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Netvasco - 12/03 - 01:14 - Edmundo chama Eurico de mentiroso

Edmundo é um dos maiores e mais importantes jogadores da história do Vasco. Ninguém pode mudar essa história. Mas isso não impede o atacante, agora no Fluminense, de guardar mágoa do clube que o revelou e, principalmente, do dirigente que comanda a nau vascaína. Em entrevista à PLACAR, o Animal ataca Eurico Miranda e promete alegrias à torcida do Fluminense.

Você entrou com uma ação pedindo 23 milhões de reais de indenização do Vasco. Tem mesmo esperança de receber?

O Vasco hoje é uma entidade falida devido à má administração. A gente ganha, mas não recebe. Mas a Justiça do Trabalho está aí para isso mesmo. Vamos ver quem tem razão.

O que você achou de o Vasco ter entrado com uma ação por danos morais contra você?

Eles não iam deixar o julgamento rolar sem se defender. Não dizem que a melhor defesa é o ataque? Mas não há justificativa. Fiquei nove meses no clube e sete sem receber. Isso não existe. Cumpri todos os meus horários, joguei todos os jogos que tive condições. Não há o que contestar.

Você acha que a volta do Marcelinho tem a ver com a sua saída?

Não. O Vasco o contratou porque estava disponível e o time precisa de um ídolo, um escudo para receber as críticas. O clube faz o que faz e ninguém critica, mas o jogador é o pára-raio. Não sei que mágica eles fazem, pois quando o Marcelinho saiu ele disse que não tinha recebido e que não voltaria mais. Ele não aceitou a proposta do Flu, que parece ter pessoas sérias e um projeto consciente.

Você está se tornando um especialista em tomar calotes: Vasco, Fiorentina, Santos... Não dá medo na hora de assinar contrato?

Eu vejo com tristeza esta situação. Jogador de futebol é tido como mercenário, é execrado. Mas a maioria dos clubes não paga 13º, FGTS, férias e outros direitos. Há clubes sérios, como o Palmeiras, que não me deve um tostão. O problema é que a gente trabalha com um esporte de paixão e é mais fácil jogar a culpa em cima do jogador. Vários clubes estão falidos e tiveram apoio de empresas fortes, receberam milhões de dólares e olha como está a situação. Tem gente que está há anos e anos no clube, sem receber salário, e tem mansão em Angra e em Miami (ele não cita nome, mas a descrição dos bens bate com a de Eurico Miranda, levantada na CPI do Futebol em 2001). E ninguém fala nada.

Você já é consagrado. Agora, chegando aos 33 anos, ainda ambiciona ganhar títulos ou joga só para ganhar mais um troco?

Eu tenho ambição de ganhar o próximo título que eu disputar. Mas é difícil ignorar a questão do dinheiro. O Vasco ficou sete meses sem me pagar e publicamente eu fui o errado. Isso vai se repetindo e enche o saco. Não fico triste pelo dinheiro, mas pela falta de consideração. Mas não jogo mais por dinheiro. Se não ganhar mais nada até o fim da minha vida, minha família não vai ter problemas financeiros.

Você pensa em parar quando?

Já estive muito desanimado, mal psicologicamente. Hoje estou motivado. Tenho saúde, força e tenho medo de me arrepender de parar, pois futebol é a minha vida. Devo jogar mais uns dois ou três anos, porque também não quero ficar jogando num nível baixo.

O Brasil conheceu o Edmundo infernal no Brasileiro de 1992, o campeão em 1993 e 1994, pelo Palmeiras, e o artilheiro implacável de 1997, pelo Vasco. Você joga quantos por cento do que você jogava nessas épocas?

Cem por cento. Não tenho o mesmo vigor físico, mas aprendi outros macetes. Só que nunca mais joguei em times tão competitivos quanto o Palmeiras de 1993 e 1994 e o Vasco de 1997. Isso precisa ser levado em conta.

Como você está fisicamente? Precisa de preparação especial?

Não, estou bem, fazendo o mesmo trabalho que todos fazem. A única coisa de diferente é que eu me apresentei cinco quilos acima do peso. Não joguei pelada nem fiz nada, fiquei 20 dias de pernas pro ar e engordei. Mas em duas semanas perdi três quilos e meio. Não tenho mais o vigor de um garoto de 20, mas ainda tenho muito gás.

Como está o relacionamento com o Romário? Você exigiu as mesmas regalias que ele, que não concentra, treina menos que o grupo e viaja em separado? Quis ganhar o mesmo que ele?

Está ótimo. Quanto às regalias, não exigi nada, fiz minha proposta, eles fizeram a deles e chegamos a um acordo. Não perguntei quanto o Romário ganha. Fiz questão de fazer um contrato normal porque uma coisa que me incomodou é que o Eurico (Miranda) dizia no Vasco que eu podia fazer tudo. Só que ele não me pagava e aí ficava ruim para mim. Não quero nada de regalia, nunca precisei disso. Gosto de treinar, sou pontual e estou precisando, a esta altura da vida, de uma voz de comando. No Vasco não me pagavam, eu podia fazer o que quisesse, caí num marasmo e não deu certo. Não tive a concentração e dedicação necessárias, o que me levou a me contundir demais em 2003, como nunca aconteceu antes. Para acordar cedo e treinar bem, você precisa dormir cedo. Para treinar forte, você precisa estar bem alimentado, o que não aconteceu ano passado. Este ano estou mais focado, melhor psicologicamente.

O futebol carioca vai lutar contra o rebaixamento ou vai brigar pelo título brasileiro?

Sinceramente, espero que lute pelo título, mas acho difícil.

Procurado pelo ATAQUE, o dirigente vascaíno não quis dar qualquer declaração: “Não falo nada sobre isso”.

Fonte: Placar, O Dia




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