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NETVASCO - 25/01/2009 - DOM - 02:15 - Confira os resultados completos das pesquisas que definiram o ranking PPV

Nos últimos anos os dirigentes dos clubes reclamavam que os direitos referentes ao PPV deveriam ser pagos conforme os índices de compra dos pacotes de transmissão de cada torcida. Uma demanda justa, claro, mas com algumas dificuldades de ordem operacional colocadas, pelo que sei, não pela GLOBOSAT, e mais pelas empresas que vendem e distribuem o sinal, cujo número aumentou nesse período. Além disso, havia um contrato em vigor e mudar suas regras no meio do jogo era algo que daria muito pano pra manga.

Com a discussão do novo contrato de venda dos direitos de TV, ficou acordado que a partir de 2009 os clubes receberiam o dinheiro do PPV de acordo com essa vontade, ou seja, a cada um de acordo com a participação de seus torcedores na compra das assinaturas. Aqui é bom recordar que as decisões tomadas pelo Clube dos Treze não o são por uma cabeça ou por duas, elas são frutos de reuniões que contam com a presença de todos os clubes associados à entidade. Parece inútil falar isto, mas frequentemente os torcedores imaginam que decisões são tomadas à revelia ou contrárias aos interesses de seus clubes. À revelia não acontece, uma vez que todos participam e têm direito a voto. Quanto a interesses contrariados isso acontece, com certeza, mas é algo natural em qualquer tipo de organização em que as decisões são tomadas por maioria de votos. Quem perde uma votação sempre fica contrariado, algo inerente ao regime democrático.

Para definir o percentual de cada um, novamente surgiram problemas de ordem operacional, embora pareça simples cada comprador identificar seu clube do coração no momento da compra. Entretanto, é já bem grande o número de assinantes que já estão nas renovações automáticas, de ano para ano. Independentemente dessa e outras colocações, os clubes optaram por definir suas participações a partir de pesquisa entre os compradores. Na verdade, a partir de duas pesquisas separadas, ambas realizadas por institutos idôneos e altamente capacitados, o Datafolha e o IBOPE.

Na tabela que virá a seguir, vocês encontrarão três diferentes índices para cada clube: o primeiro é o índice que vale para efeito de distribuição dos recursos; ele corresponde á média entre os resultados para cada clube das duas pesquisas. O segundo percentual refere-se à pesquisa IBOPE; o terceiro, apresenta os percentuais levantados pela pesquisa Datafolha.

As margens de erro foram de 1,6 e 2,0 respectivamente. Como já foi apresentado no post anterior sobre esse assunto, em 15 de dezembro, o número de entrevistados foi altíssimo - 8.193 compradores. Ora, num universo com cerca de 550.000 pessoas, essa é uma amostra altíssima, pouco usual, inclusive, na realização de pesquisas. Isso, na minha opinião, confere enorme credibilidade aos resultados, o que se comprova, de forma indireta, pela virtual ausência de reclamações a respeito dos resultados por parte dos maiores interessados, os clubes. Uma das poucas reclamações que tomei conhecimento teve como motivo o elevado número de jogos de um time pelas emissoras de sinal aberto ou fechado, que teria levado os torcedores a comprarem menor número de assinaturas do PPV.

Uma reclamação discutível, com a qual, particularmente, não concordo, mesmo porque as decisões de compra das assinaturas são tomadas, em grande parte, antes da distribuição da tabela com a escala dos jogos que serão transmitidos pelos diferentes sistemas. Além disso, há também o fato dos assinantes optarem pela compra conjunta do Brasileiro e do estadual.

Vamos, então, à tabela.




Os números entre as duas pesquisas são muito parelhos, chegando, praticamente, à igualdade em alguns casos, como nos percentuais de torcedores/compradores de Palmeiras, Vasco, Vitória e Náutico.

As maiores diferenças estão entre os índices de Botafogo, São Paulo, Flamengo e Atlético Mineiro.

A princípio essa pesquisa valeria por todo o ano de 2009, mas ficou aberta a possibilidade dos clubes optarem pela realização de novo levantamento em junho, que valeria, então, para o segundo semestre desse ano.

De maneira geral, esses números refletem a realidade das pesquisas sobre o tamanho das torcidas brasileiras. Mostram, também, o grande crescimento dos dois clubes de Porto Alegre, principalmente o Grêmio, assim como a consolidação do Cruzeiro numa posição muito boa. Em condições normais de pressão e temperatura, a posição do Vasco seria colada à do Palmeiras e à do Grêmio. O fato de estar alguns pontos abaixo é reflexo, na minha opinião, dos problemas vividos pelo clube no final da gestão de seu ex-presidente. Se nova pesquisa for realizada em junho, será interessante observar o comportamento do torcedor vascaíno em relação à nova direção de seu clube.

Finalmente, causa espanto o percentual baixo de torcedores santistas que adquiriram os pacotes da TV. Dirigentes e torcedores reclamaram muito depois da divulgação dos primeiros números dessa pesquisa, dizendo que a culpa por essa baixa colocação era das emissoras, que transmitiram grande número de jogos do Santos ao vivo, e poucos com exclusividade do PFC. Como disse acima, eu não acredito nessa hipótese.

O que fazer com uma pesquisa?

Ler e guardar?

Ler e criticar quem a fez?

Ou, quem sabe, ler, analisar e traçar um plano de trabalho em cima de seus dados, visando corrigir falhas e melhorar resultados?

Nesse momento, fosse eu dirigente de clube, independentemente da colocação da minha entidade eu já teria realizado uma reunião com profissionais de marketing para discutir os resultados. Um dos primeiros passos práticos seria a realização de discussões em grupo com torcedores, os “group discussion”, conduzidos de forma profissional por empresas da área, para descobrir o que motiva ou não o torcedor a assinar o PPV. Três clubes, talvez mais que outros, deveriam já estar pensando, e melhor ainda, trabalhando nessa linha: Santos, Botafogo e Fluminense.

As emissoras disputam acirradamente ponto a ponto a audiência do telespectador, pois elas sabem que um ponto a mais ou a menos significa mais ou menos dinheiro em caixa.

O mesmo raciocínio se aplica aos clubes, hoje mais que nunca: um ponto a mais na participação dos compradores de PPV significa um bom dinheiro em caixa. Cabe, portanto, conhecer melhor o torcedor, conhecê-lo como consumidor, e atender às suas necessidades.

Esse é um bom e seguro caminho para o crescimento.

Fonte: Blog Olhar Crônico Esportivo - GloboEsporte.com

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