.

Faq Entre em Contato Página Principal
Home | Notícias


NETVASCO - 19/02/2006 - 12:43 - Renato Gaúcho tenta aconselhar Valdiram

Assim como o Vasco, Valdiran quer iniciar a Taça Rio deixando os problemas do passado para trás. Hoje, às 16h, no jogo contra a Portuguesa, em São Januário, o atacante de 23 anos, que teve uma infância pobre em Canhotinho-PE, será apresentado à torcida vascaína e pela primeira vez fará dupla com Romário, que hoje completa 500 jogos pelo clube e 1.200 na carreira.

— Fico contente de jogar ao lado do Romário e espero ajudá-lo a fazer gols. Sempre tive boas atuações dentro de campo por onde passei e espero que seja assim no Vasco — disse o jogador, confiante.

Desde que foi contratado e veio à tona seu passado de confusões, com três passagens pela polícia, Valdiran convive com as suspeitas sobre a seu comportamento. Até agora, tem sido impecável dentro e fora de campo. Na estréia, contra o Botafogo-PB, mostrou seu potencial para criar jogadas em velocidade no ataque. Apesar do pouco tempo de clube, o Vasco já é sua casa. Valdiran mora na concentração de São Januário, onde ficará até encontrar apartamento para viver com a mulher, Fernanda, e a filha, Letícia, de dois anos.

— Se foi verdade o que disseram a seu respeito, pouco importa. Mas se pisar na bola no Vasco, aí vai ter sérios problemas. Aprontou, vai embora — alertou Renato Gaúcho.

Há uma preocupação enorme em São Januário com as pressões sobre Valdiran. Ele receberá atenção especial dos psicólogos para não se deixar seduzir pelas tentações da cidade grande. De Renato, já recebeu alguns conselhos bem-humorados para não se deslumbrar com o assédio.

— Cuidado que muitas olham para a camisa, não olham para a lata (rosto). A camisa do Vasco é bonita, atrai. A lata do jogador, nem sempre — disparou.

Valdiran quer conhecer o Cristo Redentor, a praia da Barra da Tijuca, mas, na lista de prioridades, será apresentado a uma escola antes. Em Canhotinho, ele perdeu a mãe, aos 9 anos. O pai largou os três filhos para viver com outra mulher e Valdiran foi criado pela tia, Lourdes. Com um salário mínimo, ela tinha de sustentar seis filhos. Se mal sobrava para a alimentação, gastos com livros e uniformes escolares estavam totalmente descartados. Valdiran mal aprendeu a assinar o próprio nome, mas agora quer recuperar o tempo perdido.

— Tenho que encarar os livros. Minha infância foi muito difícil. Não tive a escola que muitos tiveram, mas agora espero ir mais longe.

Na partida de hoje, Romário volta no lugar de Róbson Luiz. Abedi continua no meio, com Ramon no banco.

Fonte: O Globo



Comente essa notícia no FÓRUM NETVASCO | Converse sobre essa notícia no CHAT NETVASCO

NetVasco | Clube | Notícias | Futebol | Esporte Amador | História | Torcidas
Mídia | Interativo | Multimídia | Download | Miscelânea | Especial | Boutique