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NETVASCO - 11/05/2007 - 01:20 - Brasileirão 2007: Confira análise do Guia de Placar sobre o Vasco

MENOR QUE O BAIXINHO

Clube põe o milésimo gol de Romário à frente do time no início do Brasileirão

Antes de pensar na estratégia para o Brasileirão, o Vasco tem uma prioridade: Romário e seu milésimo gol — como no Estadual, onde o então técnico Renato Gaúcho teve que engolir a decisão da diretoria de pôr o projeto do Baixinho à frente do grupo. Pelo menos até a segunda rodada, quando o Vasco faz o seu primeiro jogo em casa, contra o Sport, e Romário terá mais uma chance de marcar.

"Eu vou jogar o Brasileirão até marcar o milésimo gol. Depois, não sei", já cansou de repetir Romário. Enquanto isso, o Vasco vive a fase pós-Renato Gaúcho. O treinador deixou o clube depois do fracasso no Estadual e na Copa do Brasil. Para substituí-lo, o escolhido foi o também gaúcho Celso Roth, que teve uma espécie de ano sabático em 2006 e topou o desafio de trabalhar em São Januário com pouco dinheiro, jogadores limitados e instabilidade política — a oposição, de Roberto Dinamite, ainda tenta impugnar a eleição que manteve Eurico Miranda no cargo por mais três anos.

"Treinar o Vasco é um grande prazer. Analisei bem a proposta e concluí que podemos fazer um trabalho bastante consistente", afirma Celso Roth, que, é claro, já avisou que não será obstáculo ao projeto pessoal de Romário.

Com um time mediano, o Vasco tem reduzidas chances de ser campeão e, no máximo, brigará pela Libertadores. Os destaques continuam sendo Leandro Amaral, centroavante que se reinventou no futebol carioca; o meia argentino Conca, barrado durante o Estadual; e o também meia Morais.

Reforços? Sim, mas todos baratos, desconhecidos e que podem ser classificados de apostas. Além do goleiro Silvio Luiz, reserva no São Caetano, o Vasco contratou o zagueiro Breno, filho do ex-cabeça de área Zé do Carmo, além de Martin Carvalho (meia, ex-Inter) e Anselmo (atacante), que disputou o Carioca pelo Boavista. Ao torcedor vascaíno, só resta se resignar. Diante da expectativa de que mais dias ruins virão e que, mais do que nunca, será preciso pensar mil vezes antes de esperar grandes vitórias. Sinal dos tempos...

ESQUEMA TÁTICO: 4-4-2

A grande questão é se Romário vai ou não jogar. Sem ele, o time fica rápido e prioriza o contra-ataque. Com ele, muda tudo. Mas Celso Roth tem outros desafios. Arrumar uma defesa (com dois ou três zagueiros) que é uma peneira há anos. Encontrar alguma forma dos jogadores mais criativos do time, os meias Morais e Conca, jogarem juntos. 0 time, pelo menos, já tem uma base.

COTAÇÃO PLACAR

Chance de Título: Botafogo, Grêmio, Internacional, Santos, São Paulo

Rumo à Libertadores: Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Goiás, Palmeiras

De olho na Sul-Americana: Atlético-PR, Fluminense, Paraná, Sport

Candidato ao Rebaixamento: América-RN, Corinthians, Figueirense, Juventude, Náutico, VASCO

Fonte: Revista Guia 2007 Brasileirão - Placar