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NETVASCO - 29/01/2006 - 10:30 - Romário 40: Artilheiro se resume como um homem feliz

Maior artilheiro do mundo em atividade, ídolo do futebol brasileiro, tetracampeão mundial. Pai de seis filhos, casado e morando no Rio de Janeiro, cidade que ama e que o deixa perto de seus pais e amigos. Com este resumo de vida, o agora quarentão Romário resume suas sensações com uma simples frase: "Eu sou feliz".

No dia 29 de janeiro de 1966, nascia, no Rio de Janeiro, Romário de Souza Farias. Anos mais tarde, o garoto se tornaria um dos jogadores de futebol mais conhecidos do mundo, e principalmente do Brasil. Hoje, aos 40 anos, o Baixinho continua sendo um dos mais respeitados dentro de campo.

"Dizem que a vida começa aos 20 anos, aos 30. Muitos dizem que é aos 40. No meu caso começa a qualquer hora. Tenho uma grande mulher, seis filhos lindos, pai e mãe saudáveis. Eu sou feliz. Tenho uma grande família e fiz grandes amigos. Na minha profissão não consegui tudo que almejei, mas 80, 90%", declarou Romário.

Apesar de dizer isso desde os 28 anos, Romário está cada vez mais próximo de parar de jogar e este deve realmente ser o último ano de sua carreira. Mesmo tendo que deixar de fazer o que mais gosta - jogar futebol - por causa da ação do tempo, o experiente atleta garante que envelhecer não o preocupa.

"Não tenho medo de envelhecer, mas sou uma pessoa comum. Tenho medo de cachorro, porque quando era pequeno fui mordido por três de uma vez só. Apesar de já ter viajado muito, continuo com medo de avião. Tenho medo de peixe com espinha também, porque quando era criança engasguei com uma", brincou, o jogador, que discorda de que diz que será um velho rabugento: "Dizem que vou ser um velho chato, mas eu não concordo não".

Além de não temer envelhecer, o atacante também não tem medo de abandonar o futebol sem as mesmas glórias do passado. Para muitos, a melhor decisão teria sido parar no último ano, quando, aos 39 anos, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro.

"Muita gente disse para eu parar ano passado, artilheiro. Mas não quis. O ideal seria parar campeão, porque artilharia é uma vitória pessoal, e futebol é coletivo. Não tenho medo de não terminar por cima. Já passei, há alguns anos, da fase de me preocupar com o que pensam. Quem me conhece sabe o que sou", disse, respeitando também seus críticos.

"Eu respeito as opiniões, quem tem boca é para falar. Mas eu vou continuar. Eu vivo de gols. Hoje mais ainda. Não pensei há seis anos atrás que ia estar jogando", completou.

Se hoje Romário leva uma vida confortável, graças à fortuna conquistada durante os mais de 20 anos de carreira, o início de sua vida foi recheado de dificuldades. Nascido na favela do Jacarezinho e criado na Vila da Penha, o jogador deve muito a seu Edevair e dona Lita, seus pais.

"Sou favelado mesmo e me orgulho disso. Ouço as pessoas falarem 'comunidade', mas acho 'favela' uma palavra até mais bonita. Meus pais deram muito duro para eu estar onde estou. Minha história todo mundo já conhece. E por esse começo, seria até ingratidão não ser feliz", afirmou o Baixinho, que não acha que foi muito cedo para o exterior, apesar das dificuldades encontradas.

"Minha ida para o PSV não foi precoce. Se fosse hoje, seria até tarde. Fui para a Holanda com 22 anos. Tive muita dificuldade com a língua, e o clima. Imagina um favelado do Jacaré indo direto para Eindhoven pegar um frio de 21 graus negativos. Mal falava português, imagina holandês. Mas acabei me dando muito bem por lá", brincou mais uma vez.

DONA LITA

Aos 40 anos, Romário já falou que este deve ser o último ano de sua carreira. Entretanto, não é a primeira vez que o jogador dá essa declaração, voltando sempre atrás. Segundo o atacante, porém, um dos maiores "entraves" para sua aposentadoria tem nome: dona Lita, sua mãe.

"Quem mais sabe sobre minha carreira é minha mãe. Eu digo que vou parar, ela diz para eu continuar. Pode ser esse ano, ou o ano que vem, vamos ver", afirmou o atacante, botando em dúvida sua aposentadoria. O Baixinho lembrou que a pressão para seguir não vem só de sua mãe.

"Sempre que falava que ia parar, ela [a mãe] pedia para eu jogar mais um pouco. Ela é uma das pessoas que não me deixavam parar. Meu pai e meu irmão também. Como os atacantes que estão por aí são muito fracos, eu continuo jogando", brincou o tetracampeão.

IVY

Sempre muito polêmico e irreverente, Romário muda o tom de seu discurso quando fala da filha Ivy. Nascida no dia 17 de março de 2005, a sexta filha do jogador tem Síndrome de Down.

"Minha filha que vai ficar ao meu lado para o resto da vida. As pessoas têm de encarar a Síndrome de Down com naturalidade. Faz parte da vida. Amo a Ivy como todos os outros filhos. Ela só precisa de um pouco mais de atenção", disse o Baixinho, que considera a carreira política para poder ajudar outros portadores da síndrome.

Fonte: Pelé.net


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