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NETVASCO - 26/10/2005 - 08:38 - Ação de Júnior Baiano levou Vasco a oferecer penhora de estádio

Ao mesmo tempo em que ajudou o Vasco a ver o rebaixamento mais de longe, Júnior Baiano, também involuntariamente, está dando dor de cabeça ao clube. A Carital Brasil Ltda., empresa que assumiu direitos da Palmeiras Futebol S/A, está cobrando na Justiça pouco mais de R$ 8 milhões referentes ao pagamento de parte dos passes do zagueiro e do atacante Viola, comprados em 1999. Por causa desta ação, a diretoria ofereceu em penhora um dos maiores orgulhos do torcedor vascaíno, o Estádio de São Januário.

A Carital cobra, na 7ª Vara Cível de São Paulo, duas parcelas do passe de Viola, num total de R$ 864.564,72, e sete do de Júnior Baiano, que somam R$ 7.219.835,70 — incluindo aí juros e correção monetária. Com a dívida em fase de execução, o Vasco deu, no último dia 18 de julho, o seu estádio como garantia de pagamento, o que não foi aceito pela empresa credora. Ela pediu a penhora de 30% dos direitos de transmissão de TV do clube e a Justiça deferiu 5%.

— Oferecer a penhora de São Januário foi um artifício jurídico. Já fizemos isso outras vezes. Nosso estádio não será levado a leilão — afirma o advogado e presidente do Conselho Deliberativo do clube, João Carlos Ferreira Gomes, que assinou o oferecimento de penhora.

O Vasco ainda está contestando a dívida, alegando, entre outras coisas, que a Carital não tem legitimidade para cobrá-la. A empresa anexou ao processo os documentos de cessão dos créditos dos passes de Viola e Júnior Baiano por parte do Palmeiras. Também estão anexadas cópias de notas promissórias, no valor de US$ 300 mil, assinadas em 2000 pelo então presidente Antônio Soares Calçada e avalizadas pelo atual, Eurico Miranda, na época vice-presidente de futebol.

No último dia 16 de agosto, a Carital entregou um requerimento à 7ª Vara Cível em que recusa o estádio como penhora por várias razões. Em primeiro lugar, lembra que o Vasco não cumpriu o prazo legal de 24 horas para nomear seus bens à penhora, que era até o dia 12 de julho. Depois, afirma que o clube não comprovou documentalmente a propriedade do bem nem informou se já recai sobre ele alguma restrição. Por fim, não apresentou uma “avaliação idônea” do valor do estádio.

— Se o Vasco oferecer São Januário como penhora de todas as suas execuções, o estádio garante todos os pagamentos e ainda sobra muito dinheiro — garante João Carlos Ferreira.

O Movimento Unido Vascaíno (MUV), de oposição à atual diretoria, informou que vai enviar a todos os conselheiros uma cópia dos documentos relativos ao processo que corre na Justiça paulista, pedindo providências legais cabíveis. Com base no parágrafo segundo do artigo 81 do estatuto do clube, eles alegam que a diretoria errou ao não consultar o Conselho Deliberativo antes de oferecer a penhora.

— Mostrar estes documentos aos conselheiros é uma forma de dar mais transparência às coisas do Vasco — afirma o presidente do MUV, José Henrique Coelho.

Procurados pelo GLOBO, os advogados da Carital não foram encontrados.

São Januário é um dos grandes orgulhos da torcida vascaína não só por sua beleza como também pela forma com que foi construído. O estádio, o segundo maior do Estado do Rio, é fruto de uma histórica campanha de arrecadação de recursos entre associados e torcedores do clube. Depois de vencer várias dificuldades, entre elas a de importar cimento da Europa, o Vasco inaugurou São Januário em 21 de abril de 1927 com a presença do então presidente da República, Washington Luís.



Fonte: O Globo


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