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Netvasco - 06/05 - 21:50 - Hélton, ex-Vasco, fala de seu sucesso em Portugal

Tudo começou em 1999. Revelado pelo Vasco quando tinha 25 anos, Helton começou a ver a vida de uma maneira diferente. De um simples goleiro passou a ser conhecido em todo o país como o melhor jogador da posição, tanto que, no ano seguinte ajudou o time de São Januário a conquistar a Copa Mercosul, o Brasileirão e em 2001 a Taça Rio-SP.

Mas todo o carinho e a paixão que o goleiro sempre sentiu pelo clube que o projetou não foram suficientes para fazê-lo suportar os constantes atrasos nos salários. Helton, então, recebeu propostas para atuar no exterior. Não pensou duas vezes e assinou um contrato de três anos com o União de Leiria, em Portugal.

E, sem dúvida, ele não se arrepende por ter ido jogar em Portugal. Lá, ele teve uma boa temporada, ajudando o time a conquistar pela primeira vez uma vaga na Copa da UEFA e também chegar à final da Taça Portugal 2002/2003.

"O time nunca tinha chegado à uma final da Copa Portugal e a felicidade só não foi completa porque perdemos para o Porto, mas foi uma das minhas melhores atuações em gramados portugueses", revelou o goleiro.

Apesar de 2003 ter sido muito bom, a Superliga não trouxe as mesmas alegrias para o Leiria. O time vivenciou uma série de empates, lutou para não cair da 1ª divisão do futebol, mas conseguiu se recuperar. O time agora está invicto há 11 jogos e ainda sonha conseguir chegar entre os seis primeiros no final do campeonato - está em 9º lugar - para conseguir uma vaga na Copa da UEFA.

Parte desta recuperação do Leiria se deve, em especial, às boas atuações do goleiro, que hoje é considerado pelo presidente do clube como o jogador mais importante do time e o que mais deu retorno ao clube.

"Fizemos uma grande temporada ano passado, mas o começo do campeonato foi complicado. Tivemos muitas mudanças dentro da equipe e os resultados demoraram para aparecer. Ficamos algumas rodadas sem ganhar, apenas empatando e lutando contra o rebaixamento. Acredito que faltou um pouco de sorte para marcar gols, mas já entramos no eixo novamente e estamos dando mais uma vez trabalho aos grandes de Portugal", relatou o goleiro.

Apesar dos maus resultados da equipe, o goleiro tem sido constantemente eleito pelos jornais de Portugal como "A Bola", "Mais Desporto" e "O Jogo" como o melhor jogador em campo, inclusive na partida contra o Porto, pela 21a rodada, quando Helton falhou numa defesa e o time foi derrotado por 2 a O.

"Confesso que falhei no segundo gol do Porto, assim como no outro dia o Kanh falhou contra o Madrid, mas fui imprescindível em outros lances. Perdemos o jogo, mas fui eleito o melhor jogador em campo pelos jornais de Portugal, afirmou.

Valorização

Além da fama de grande "guarda-metas" em Portugal, Helton também vem chamando a atenção dos clubes cariocas. No mês passado foi procurado pela diretoria do Fluminense para substituir Kléber, mas não foi liberado pelo presidente da equipe portuguesa.

"Estou superfeliz por estarem olhando meu trabalho aí do Brasil e até pelas pessoas renomadas que me procuraram, mas estou bem aqui recomeçando uma nova vida com minha família e acredito não ser o momento de voltar", revelou o goleiro.

Mas Helton sabe que sua trajetória de sucesso só foi possível graças a ajuda de Carlos Germano, seu grande ídolo, que também foi uma espécie de patrocinador no começo da sua carreira emprestando-lhe luvas e camisa.

"Além do Germano, o Márcio também foi muito importante porque os dois me ensinaram muito e me ajudaram bastante no início da carreira. Também o professor Lopes que acreditou no meu trabalho e me deu muitas oportunidades, e o Edmundo que fazia questão de me chamar para jogar dois toques entre os profissionais ou agarrar para o time dele nos rachões quando ainda estava no juniores", relatou.

Explicações

Mas a trajetória de Helton, no Vasco, não foi marcada apenas por momento de alegrias. Na verdade, ele viveu momentos de tristezas e angustias, sendo até chamado pela torcida e por toda imprensa de fujão.

"Sou muito grato ao Vasco porque consegui muitas conquistas e tive momentos muito tranqüilos, mas não achei justo eles terem ficado alguns meses sem pagar. Então assim que o meu contrato terminou, resolvi procurar outros clubes. Tive melhores opções financeiras do que no Vasco e quando a diretoria me chamou para negociar durante a pré-temporada, achei que não tinha nada para dizer e não fui", revelou.

Mas Helton sabe que a oportunidade de jogar em Portugal se deve muito à ajuda de Taffarel que foi o primeiro a abrir as portas dos clubes do exterior para os goleiros brasileiros. "Além do Taffarel, o Dida também foi importante porque antes era muito difícil um clube de fora se interessar por um goleiro brasileiro. Hoje temos a oportunidade de estar no exterior e mostrar nosso trabalho para o mundo", disse o goleiro que acredita no potencial dos jogadores brasileiros apesar da forma de jogar ser bem diferente.

Faltando apenas três rodadas para o final da Superliga, Helton só consegue pensar em uma coisa: descansar no Brasil. Apesar de ter mais um ano de contrato com o Leiria, o goleiro volta em maio com a família para o Brasil. "Quero refrescar a cabeça, mas meu procurador, o Marival, já está conversando com o Leiria para ver como vai ficar o término do meu contrato, mas pretendo continuar jogando aqui na Europa", concluiu.

Fonte: Pelé.net




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