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Netvasco - 23/05 - 10:48 - Alex Alves: 'Se tivesse proposta hoje, não sairia'

Pessoalmente, Alex Alves está anos-luz de ser um jogador mal-humorado, imagem criada pela mídia carioca em seus cinco meses no Vasco. Sentado ao lado da esposa Nádia França em um restaurante no shopping Fashion Mall, em São Conrado, no Rio de Janeiro, o atacante abriu o jogo em uma entrevista exclusiva ao LANCE!.

Educado até na hora de comentar assuntos mais polêmicos, o jogador se considera perseguido por ter um estilo pouco comum no futebol brasileiro e admite ser fã do craque inglês David Beckham. Aponta o Vasco como um dos times mais fortes do Brasileiro e garante que vai crescer de rendimento com a seqüência de jogos. Mas tão difícil quanto ver o Rio livre da violência é se encontrar com o atacante e falar somente sobre futebol.

Alex Alves adora estar na moda, vestir roupas diferentes sintonizadas com as tendências européias. Também ama arte, principalmente os trabalhos do espanhol Pablo Picasso, artista mais versátil do século XX e considerado o gênio da Arte Moderna. Mas sua atual paixão é o teatro. O atacante só espera um tempo livre para viajar para São Paulo e ir ver a peça Chicago, montagem brasileira do musical criado por Bob Fosse estrelada por Adriana Garambone e Danielle Winits e orçada em US$ 2 milhões.

A filha Alexandra, de 4 anos, segue os caminhos do pai. Quer sempre ir ver a peça Cosquinha, de Ingrid Guimarães e Heloísa Perissé, no Teatro da Gávea. Principalmente porque sua amiga Bruna Marquezine, a Salete da novela "Mulheres Apaixonadas" estrela o infantil.

Como você se sente no Vasco?

Estou em casa. O grupo é excelente e tenho um ótimo relacionamento com o Eurico. O Geninho é um comandante super light, não enche o saco de ninguém. Só fico triste com algumas pessoas da imprensa. Infelizmente, só vende aquilo que é negativo. Isso me irrita. Ficaram falando do meu peso sem saber. Estava sem jogar. Hoje, voltei e estou bem. Chegou uma hora que decidi não dar mais entrevistas, mas depois mudei de idéia. No futuro, quero ficar longe de tudo.

Você se considera perseguido por ter uma personalidade diferente?

Acho que sim. Já sofri muito por causa da inveja dos outros. O meu jeito agride um pouco as pessoas. No futebol, uma pessoa não pode gostar de se vestir bem, usar perfume, ser vaidosa. Adoro o Beckham. Ele é demais. Viva a diferença! Já pensou se todos fossem iguais? Sou muito caseiro, valorizo a família. Já no futebol isso não é comum.

O Vasco vai brigar pelos primeiros lugares no Brasileiro?

Lógico. Tenho certeza de que o Vasco vai chegar lá. Sempre disputei títulos no Brasileiro e agora não vai ser diferente (chegou à final com o Vitória (93), o Palmeiras (94), a Portuguesa (96) e o Cruzeiro (98)). O time é forte e já está com uma cara diferente. Ninguém pensava que poderíamos ganhar do Paysandu fora de casa. Agora, já acreditam na gente contra o São Caetano. E alguns jogadores ainda estão fora. A equipe tem talento e experiência. As vitórias vão acontecer. É só cuidar para ninguém se machucar e não ter vaidade no grupo. Nunca tive. Sou light.

Como você define seu momento?

Vou evoluir. Preciso só de uma seqüência para entrar no ritmo. É como um quebra-cabeça, as peças se encaixando. Também me cobro muito. Quando acaba um jogo, penso: poxa, hoje não chutei uma bola no gol ou nossa, hoje chutei dez bolas.

E os gols vão voltar?

Gol para mim é tudo. Por mais que eu fique um ou dois jogos sem marcar, vai chegar uma partida que vou fazer dois, três. Com isso, vou manter uma média de um gol por jogo. Só preciso de uma seqüência. Agora, sempre após os treinos vou praticar uns trinta minutos de finalização. Tudo vem no momento certo.

Você quer voltar a jogar fora?

Penso ir para o exterior para fazer um contrato melhor. Mas isso é mais para frente. Se tivesse uma proposta hoje, não sairia do Vasco. Tenho contrato até o fim do ano e vou cumpri-lo. Estou feliz aqui e a minha família também. Por isso, não há motivos para sair. Só quero tranqüilidade para trabalhar.

Você já está adaptado ao Rio?

Sim. Foi até mais rápido do que pensava. A cidade é bonita, minha filha está gostando. Sua escola tem um ensino muito bom, ela faz balé...

Mas você tem medo da violência?

Isso me preocupa muito. Tenho um receio enorme principalmente por causa da minha família. Acho o Rio é a cidade mais violenta que já vivi. Espero que isso mude por aqui.

Nádia: Na época em que tiveram os problemas na Rocinha, pensamos até em tirar nossa filha do colégio, que é perto. Íamos para lá e víamos policiais armados na rua.

Você sai muito pela cidade?

Gosto mais de ir ao teatro. Vou até montar uma produtora para patrocinar peças. Falta mais apoio para a cultura neste país. É um projeto que não vai ficar só no papel.

E as exposições de arte?

Quando tenho tempo... Adoro o Picasso. O trabalho dele é maravilhoso. Estava na Alemanha e fui a uma exposição dele em Berlim. Levei uma filmadora, mas o guarda não me deixou gravar. Pedi só para fazer um pouquinho, mas não teve jeito (risos).

Fonte: Lancenet




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