Netvasco - 21/04 - 14:22 - Entrevista de Gislaine Nunes no Jô irrita diretoria do Vasco

Confira carta enviada pela diretoria do Vasco ao Programa do Jô, da TV Globo:

Carta enviada ao Programa do Jô
Assunto: Entrevista da dra.Gislaine Nunes no programa do dia 19/04

Senhor Jô Soares
Senhores Editores do Programa do Jô

Foi com perplexidade que acompanhamos a entrevista concedida pela dra. Gislaine Nunes a este conceituado programa no dia 19/04. Dada a gravidade das suposições e acusações, algumas delas veladas e outras diretas, não poderíamos deixar de prestar alguns esclarecimentos e fazer algumas observações:

- O Club de Regatas Vasco da Gama é uma instituição centenária com relevantes serviços prestados ao esporte e à sociedade brasileira. Alguns exemplos marcantes: o Vasco foi o primeiro clube no Brasil a lutar contra o preconceito, abrindo as portas do futebol para negros, pobres e operários, algo inimaginável no início do século XX; ainda hoje o Vasco confirma a sua vocação social, mantendo escola, apoio psicológico e médico para crianças e adolescentes carentes dentro das instalações do clube.

- Por estes e por tantos outros serviços prestados, acreditamos que merecemos respeito.

- Na entrevista concedida pela dra. Gislaine estranhou-se, a princípio, que apenas uma instituição e um dirigente fossem citados pejorativamente: o Vasco e seu Presidente.

- Após cita-los a dra. Gislaine, fazendo acusações veladas mas que ficaram subentendidas, discorreu sobre alguns aparentes acontecimentos fantasiosos que nada têm a ver com o Presidente do Vasco, homem reconhecidamente polêmico mas alheio à covardia.

- Seguindo com sua explanação, a dra. Gislaine faltou com a verdade em duas oportunidades, quando se referiu às ações movidas por ela e alguns jogadores: a ação do atleta Juninho Pernambucano teve decisão final favorável ao Vasco, que foi ressarcido em parte pela transferência do jogador em 2001; a ação em relação ao jogador Juninho Paulista ainda está em curso.

- A dra. Gislaine, de forma oportunista, citou outros jogadores, mas aproveitando o desconhecimento de muitos, não informou que estes não eram atletas do Vasco. Ou seja, da forma como conduziu seu depoimento, todos os atletas citados pareceram estar acionando um único clube: o Vasco.

- A dra. Gislaine esqueceu de fazer alusão a um caso que teve muita repercussão no ano passado: o do goleiro Fábio, então jogador vascaíno. Após quatro meses afastado e lutando contra o clube na Justiça por influência dela, após quatro meses de recursos derrotados, o atleta não teve outra opção: voltar ao Vasco, de onde se transferiu posteriormente. Um hiato em sua carreira brilhante no exato momento em que começava a integrar listas de convocação para a seleção brasileira. A ação, é bom que se diga, foi derrotada por absoluta falta de argumentação da parte representada pela dra. Gislaine.

- Lamentamos que, dando vazão ao ódio pessoal, a dra. Gislaine tenha usado de fantasias tão grotescas, atrelando-as a sugestões e acusações levianas, conduzindo sua entrevista, que poderia ser esclarecedora, a um patamar de vulgaridade jamais visto no excelente Programa do Jô.

- Em face das acusações seríssimas, em face da tentativa deliberada de agressão ao clube, gostaríamos imensamente que este programa, sua editoria e seu não menos conceituado apresentador, oferecessem a oportunidade de réplica ao quadro de dirigentes do clube, vascaínos profundamente atingidos pelas citações maldosas, desprovidas de verdade e sem provas capazes de confirmá-las. Além de atingirem a instituição, tais insinuações e afirmações atingem as suas relações comerciais. Milhões de vascaínos aguardam que, também neste caso, prevaleça a tão decantada democracia.

Cordiamente,

João Carlos Nóbrega de Almeida
2º Secretário do Conselho Deliberativo

Eurico Angelo de Oliveira Miranda
Presidente do Club de Regatas Vasco da Gama

Fonte: Site oficial do Vasco