.

Faq Entre em Contato Página Principal
Home | Notícias


Netvasco - 11/08 - 04:49 - Em 94, o pau quebrou entre as torcidas de Vasco e Santos em SJ

Há quase 10 anos, em 11 de setembro de 1994, as torcidas de Vasco e Santos se enfrentaram por vários minutos nas arquibancadas e no gramado de São Januário no intervalo do jogo Vasco 0 x 0 Santos. Confira matéria publicada pelo Jornal do Brasil na época do episódio:

A maior agressão foi ao futebol

Medo, covardia, vergonha. Isso foi o mínimo reservado aos que foram ontem a São Januário ver futebol. A batalha campal entre as torcidas de Vasco e Santos, que resultou em mais de uma dezena de feridos graves, foi uma agressão literal ao futebol, que não podia sair do 0 a 0. A tarde foi tão triste que, em campo, o principal acontecimento foi uma violenta torção de tornozelo de Ricardo Rocha.

O caos instalou-se no intervalo, que durou 54 minutos. Após uma confusão entre soldados do 4º Batalhão da PM e um torcedor do Santos, os torcedores paulistas pularam o alambrado e invadiram o gramado agredindo quem estivesse pela frente. A torcida Força Jovem também invadiu para agredir os santistas e proteger o patrimônio do Vasco _ os visitantes foram em direção à piscina. O fotógrafo Jorge William, de O Globo, teve seu equipamento danificado, assim como o carro do repórter Ridel Alves, da Rádio Tamoio.

Após mais de meia hora em que os poucos policiais tentavam decidir por onde começar a agir, a comandante do policiamento no estádio, tenente Ingrid, explicava. "A violência entre torcidas é normal. Fizemos o que nosso planejamento previa" , disse a policial, que não quis dizer qual era seu efetivo.

Naquela altura, o presidente da Federação de Futebol do Rio, Eduardo Viana, batia boca com o atacante Guga. "A situação está normal. Vai ter jogo, não adianta querer abandonar o campo" , gritava o dirigente. Às 17h42, já com os santistas isolados pela polícia na Editora Brasil-América, ao lado do estádio, a tenente informa ao árbitro que o Batalhão de Choque da PM havia chegado e a situação estava normalizada. Talvez por isso o vice de futebol do Vasco, Eurico Miranda, tenha garantido que São Januário não será interditado e que não há ninguém a ser punido.

Santistas apanham e ficam internados

Quatro torcedores do Santos, dois deles em estado grave, com traumatismo craniano, ficaram internados no Hospital Souza Aguiar e não tiveram autorização médica para voltar com seus companheiros para São Paulo. Outros quatro, vítimas da briga em São Januário com torcedores do Vasco, foram liberados na noite de ontem e puderam viajar.

O caso mais grave constatado pelos médicos foi o de Ademir Estevão Espisipo, 19 anos, com fraturas na perna direita e traumatismo craniano, tendo ficado inconsciente por várias horas, já no hospital. Wellington Carvalho Viana, 17 anos, também sofreu traumatismo craniano, mas recuperou a consciência logo após ser atendido. Outros casos graves foram os de Eduardo Bezerra, 14 anos, com um corte profundo na cabeça, e Márcio Pereira, 17 anos, com fratura de nariz e escoriações generalizadas no rosto.

O torcedor Ricardo Alexandre Marques, 18 anos, um dos atendidos com ferimentos leves e liberado, disse que os santistas foram vítimas da torcida vascaína "Força Jovem", ressaltando que poderia ter ocorrido um massacre em São Januário se não fugissem para fora do estádio. Outro torcedor do Santos, Cláudio Guerreiro, 25 anos, afirmou que o conflito começou no bar da arquibancada, no intervalo da partida, quando um torcedor da "Força Jovem" arrancou com violência a touca de um santista. "A partir dali, a briga se generalizou e tivemos de invadir o campo para não sermos massacrados. E só não aconteceu o pior porque o pessoal da 'Força Independente', outra torcida do Vasco, saiu em nosso socorro, indicando por onde poderíamos sair do estádio, em meio à pancadaria" .

O chefe da "Torcida Jovem Santista", conhecido como Melancia, esteve no hospital e disse que ao todo, de várias facções, vieram ao Rio quase 150 torcedores, em três ônibus. Segundo ele, o que aconteceu era previsível, porque havia apenas uma tenente, de nome Ingrid, e quatro policiais separando as duas torcidas na arquibancada. "Eu cheguei a pedir a ela que providenciasse mais policiamento, mas ela não deu a mínima, dizendo que nós não deveríamos ter vindo ao Rio", acrescentou.

O capitão Alec Moura, oficial de dia do 4º BPM, batalhão responsável pelo policiamento do jogo, informou à noite que o efetivo destacado para São Januário foi de 70 policiais, que estavam de serviço dentro e fora do estádio, ontem à tarde.


Fonte: Jornal do Brasil




Comente esta notícia no FÓRUM NETVASCO

Comente esta notícia no CHAT NETVASCO

Receba boletins diários de Notícias da NETVASCO


NetVasco | Clube | Notícias | Futebol | Esporte Amador | História | Torcidas
Mídia | Interativo | Multimídia | Download | Miscelânea | Especial | Boutique