de Flávio Dias, assessor de imprensa de Juninho Pernambucano, à Rádio Manchete:

"A possibilidade do Juninho voltar ao Vasco sempre existiu, desde o momento em que o Juninho deixou o Vasco. Na verdade, o Juninho tem um laço de carinho, amor e gratidão pelo Vasco muito grande, porque, é claro, não desmerecendo o Sport, aonde ele iniciou a sua carreira, o Vasco é o clube que o divulgou para o mundo, e que deu a ele condição de fazer a sua independência financeira, conseguir um grande contrato com o Lyon, hoje estar brigando pelo oitavo título nacional seguido, coisa inédita na França e em muitos países da Europa. A ligação dele com o Vasco sempre foi muito grande. É claro que a vida do Juninho mudou demais. O Juninho hoje é uma celebridade, em relação à Europa, ano passado esteve entre os indicados para o prêmio de melhor jogador do mundo. A realidade dele é outra, completamente diferente. Ele tem muita gente ao lado dele, pessoas que vão e vêm com ele, em relação a possíveis negócios. Ele tem uma família. Enfim, tem muita coisa atrelada a isso. Mas é claro que existem dois aspectos importantes a serem colocados. Primeiro, que o Juninho tem um contrato com o Lyon até 2010, que é uma situação real. Mas, em função até de alguns pequenos desgastes nas últimas temporadas, o próprio Juninho já deixou isso claro, o fato do Lyon não conseguir chegar em uma Copa dos Campeões. Ele é uma pessoa, não um jogador somente, mas uma pessoa extremamente competitiva. Tudo isso faz com que o Juninho tenha se frustrado um pouco ultimamente. Agora, recente, eles perderam para o Barcelona a chance de seguir na Champions League. É mais um ano sem brigar pela Champions League. Mas, é claro que esse ano, por exemplo, o Campeonato Francês está emocionante, diferença de um ponto de um clube para o outro. Mas é aquilo... É a mesma coisa de você disputar o Campeonato Carioca e brigar pelo Campeonato Brasileiro. Tem emoções diferentes. Ele também puxa por isso. E também, é claro, porque ele é profissional, ainda existem possibilidades do Juninho - por ele estar em plena forma, apesar ainda de ter uma idade um pouco mais avançada, mas está em plena forma, jogando bem, jogando todas as partidas importantes do Lyon - de ganhar dinheiro ainda. É claro que o Juninho hoje é uma pessoa realizada financeiramente, bem financeiramente. Mas é claro que dinheiro puxa dinheiro. É sempre bom ele estar sempre buscando alguma coisa enquanto estiver em forma. A gente não sabe como é a carreira do jogador. Machuca amanhã, tem uma distensão, quebra uma perna, seja lá o que for e, de repente, vai tudo para o espaço. Hoje ele já vive bem, já garantiu algumas gerações. Talvez, o aspecto de voltar para o Brasil seja muito menos financeiro do que qualquer outra coisa. As pessoas logo pensam 'É um sonho difícil, porque é muito dinheiro'. E não é, realmente não é. Hoje eu posso garantir, pelo que eu conheço do Juninho, e pelo que eu falo com ele, que dinheiro não é o grande problema para um retorno ao Brasil. Mas existem propostas grandes, principalmente do Mundo Árabe - Emirados e Catar -, que querem, e já desde a última renovação do Juninho, por muito pouco ele não foi jogar no Catar, quase ele não fez esses últimos anos de contrato com o Lyon. Mas, movido pela emoção, pela vontade, pela perspectiva e pelas promessas de, de repente, brigar por um título europeu, ele resolveu ficar na Europa. Mas agora ele já viu que não vai sair disso. Talvez ele busque novas emoções. O que pesa talvez, na minha opinião, muito humilde - é ele que define, o empresário dele, o Jose Fuentes, que tem essa ingerência em relação a isso -, em relação ao Brasil, talvez seja essa questão da emoção, alegria, vontade de jogar com alegria, sendo de alguma forma idolatrado, feliz. Tudo isso pesa mais hoje do que o dinheiro. Mas é claro que se você recebe uma proposta, qualquer um de nós, 'Você vai jogar aqui nos Emirados para ganhar 10 milhões de dólares ou 5 milhões de dólares', balança a tua cabeça, por mais que você já tenha uma conta bancária gorda. Acho que a situação hoje é essa."

"Ele deu realmente uma entrevista. A entrevista foi dada hoje à jornalista Marluci Martins, que é uma pessoa que já o conhece há muito tempo. A Marluci foi muito feliz na abordagem. O Juninho deixou claro o seguinte. Não houve nenhum contato do Vasco. Na verdade, o que aconteceu foi que o Juninho resolveu falar. Ele hoje me disse isso várias vezes: 'Flávio, falar do Vasco, para mim, é uma alegria. Eu tenho alegria de falar do Vasco. Eu adoro o Vasco. Eu tenho uma satisfação enorme. Algum dia eu vou voltar ao Vasco, nem que seja para visitar o clube, e não jogar. Mas vou visitar o clube, vou estar lá, de alguma forma ajudando'. Ele colocou isso claramente. Mas não houve contato nenhum, nada assim muito estreito, apenas um e-mail realmente do Rodrigo Caetano, que jogou com ele no Sport. Nada além disso. Agora, sobre voltar, é isso aí. Acho que tem que se esperar um pouquinho mais. Talvez exista, sim, a possibilidade. Mas, hoje, a realidade é exatamente essa que eu coloquei."

"Acho que é o seguinte. A torcida do Vasco tem que saber uma coisa. O Juninho jamais vai ser leviano, ainda mais com o Vasco, de dizer abertamente 'Eu vou voltar para o Vasco. Eu vou jogar no Vasco. O Vasco é a minha vida. O Vasco é o meu amor'. Não existe isso. O jogador tem compromissos, ele tem uma vida, uma família. O Juninho tem filhos, gerações, um pai e uma mãe já idosos em Recife. Ele precisa cuidar e se cuidar em relação a isso. Quando o torcedor às vezes diz que o jogador é mercenário, que só pensa em dinheiro, que só pensa nisso, deve se colocar no lugar do jogador. O jogador precisa, enquanto saúde tem, se preparar e estar bem para poder ganhar dinheiro, sim, como qualquer um de nós. É a mesma coisa. Somos nós. Enquanto a gente tem as nossas habilidades, as nossas valências funcionando normalmente, a gente tem que usá-las para poder ganhar. Um jogador como o Juninho, chegando já quase aos 35 anos, e bem, que pouco se machuca, pouco se contunde, tem uma saúde de ferro, é um jogador de uma qualidade técnica absurda, recentemente foi elogiado pelo Frank Rijkaard, o técnico do Barcelona, em relação às cobranças de falta, dizendo que não há nenhum jogador, no mundo, que bata faltas melhor do que o Juninho... Ele tem que ganhar dinheiro com isso, buscar isso. Agora, o torcedor do Vasco jamais vai ver um Juninho leviano dizendo que vem, que vem, que vem. Mas ele também tem que saber uma coisa. O Juninho é apaixonado pelo Vasco. O Juninho é uma pessoa que adora o Vasco, que tem uma gratidão enorme pelo Vasco."

"Agora, paralelo a isso, é bom que se cobre que o Vasco, como qualquer clube brasileiro, precisa entender que para fazer o que, por exemplo, fez o Corinthians com o Ronaldo - não que o Ronaldo seja uma mega estrela ou um mascarado que não vai aceitar uma abordadem, não -, apresentou-se um projeto. O projeto não é só um projeto de um patrocínio ou alguém que vá pagar. As pessoas pensam em projeto, e pensam logo em grana. Não é grana. É você dizer o seguinte. Será que o Vasco vai continuar com essas notícias de briga política, de que está devendo a isso, que está acontecendo aquilo, que não consegue certidão negativa? Tem essas coisas também que passam pela cabeça do jogador. Como a gente costuma dizer no nosso dia-a-dia, o jogador não quer vir para o Brasil para passar raiva. Não é o passar raiva de não receber, porque, como eu disse, o Juninho, é claro, ele quer até receber, não vai jogar aqui para jogar de graça. Mas, mais do que receber, ele quer viver em um ambiente feliz, ter do lado dele os jogadores felizes, um clube feliz, os funcionários felizes, ele não ter que parar na rouparia e ver o roupeiro pedir dinheiro a ele. É isso que eu acho que é o grande projeto, que tem que se colocar na cabeça do dirigente brasileiro que é fundamental. Foi o que fez o Corinthians. Juntou um craque do marketing, conseguiu fazer um baita de um projeto, e você não vê o Ronaldo falar nada do Corinthians."

"O Juninho, podem ter certeza, se cogitou até o São Paulo uma vez, e outras possibilidades. Hoje, no Brasil, o Sport é um clube que mora no coração do Juninho, pela sua origem. Por ser pernambucano, ele não foge a isso. Mas o clube, para o Juninho, é o Vasco. O Juninho ama e é apaixonado pelo Vasco. Ele tem alegria de ter tido o Vasco na vida. Agora, que o Vasco se mexa e apresente um projeto condizente com o tamanho dele."

"Acho que é uma oportunidade para a gente esclarecer isso, porque muita coisa foi falada hoje. O próprio Juninho me ligou muito preocupado hoje pela manhã aqui, da repercussão, das coisas que ele queria deixar claro. Acho que é importante deixar exatamente isso claro para o torcedor do Vasco. O Juninho quer voltar, tem interesse em voltar, mas talvez a hora não seja essa. Que o torcedor entenda se, por um acaso, um dia ele não voltar ao Vasco, se alguma coisa acontecer, além da vontade dele, para que ele não volte. Mas, que existe, sim, a possibilidade existe, sem dúvida nenhuma."

Fonte: NETVASCO

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