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NETVASCO - 10/06 - 01:30 - Karatê: Fernanda Monturil quer ver esporte no Pan 2007

Não basta ser uma. É pouco. Ela é múltipla, tem várias atividades. Luta, salta e dá socos. Também posa, desfila e encanta com olhar misterioso, cativante. Mas longe de ser uma dondoca, a carateca Fernanda Monturil é também executiva do Minstério dos Esportes, em Brasília, onde trabalha em projetos sociais e esportivos.

Campeã das Américas, com cinco títulos sul-americanos, cinco nacionais e quatro brasileiros universitários, acertou em maio com o Vasco. Mas continuará morando em Brasília. Os objetivos são o Campeonato Carioca, em agosto, o Sul-Americano em Porto Alegre, em setembro, e o Brasileiro, em Brasília, em outubro. Quer disputar o Pan-Americano-2007, no Rio, se o caratê for confirmado.

— Trabalho no ministério com projetos esportivos e sociais, em parceria com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos. O esporte é o principal instrumento de inserção social de crianças e adolescentes. Já tive contatos com o Vasco e com Bebeto de Freitas, do Botafogo, a quem conheci no ministério. O Vasco já tem um projeto social-esportivo e pode receber recursos do governo. Seria algo benéfico ao clube, às crianças e ao governo — declara ela.

Natural de Goiânia, mas radicada em Brasília desde a infância, Fernanda, de 33 anos, começou tarde no caratê, aos 24, levada para o tatame pela amiga Gabriela, que deixou o esporte. Fernanda, porém, continua no esporte. Muito do que aprendeu agradece aos caratecas Célio Renê e Altamiro Cruz, o Didi.

— Eu me apaixonei pela filosofia do caratê e achei o máximo o katá, a luta imaginária. Que coisa linda! Mais tarde, identifiquei-me com o kumitê, a luta real. Canalizei toda minha agressividade para o esporte. O atleta tem de ser agressivo. É o que o faz lutar pelo ouro — explica ela, que disputou torneios no exterior e treinou no Japão, no sopé do Monte Fuji.

Atleta espera ver caratê confirmado no Pan-2007

Dedicada, treina três horas por dia. Quando estiver em Brasília, Fernanda vai seguir a seqüência de treinos passada pelo técnico Manoel Varela, do Vasco.

— Na nossa equipe, há muitos jovens de futuro. É um grupo forte. Estou em fase de namoro com a cidade e virei ao Rio sempre que puder — diz ela, fã de Maria Cecília Maia, a Ciça, também vascaína, bicampeã mundial (1992 e 1998) e pentacampeã sul-americana.

Fernanda torce para o caratê ser confirmado no Pan-2007, já que nesse esporte o Brasil tem 19 medalhas nos Jogos, em 1995, 1999 e 2003, sendo três ouros.

— O caratê é decisivo para o Brasil. Traz ouros a cada Pan. Mas a desunião (há mais de uma federação mundial e nacional) enfraquece nosso esporte. Com investimento e trabalho, o caratê crescerá no país — prevê.

Na adolescência, foi modelo. Formada em administração com especialização em marketing esportivo, a carateca posa para fotos e dá um toque feminino a seu esporte.

— O mestre Machida ensina que temos de nos arrumar para um campeonato, porque é um evento, uma celebração. Quando lutei no Japão, usei, no rabo de cavalo, fitas em verde e amarelo. Expor adequadamente minha imagem é positivo para o esporte — argumenta.

Fernanda é assim. Cultiva seu lado guerreiro, sem perder o jeito feminino. Ou, como escreve Rita Lee em “Cor de rosa-choque”: “Nas duas faces de Eva/A bela e a fera.”

Fonte: O Globo


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