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NETVASCO - 08/05 - 23:41 - Entrevista com Amâncio Cezar, presidente de honra da TOV

Nascida nas sociais do clube em 1942 para só depois chegar às arquibancadas, a TOV – Torcida Organizada do Vasco mantém nesses 63 anos suas principais características, de idealismo amador, dedicação integral e participação efetiva em quase todos os eventos esportivos e sociais cruzmaltinos.

“Não somos uma torcida criada para o time de futebol apenas, somos uma organizada que torce pelo clube em todas as suas dimensões, não importando se concordamos ou não com as diretorias de cada época, porque colocamos o Vasco acima das vaidades e interesses pessoais!”, proclama o presidente de honra da TOV, professor Amâncio Cezar.

A desambição pessoal dos integrantes da TOV pode ser avaliada pela falta de disputa pelo poder ou cargos de direção: em toda a sua existência, teve apenas quatro presidentes administrativos – o fundador De Lucca, a saudosa Dulce Rosalina, o próprio Amâncio e agora David Oliveira Santos.

Descendentes diretos de portugueses, o que muito o orgulha, o professor Amâncio Cezar diz que só sente uma frustração: nem todos os integrantes da TOV são sócios do Vasco. Isso ele atribui às dificuldades financeiras da maioria e à desigualdade de rendas, mas acredita que a TOV um dia conseguirá, quando o Brasil melhorar, fazer com todos os seus adeptos sejam também sócios do Vasco.

“De qualquer forma, todos trabalhamos para engrandecer ao clube, participando efetivamente dos eventos esportivos, em quase todas as modalidades, e dando nosso apoio onde se fizer necessário, até mesmo para superar todas as injustiças assacadas contra o clube, em toda a sua existência”, ressalva o educador. Cita, por exemplo, a discriminação nos anos 20, quando o Vasco precisou construir um estádio com recursos próprios, e agora mesmo, quando o clube consegue manter-se como diferença nacional, apesar de todas as campanhas e cercos financeiros e institucionais.

“A grandeza do Vasco está nesses vascaínos anônimos que, ano após ano, ajudam o clube a vencer os inimigos de fora e de dentro. Cada vascaíno de verdade contribui da melhor forma que pode, torcendo, vibrando, doando-se ou dedicando-se ao seu ideal esportivo, que é o Vasco da Gama”. E a TOV, segundo o professor Amâncio, tem e terá sempre um papel importante, porque mantém o propósito para a qual foi criada, de torcer pelo Vasco, de torcer pelo clube, sejam em que circunstâncias forem.

”Nós somos a segunda facção de torcida organizada criada no País, pois surgimos um ano depois da fundação da Charanga do Jaime de Carvalho (do rival), mas continuamos existindo e crescendo à medida que cresce a torcida do Vasco”, acrescenta.

Como torcedor, o presidente de honra da TOV fala também de seus ídolos, Roberto e Romário, principalmente, e do jogo do Vasco que o marcou. Provocado a esquecer da decisão do Mercosul, ele confessa que não iria falar sobre o dramático 4 a 3, mas sim de outra partida que tem tudo a ver com a TOV: a vitória sobre o Bangu, no último minuto, que deu o título ao Vasco naquele campeonato que o clube foi sabotado pelos outros três ditos grandes (Flamengo, Botafogo e Fluminense), espezinhado pela imprensa e outros detratores: quando faltavam cinco minutos, apagaram as luzes do Estádio Proletário e, quando o jogo foi reiniciado, contra a vontade dos inimigos, Mauro Galvão tocou de cabeça e correu para a Volta Olímpica...

Sobre Roberto, Amâncio lembra que ficava no Maracanã, após os jogos, catando exemplares do Jornal dos Sports, para recortar o cupom e fazer do jogador o craque do campeonato. Ele e mais alguns integrantes da TOV. “Foi um trabalho de torcedor, foi uma vitória do Vasco”. Sobre Romário, diz que, a par das qualidades técnicas, o craque demonstrou profundo respeito pelo clube que o projetou para a fama, jogando sem reclamar de atrasos de salários naquele período difícil e, ao contrário, até emprestando dinheiro ao Vasco. “Demonstrou respeito e gratidão, que muita gente de hoje não tem, trocando de camisa ao primeiro aceno de mais algum dinheiro e esquecendo de investimentos que o clube fez, como aconteceu com um jogador que recebeu muitos meses quando estava sob cuidados médicos e, na primeira oportunidade, abandonou o barco.”

Este é apenas um pouco de Amâncio Cezar, professor aposentado da UERJ (em visas de aposentar-se também pela Secretaria Municipal de Educação), presidente de honra da TOV, Grande Benemérito do Vasco, pelos relevantes serviços prestados ao clube. Principalmente como torcedor, título e credencial que ele julga mais importantes.

Fonte: Jornal do Casaca



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