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NETVASCO - 25/10/2005 - 08:06 - Bicho é triplicado, mas funcionários têm salários atrasados

Técnica e administrativamente, a rotina do Vasco reproduz o dilema do cobertor curto. O time está invicto há 11 jogos em casa mas não vence fora faz seis jogos; tem o sexto melhor ataque e a segunda pior defesa do Brasileiro. Nos últimos meses o clube também oscila entre a ameaça de rebaixamento e o sonho remoto da Sul-Americana. Sempre que se afasta de um extremo, descobre que pode acabar no outro. Para motivar os jogadores antes do jogo contra o Flamengo, a diretoria triplicou o prêmio por vitória. Na festa pela vitória, sobrou o lamento dos funcionários, com dois meses de salários atrasados.

Com dificuldades, o Vasco tenta manter a ordem em casa. Depois de quatro empates seguidos em São Januário, o time venceu os clássicos contra Botafogo e Flamengo e amanhã tenta a terceira vitória seguida contra o Santos. A desconfiança de semanas anteriores deu lugar a sensação de supremacia. Nos 12 jogos em que comandou o time em casa, o técnico Renato Gaúcho só perdeu o primeiro, para o Corinthians. Desde então, foram seis vitórias e cinco empates.

— Antes, o adversário batia na gente aqui e ficava por isso mesmo — disse o apoiador Morais, que volta ao time amanhã, após cumprir suspensão. — Com o Renato, a gente passou a se impor mais. Agora é diferente.

Dizendo ainda exausto pelo desgaste emocional da semana passada, Renato oscila entre o alívio e o alerta. Enquanto elogia o bom momento do time e mantém esperanças de chegar à Sul-Americana, descobre que a realidade é outra:

— Não ganhamos nada, quatro pontos fora da zona é pouco. O sinal de alerta continua — disse Renato que confirmou a entrada de Jorginho Paulista no lugar de Diego, suspenso. — O ano está acabando, avisei aos jogadores que a última impressão é a que fica.

Fonte: O Globo


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