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NETVASCO - 04/03/2008 - TER - 00:43 - Jean fala sobre seu retorno ao Vasco e o carinho dos torcedores

Nem o próprio Jean nos seus sonhos mais otimistas imaginou que sua reestréia no Vasco seria da forma que foi, com gol e muitos aplausos da torcida. Nesta segunda-feira, dia que o atacante completa 26 anos, a ficha caiu. O jogador volta ao clube da mesma forma que deixou: por cima. Agora ele quer recuperar o tempo perdido entre as indas e vindas para o Saturn, da Rússia, e ser feliz longe do frio.

Após a vitória vascaína contra o Boavista, o jogador foi recebido em sua casa, em Niterói, com uma festa surpresa. Jean disse que até os amigos flamenguistas o cumprimentaram e desejaram sorte com a camisa cruzmaltina. Na tarde desta segunda, ele recebeu a imprensa em sua bela casa, comprada pela internet, quando ainda estava na Rússia. Ele estava acompanhado dos filhos, Pedro Henrique, de seis anos, Geovana, de dois, e sua esposa Taís.


Na sua primeira passagem pelo clube você teve sucesso, mas não conseguiu permanecer. O que representa para você este retorno ao Vasco?

Eu me encaixei bem no Vasco, tive uma boa passagem e deixei o clube pela porta da frente. Fiquei um mês parado tentando convencer os russos a me deixarem ficar no Brasil, mas não teve jeito. Fiz um bom campeonato lá, ganhei até placa por ter feito o gol mais bonito do torneio. Mas não teve jeito, lá é muito frio. Agora, os dirigentes do Vasco lutaram para me contratar e eu voltei. O carinho que os torcedores sempre demonstraram por mim foi importante, sou um privilegiado. Alguns grandes jogadores não saíram do Vasco da mesma forma do que eu.

Se você não tivesse que sair do Vasco, acredita que poderia estar na seleção atualmente?

Penso bastante no que poderia ter acontecido comigo se eu tivesse conseguido permanecer na minha primeira passagem. Eu estava em uma fase muito boa. O Jorginho (auxiliar do técnico Dunga, da seleção brasileira) chegou a telefonar para o clube para saber se eu tinha idade para a seleção olímpica. Mas agora tenho o ano inteiro para trabalhar e conseguir meus objetivos, tenho que pensar para frente.

Voltar a vestir a camisa do Vasco é uma forma de recomeço na carreira?

É um recomeço para mim, sim. Antes do jogo, o Zé Luis (José Luis Moreira, vice-presidente de futebol do Vasco) me disse: "Esquece tudo o que você fez até agora, este é o seu recomeço." Já sabia que a minha reestréia seria na véspera do meu aniversário, criei uma expectativa grande, mas não imaginava que seria tão bom. Trabalhei forte para que isso acontecesse, estou muito feliz.

Apesar de ter começado no Flamengo, parece ter conquistado o coração dos vascaínos bem rápido?

Fico impressionado com o carinho dos vascaínos. Fui criado no Flamengo, o time arqui-rival, fiz três gols em uma final contra o Vasco... Essa recepção toca o meu coração. Em 2006 diziam que eu era o cara que jogou no Flamengo, hoje já dizem que eu sou o Jean do Vasco.

Acha que o gol contra o Fla, o famoso gol com a comemoração do "Tô Doido", foi decisivo para isso?

Não desrespeitei a torcida do Flamengo, tenho carinho pelo clube. Acho que os jogadores têm que comemorar os gols mesmo, mas com sua torcida, assim como eu fiz. Aquele gol do "Tô doido" eu já tinha combinado com o Madson. Foi o meu grande passo para conquistar os vascaínos.

O Vasco está em um jejum de títulos. Como você encara esse desafio?

Vamos ver se conseguimos quebrar esse tabu. Essa torcida quer e merece esse título. Estamos sempre chegando, chegando... Ainda não disputei uma final com o Vasco, quem sabe não jogo uma em 2008 e não acaba com esse jejum?

Em 2004, você decidiu um título carioca contra o Vasco marcando três gols. Chegou a hora de ser campeão com a camisa cruzmaltina?

Em 2004, no Flamengo, eu tinha o Felipe em grande fase ao meu lado. Quem sabe não consigo um grande entrosamento ao lado do Edmundo e a gente não consegue esse título?

Você e o Edmundo são amigos. Qual a importância para você ter o Animal ao seu lado?

Acho que o Edmundo está mais calmo agora. Ele sempre foi um amigo, mas só agora estou tendo a oportunidade de jogar com ele. Sabemos do temperamento dele, mas ele tem carinho por todos no clube. Só no dia do jogo que ele não é muito de brincadeira. Ele sempre procura me ajudar, me chama para treinar finalizações depois da hora. O Edmundo chegou para mim e disse: "Se você trabalhar firme e vier junto comigo vai ter sucesso."

Depois do jogo contra o Cabofriense você mostrou um lado mais religioso. Entrou para a igreja?

Passei um ano difícil (2007), e vi quem realmente era meu amigo. Muitas vezes só a minha família estava ao meu lado. Comecei a freqüentar o Centro Evangelista em novembro do ano passado e estou firme. Acho que estou mais maduro. Ontem deu vontade de escrever "Jesus Cristo" no punho. Disse que, se entrasse, ia fazer o gol e consegui.

Quando o Jean estará pronto para começar como titular no ataque do Vasco?

Daqui a dois jogos acho que vou ter condições de jogar 90 minutos. Vou procurar o meu espaço, sempre respeitando as decisões do treinador e os outros jogadores. Não vim para o Vasco ficar no banco, coloquei isso na minha cabeça.

Algum sabor especial fazer aniversário no mesmo dia do Zico?

É legal, o Zico foi um grande jogador. Na época do Flamengo as pessoas sempre lembravam que fazíamos aniversário no mesmo dia.

Fonte: GloboEsporte.com


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