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NETVASCO - 05/08/2008 - TER - 11:03 - Valdir Bigode fala sobre sua carreira e deseja sucesso a Dinamite

Campeão estadual pelo Vasco em 1992, 1993, 1994 e 2003, o atacante Valdir pode ser considerado um xodó da torcida cruzmaltina. Conhecido por seu faro de gol e pelo bigode inconfundível, esse carioca de 36 anos luta para se recuperar de uma séria lesão e voltar aos campos.

Ao sair do clube de São Januário, em 2004, ele passou por Al Nasr e Dubai Club, ambos dos Emirados Árabes Unidos. Porém, o que era para ser a oportunidade de conseguir a chamada independência financeira, se tornou um tormento. Valdir, que nunca tinha de machucado seriamente em sua carreira, teve sérios problemas.

Quando defendia o Dubai, Valdir lesionou os ligamentos do joelho direito, ficando cerca de oito meses parado. Porém, quando tentava retornar aos campos, teve problema na cartilagem do joelho esquerdo.

"Estou vivendo uma fase muito difícil. Mas não tem problema, pois qualquer jogador está sujeito a isso. Neste momento busco o apoio da minha família e dos amigos para voltar a jogar. O problema é que os médicos não tiveram como estabelecer um prazo, pois em lesões deste tipo se trabalha em cima da dor", afirmou.

A vontade de voltar aos campos é tão grande que ele ainda não se imagina fazendo outra coisa quando pendurar as chuteiras. Seu único pensamento no momento é se recuperar. O atacante, aliás, não gosta muito da teoria de que jogadores com mais de 30 anos precisam pensar em parar de jogar.

"Aqui no Brasil, as pessoas acreditam que jogadores com essa idade devem parar. Mas isso tem mudado porque alguns atletas estão atuando normalmente como é o caso do Edmundo (37 anos, Vasco), do Túlio (39 anos, Vila Nova-GO) e do Romário (encerrou a carreira no início de 2008, aos 42 anos). Meu desejo é me recuperar e eu tenho um lastro como atleta que pode me beneficiar, pois sempre me cuidei. Vou fazer de tudo para ficar bom", disse.

As lesões que teve recentemente o marcaram tanto, que esse foi o único ponto que Valdir gostaria de apagar em sua carreira. Além do Vasco e clubes dos Emirados Árabes Unidos, ele também teve passagens por São Paulo, Benfica, Botafogo, Atlético-MG e Santos.

"Se pudesse voltar no tempo, gostaria de não ter me machucado. É a única coisa que me deixa chateado. Eu sempre fui um atleta dentro e fora de campo. Algumas pessoas dizem que eu poderia ter feito mais. Porém, eu vejo de outra forma. Poderia ter sido pior. De onde eu vim e até onde cheguei, fico muito feliz por tudo que consegui realizar", revelou o atacante, que em seu início de carreira morou em Senador Camará, zona oeste do Rio de Janeiro.

Ao comentar sobre os títulos conquistados, ele não quis eleger um em especial. Porém, reconheceu que o inédito tricampeonato estadual com o Vasco, em 1992/93/94 foi marcante.

"Todas as conquistas foram importantes. Mas é claro que uma ou outra refresca mais em nossa memória. O tri estadual foi importante porque o Vasco buscava esse feito há muito tempo. Eu ajudei nos três anos marcando gols e, inclusive, fui artilheiro em uma das campanhas", afirmou, se referindo ao campeonato de 1993, quando estufou as redes em 19 oportunidades.

O sonho de todo jogador que começa a jogar no futebol brasileiro é atuar no exterior. Com o ex-cruzmaltino não é diferente. Porém, ele lamentou que a oportunidade que teve na Europa não tenha sido tão vitoriosa. Na ocasião, o São Paulo emprestou o artilheiro para o Benfica. Porém, segundo o jogador, o clube português não dava boas condições de trabalho.

"Eu não tive sorte. A condição financeira do Benfica, pelo menos na época que passei por lá não era boa. Tanto que cheguei por empréstimo e quando o contrato se encerrou, os portugueses queriam renová-lo. Mas o interesse do São Paulo era somente me vender. Tanto que depois eu acabei sendo negociado com o Atlético-MG", explicou.

Vascaíno assumido, Valdir afirma que mesmo tendo atuado por outras equipes, sua paixão continua a mesma. Ele lamenta que o clube não esteja passando por um bom momento. O Gigante da Colina vive um jejum de cinco anos sem título. A última vez que a torcida soltou o grito de campeão foi em 2003, na conquista do Campeonato Estadual. O atacante fazia parte do grupo.

"Todo clube passa por fases ruins e hoje isso acontece com o Vasco. O Fluminense disputou a terceira divisão, o Botafogo a segunda e o Flamengo lutou para não cair diversas vezes. Isso só vai mudar com muito trabalho. Como vascaíno, torço para que as coisas melhorem", analisou.

O desejo de mudança passa pelas mãos do presidente Roberto Dinamite, que foi eleito no dia 27 de junho. Valdir desejou sorte e espera que a experiência do eterno ídolo cruzmaltino ajude a superar o momento difícil.

"O Roberto está começando uma nova empreitada em sua vida. Ele não tem muito conhecimento, pois agora ele trabalha do outro lado do muro. Espero que sua experiência em campo ajude e ele também consiga vencer como presidente", encerrou.

Fonte: Pelé.Net


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