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NETVASCO - 11/05/2006 - 07:28 - Amigos, Edilson e Oswaldo de Oliveira duelam

A amizade entre Edílson e Oswaldo de Oliveira nasceu durante o Campeonato Paulista de 1998, num ambiente tenso como o confronto entre Vasco e Fluminense hoje, às 20h30m, no primeiro jogo pelas semifinais da Copa do Brasil. Na época, afastado por Vanderlei Luxemburgo no Corinthians por se envolver numa confusão com um policial, Edílson passou um mês treinando separado, cabisbaixo e sem muitas perspectivas. Foi quando teve a idéia de pedir ajuda a Oswaldo, então auxiliar de Vanderlei. Da mão estendida naqueles dias de ostracismo surgiu uma sólida amizade acima de qualquer rivalidade, como a que dividirá o Maracanã hoje.

— Eu estava mal, sem jogar. Conversei com o Oswaldo que queria dar a volta por cima e pedi para que ele me treinasse, me trouxesse de volta para o grupo. Ele me ajudou, fomos campeões e sempre me dirigia a ele quando tinha algo me incomodando. Quando o Vanderlei saiu e o Oswaldo assumiu, fiquei com o moral elevado no clube — relembra.

Ao falar do atacante, Oswaldo até deixa de lado por instantes a expectativa que cerca o confronto. Apesar da competição e do profissionalismo, o futebol para Oswaldo tem que ser visto com uma diversão saudável.

— É bom falar nisso, porque já está passando do limite. No Brasil, há coisas muito mais importantes, que dizem respeito aos interesses sociais, comunitários. Futebol é uma paixão, ninguém quer perder, mas tem que ser de uma forma saudável — disse o técnico do Fluminense. — Edílson foi fundamental na minha afirmação como técnico. Para mim, é um jogador inesquecível.

Inesquecíveis para ambos são as histórias que protagonizaram. Além do Corinthians, pelo qual conquistaram títulos Estadual, Brasileiro e Mundial de Clubes, Edílson e Oswaldo trabalharam juntos no Flamengo (2003) e no Vitória (2004).

— O Oswaldo é um cara muito sentimental, que está sempre procurando ver o lado do jogador. Em 2000, ele ficou mal por ter de cortar o zagueiro Neném do Mundial. Depois do corte, o Oswaldo veio desabafar. Nunca vi uma criança chorar daquela maneira. Um rio de lágrimas. Tive de dar água com açúcar para ele.

Sentimental também para entender a origem humilde das grandes estrelas do futebol. Talvez por isso Oswaldo hoje seja respeitado pela capacidade de integrar grupos:

— Não sou paternalista, apenas procuro entender o jogador. Como posso exigir um comportamento exemplar de um pessoa como Edílson, que veio da pobreza e foi enganado por empresários no começo da carreira? Tenho de compreender os valores dele.

Oswaldo lembra que contou com a mediação de Edílson para mobilizar Rincón e Marcelinho em torno do grupo na campanha vitoriosa de 1999.

— Diziam que eram estrelas antagônicas e meu primeiro passo foi reuni-los e dizer que juntos eram insuperáveis.

O companheiro de vitórias foi também o de situações curiosas. Na malsucedida passagem de ambos pelo Vitória, Oswaldo teve alguns problemas com seu anfitrião:

— Convidei o Oswaldo para um almoço na casa da minha sogra. Ele comeu meio boi assado, saiu de lá pesadão. Aí eu fiz com que ele fosse conhecer minha casa de shows. Só que estava lotada. A caminho do camarote, era banda tocando, Oswaldo suando de óculos e o povo agarrando-o. Eu morria de rir e ele não agüentou ficar nem três minutos na boate.

Bem a seu estilo provocador, Edílson afirma que o amigo estará em desvantagem no duelo particular de hoje:

— Somos amigos, mas desta vez tomara que o Oswaldo fique pelo caminho. E eu ainda tenho a vantagem de poder decidir dentro de campo.

Fonte: O Globo




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