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| NETVASCO - 01/06/2007 - 01:51 - Sérgio Cabral fala sobre Eurico, clube-empresa e presidir o Vasco Sérgio Cabral Filho, governador do Rio, que assumiu o cargo em janeiro, foi peça fundamental para os Jogos Pan-Americanos. Quando chegou, o Maracanãzinho era uma das obras mais preocupantes. Hoje, está quase pronto. Nesta entrevista, Cabral fala sobre a concessão do Maracanã neste processo, sobre as relações com o presidente interino do Vasco e a profissionalização total do futebol. Como vascaíno, como viu a decisão do presidente interino do Vasco de vetar São Januário para o Pan? Eu não acompanhei este processo. Mas, é um estádio maravilhoso, que poderia ser utilizado. As relações com Eurico Miranda estão mais amistosas? Não é uma relação próxima, nem distante. Temos uma coisa que nos une: o Vasco. Posso discordar de seus métodos. Eu apoiei o Roberto Dinamite. Tudo tem um tempo de maturação na vida. Cuba é um país extraordinário e Fidel está como presidente há 50 anos. Eu fiquei oito anos como presidente da Assembléia Legislativa. Mas, você não pode se achar insubstituível. Tanto no Vasco, quanto em outros clubes, quanto em outras áreas. Eu acho que o Eurico já deu sua contribuição. Mas, tem que haver um rodízio. Isto é importante para as instituições. Em federações e confederações esportivas também? Tudo tem que passar por um rodízio. É a minha opinião. O futebol brasileiro ainda é amador demais? Minha opinião sobre futebol é a seguinte: eu acho que falta muito profissionalismo ao futebol brasileiro. Eu, como vascaíno, não teria nenhum problema se o Vasco tivesse uma empresa que fosse a dona da marca Vasco. Como acontece na Europa. Qual é o problema disso? O que é que isso fere o meu amor pelo clube? Isso é uma hipocrisia. Eu gostaria que o Vasco estivesse nas mãos de uma empresa privada, buscando lucros, a prosperidade e o lucro da empresa dona do Vasco. Quanto custa a marca? A meu ver, isso não era uma coisa a ser decidida pelos sócios do clube, que querem mergulhar na piscina e usar a sauna. O próprio Vasco já teve uma empresa investindo no clube... Mas, com esta lógica do clube. Se eu vou botar dinheiro no Vasco, eu quero gerir o clube, ter a capacidade de gestão, dizer quem eu compro, vendo, coloco como técnico, quem é o meu preparador físico. Quero discutir na Federação qual é o calendário ideal. A gestão da natação, dos outros esportes ficaria com o clube, mas o Estádio de São Januário e o futebol você licitava. Abria, avaliava o passivo, o lucro operacional, contratava uma empresa para avaliar minha marca. Quem é o dono do Arsenal, do Chelsea? Deixou de ter torcedor por ter um dono? Se quebrar, ele vende. Vai ter uma massa de consumidores em cima dele. Isso vai gerar movimentação na área social, pois vão querer captar atletas. É a mesma lógica do empresário de futebol. O empresário tem que existir, mas por que não se profissionalizou o clube também? O clube vai começar a investir em escolinhas profissionalizadas. Hoje, é feito isso de uma maneira amadora, rude. Esta idéia se aplica ao Maracanã? Claro que sim, guardadas as proporções. Não há um comprador do Maracanã. Por que o estádio não pode ter uma empresa que administre o Maracanã por um período? Certamente, ela vai querer torcedores. Vai fazer algo viável, assim como um cinema, um restaurante. Depois do Pan, nós vamos definir isso. O senhor planeja ser presidente do Vasco? É o meu sonho. Mas, se existir uma empresa, eu me habilito. Quero ser o presidente da empresa que vai comandar o Vasco. Senão, vou disputar a eleição. Veja bem: é justo que os destinos do futebol do Flamengo sejam definidos pelos moradores da Selva de Pedra (condomínio de prédios em frente ao clube)? Ali, é um playground dos moradores e de outros, como eu, que sou sócio. É justo que eu decida quem vai decidir a compra ou a venda do Obina? Quantos sócios votam no Flamengo e no Vasco? 3 mil? É um democratismo, uma distorção da democracia. Futebol é negócio. Eu vou votar para a manutenção da piscina, para a contratação dos professores de tênis. Se temos atletas de nível competitivo em outras modalidades, fazemos um núcleo profissional. Fonte: Lance |
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