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NETVASCO - 24/11/2006 - 22:44 - Andrade foi revelado e dispensado pelo Santos

A melhor safra do Santos pós-Pelé, a geração Meninos da Vila, liderados por Diego e Robinho, valeu ao clube dois títulos brasileiros e mais de R$ 100 milhões aos cofres alvinegros. Mas poderia ter rendido mais. O volante Andrade e o atacante Bruno Moraes, que atualmente defendem Vasco e Porto, respectivamente, amargaram períodos de incertezas após seus desligamentos do time da Vila Belmiro, mas se supervalorizaram em 2006.

Um dos três indicados ao prêmio de melhor primeiro volante deste Brasileirão, Andrade tem contrato com o Vasco até o final do ano e é pretendido pelo São Paulo e pelo próprio Santos, além de ter seu nome cobiçado por clubes de Portugal e da Espanha.

Já Bruno Moraes retornou ao elenco Porto-POR após sofrer séria contusão. Ex-parceiro de Robinho nos tempos de clube Portuários (categoria infantil) e base santista, Moraes ambiciona naturalizar-se português para integrar a seleção comandada por Luiz Felipe Scolari, repetindo trajeto do meia Deco. O ex-avante do Santos completou sua quarta temporada no futebol português.

O pai e empresário de Moraes, o ex-jogador Aluísio Guerreiro, aponta dois motivos para o não aproveitamento de seu filho na equipe profissional: o fato de possuir, até então, a procuração do atacante Robinho, e uma suposta perseguição do técnico Emerson Leão, que dirigiu o Santos a partir do segundo semestre de 2002.

Guerreiro alega ter sido enganado pelo empresário Wagner Ribeiro no momento da venda da procuração de Robinho. A questão foi parar na Justiça. Para o pai de Moraes, o Santos teria manifestado veladamente apoio a Ribeiro e, portanto, podado o caminho de Moraes entres os profissionais.

"O Bruno foi minado lá dentro. Eles queriam de qualquer maneira a documentação do Robinho e acabou sobrando para o meu filho. Só espero que o mesmo não aconteça com o meu outro filho, o Juninho", criticou Guerreiro, em referência a Juninho Moraes, 19 anos, que defende atualmente o Santos sub-20.

"O Santos fala tanto em investir em jogadores, mas não dá a devida atenção à base. É um clube muito grande para depender de um empresário, como o Juan Figer, que traz sete, oito jogadores em um só ano", frisou. O Iraty-PR, clube que cedeu vários atletas ao Santos em 2006, tem como um de seus controladores o uruguaio Figer.

Sobre o suposto desgosto de Leão com Bruno Moraes, o empresário do atacante não tem dúvidas de que o técnico fez o possível para 'fritar' o jogador, que chegou a subir ao time principal, ao contrário de Andrade.

"O Bruno foi renegado pelo técnico Leão. Ele nunca colocava o Bruno nos jogos. Na única vez em que meu filho entrou para defender o Santos, o time perdia por 3 x 0 para a Ponte Preta, na Vila Belmiro. Imagine se a torcida não estava insatisfeita com a equipe. É lógico que ele fez isso para queimar o Bruno", relata.

Para o empresário, a prova concreta de que Bruno deveria procurar outro clube ocorreu na fase final do Brasileirão-02, quando Leão puxou outros atletas muito menos badalados, entre eles os atacantes William e Douglas.

"A reação do Bruno foi de total desapontamento quando ele viu que não tinha espaço, por mais que ele se esforçasse. Ele era o artilheiro do time de base, com participação em todas as categorias da seleção brasileira de base e, no momento tão sonhado de servir o principal do Santos com aquela geração, foi excluído do time, sendo que todos os reservas do ataque de baixo estavam lá [William e Douglas]", criticou Aluísio.

Em contato com a reportagem do Pelé.Net, a diretoria do Santos informou que não se pronunciaria a respeito dos desligamentos de Andrade e Bruno Moraes.

Celso Roth "dispensou" Andrade

Um ano antes da saga da geração batizada de Meninos da Vila, que estouraria ao conquistar o título do Brasileirão, a equipe Sub-20 do Santos tinha como principais promessas Andrade, Bruno Moraes e o meia Diego; destes, apenas Diego vingou no clube. O zagueiro Alex, por exemplo, ainda pertencia ao Juventus-SP, enquanto Robinho ainda era aproveitado no Sub-17.

Capitão do Sub-20 santista em 2001, em seu último ano como jogador da base, Andrade tinha seus direitos federativos presos ao Mirassol-SP, cuja multa estava avaliada em R$ 300 mil, menos de dez vezes o valor da atual multa rescisória do atleta.

À época, a diretoria santista, após consulta com a comissão técnica do time principal, então comandada por Celso Roth, decidiu descartar o pagamento da multa e liberar o jogador. Na avaliação do clube, o investimento em Andrade seria pouco proveitoso, visto que o time tinha como maior aposta o volante Paulo Almeida, da mesma posição, da mesma idade, e promovido meses antes.

O prestígio Paulo Almeida era tanto que o atleta assumiu a titularidade do time principal, sendo o capitão da conquista do Brasileirão-02, onde se tornou o mais jovem jogador a levantar o troféu nacional - 21 anos.

Sem espaço no Santos, Andrade retornou ao Mirassol, negociado posteriormente para o Santa Cruz, onde conquistou a segunda colocação da Série B de 2005. A boa atuação pelo clube recifense despertou o interesse do Boavista e Leiria, de Portugal. Contudo, Andrade fechou com o Vasco em 2006. O flerte da equipe de São Januário em Andrade começou em 2001 -quando o meio-campista ainda defendia o Santos- durante excursão dos times juniores santista e cruzmaltino para a Angola.

O Pelé.Net procurou o meio-campista Andrade, mas o jogador segue cumprindo as ordens da diretoria do Vasco, que proíbe entrevistas de seus atletas mais jovens. Somente jogadores experientes possuem permissão para conceder entrevistas, entre os quais Ramón e Leandro Amaral.

Fonte: Pelé.Net




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